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Uma doce rotina - cap. 2



SS: Bom, ainda farei o exame de sangue, mas acho que já podemos saber o que nos espera.
GG: Já pensou na nossa vida com um bebê, honey?
SS: Ainda não pensei nisso, não tive tempo para absorver tudo o que aconteceu por hoje.

Grissom pôs a mão por sobre a barriga de Sara e já começou a fazer planos para o filho que estava no ventre dela.

GG: Vou lutar muito para que nosso filho seja um homem de bem.
SS: E se for uma garotinha?
GG: Que seja uma mulher de bem. Linda e teimosa feito a mãe, e vocês duas serão sempre as mulheres da minha vida!
SS: Sempre estou preparada para enfrentar criminosos e situações de perigo, mas pela primeira vez estou sem saber o que fazer diante de uma situação. Como vou saber ser boa mãe? Não tive uma direito, como eu poderia dar o que não tive?
GG: Eu estarei ao seu lado, honey. Para tudo, a qualquer momento. Nós fizemos esta criança, vamos saber como ser bons pais pra ela. Agora chega mais perto, deixe-me abraçá-la.

Sara se achegou nos braços de Grissom e os dois permaneceram por vários minutos em silêncio, pensando na nova vida que os dois teriam dali pra frente. Agora não seria mais apenas “eu e você”, e sim “nós três”.

GG: Quando contaremos sobre o bebê?
SS: Gostaria de esperar fazer o primeiro ultrassom, para ver se está tudo bem com ele.
GG: E quando será?
SS: Bom, eu preciso fazer o exame de sangue, então marcarei outra consulta.
GG: Nossa, até agora estou surpreso! Não esperava ser pai aos cinqüenta anos...
SS: É, eu também não esperava que isso pudesse acontecer...
GG: Mas você sempre foi fértil, Sara.
SS: Eu sei, minha menstruação sempre foi regular, mas uma mulher na minha idade não leva muita fé em uma gestação. Bom, vou fazer alguma coisa pra comer, você quer?

Grissom olhou para Sara já prevendo que seria comida vegetariana. Mas ele era um ótimo carnívoro...

SS: Ei, não precisa me olhar assim, vou fazer algo que você gosta, não será nada vegetariano...
GG: Então eu quero – sorriu.

Sentado no sofá, Grissom apreciou ver Sara manuseando a cozinha como ninguém, linda naquele robe rosa que escondia o que ele vira tantas e tantas vezes e morrera de amor a cada vez. O macarrão ao molho sugo estava pronto. Para beber, um delicioso suco de maçã, já que Sara, grávida, não poderia nem pensar em chegar perto de bebidas alcoólicas – até para evitar uma recaída, pois ela não se segurava.

GG: Como está se sentindo?
SS: Estou bem.
GG: Não está sentindo enjôos?
SS: Espero não ter mais tarde. Geralmente os enjôos aparecem depois que eu como.
GG: Isso vai passar. Os três primeiros meses da gestação são as mais complicadas.
SS: Do que está falando, Griss?
GG: Como biólogo, estudei reprodução humana e sei como a gravidez interfere no organismo feminino. Algumas têm enjôos até os três meses, e esses primeiros meses são os mais propensos a abortos, por exemplo. Daí a necessidade de uma alimentação balanceada e repouso, fazendo o mínimo de esforço.
SS: Com um professor desses não terei nenhuma dúvida durante a gravidez – Sara sorriu impressionada com o conhecimento do amado.
GG: É por isso que no lab você terá de fazer o mínimo possível. A partir de agora não quero que vá a campo, nem freqüentar o necrotério. Você poderia sentir-se mal com muito mais facilidade, e não quero vê-la vomitando pelos cantos, me sentiria péssimo.
SS: Pensei que você diria que estragaria a imagem do lab...

Os dois riram.

GG: Vômitos são normais na gravidez, mas convenhamos que são desagradáveis, tanto pra quem vomita quanto pra quem vê ou ouve.
SS: Vou tentar não ficar enjoada perto de você.
GG: Você pode fazer o que quiser perto de mim, querida!

Sara sorriu e, depois do jantar, foi colocar os pratos sujos na pia. Enquanto Grissom lavava (muito bem, por sinal), ela ia secando e guardando. Depois, foram assistir a um filme romântico no DVD. Só que Sara, seja pela gravidez ou pelo trabalho cansativo, estava tão exausta que dormiu no meio do filme. Grissom a carregou nos braços até a cama, e os dois dormiram juntos. Os dias foram passando e Sara ia conseguindo disfarçar ao máximo os sintomas de sua gravidez; Grissom era mais fechado que túmulo, ele era extremamente discreto. Antes de contar aos amigos, eles queriam saber se estava tudo bem com o bebê, e foram juntos ao consultório médico fazer a ultrassonografia.

DS: Bom vê-la de volta, Sara. Como se sente?
SS: Estou bem.
DS: Tem sentindo muitos enjôos?
SS: De vez em quando, meu organismo não tem se manifestado tanto assim.
DS: Vejo que trouxe o pai da criança.
SS: É, ele é o pai.
GG: Gil Grissom.
DS: Prazer, senhor Grissom, sou Danielle Svender, ginecologista de Sara. Que bom que você veio com ela, hoje faremos a ultrassonografia, onde veremos o seu filho pela primeira vez.

Os dois se olharam e sorriram, com as mãos sempre dadas.

DS: Sara, vá até aquela salinha e vista a camisola que está lá, a parte fechada você coloque na frente. Fique apenas de calcinha.

Poucos minutos depois, Sara apareceu e se deitou na cama. Grissom ficou ao lado dela, segurando sua mão. A médica levantou a camisola até a altura dos seios da perita e pôs um lençol da região pélvica para baixo, deixando a barriga à mostra. Em seguida, passou um gel e começou a movimentar o aparelho por cima da barriga, na região do útero. Sara e Grissom olhava atentos para a tela, tentando identificar o bebê.

DS: Veja, este pontinho se movimentando é o filho de vocês.
SS: Aonde, doutora?
DS: Aqui ó! – ela mostrou com o dedo – ele ainda está bem pequeno, mas dá pra ver que ele está “nadando” dentro de você, Sara, olha como se movimenta.
GG: Sendo filho de criminalistas, não poderia ser de outro jeito!

Sara sorriu e continuou a olhar para a tela.

SS: Tem como saber de quanto tempo de gestação eu estou?
DS: Você está de 6 semanas, e está absolutamente normal com o bebê.

Depois que Sara se vestiu e voltou para onde estava a médica, ela começou a passar explicações para a perita, sempre de mãos dadas com Grissom.

DS: Bom, Sara, seu bebê está ótimo, você também está em ótimas condições de saúde. Vou receitar algumas vitaminas para fortalecer seus ossos e dar uma revigorada, por que o bebê, desde cedo no útero, consome muita energia da mãe. É necessário também que você descanse mais porque conforme a barriga for crescendo, terá dificuldade para encontrar posição para dormir, podendo lhe ocasionar até insônia. Evite pegar peso e fazer muito esforço, mas se tiver disposição para trabalhar, tudo bem.
GG: Doutora...
DS: Sim?
GG: Sara está liberada para relações sexuais?

Sara ficou vermelha com a pergunta fora de questão de Grissom.

DS: Se ela estiver disposta e não houver nenhum problema como ameaça de aborto ou náuseas, sim, está liberado. É até recomendável para que o hímen se mantenha dilatado para um eventual parto normal. Amar faz bem e deve ser feito sim! 

Depois que eles saíram do consultório, Grissom, abraçado à mulher, disse ao pé do ouvido dela:

GG: Ouviu bem o que a médica disse, hein?
SS: O que ela disse? – Sara sorriu, fingindo não saber.
GG: Sexo é muito bem-vindo...
SS: O que está insinuando, Gilbert Grissom?
GG: Em casa eu te mostro.

Ele a levou para o apartamento dele, onde o amor rolou solto na cama de casal do supervisor. Ele tomou todo o cuidado com a barriga da amada, e o desejo explodiu pelo quarto. Depois do amor, os dois permaneceram abraçados, pernas entrelaçadas, corpos suados, respiração ofegante.

GG: Acho que a gravidez te deixou mais fogosa...
SS: Estava com saudade disso, honey...  e me entreguei, como sempre.
GG: Continue com essa saudade sempre, porque amo seu jeito de fazer amor...
SS: Amanhã vamos contar a novidade ao pessoal.
GG: Sábado é realmente um dia de reunir os amigos. Estava pensando em um almoço, que tal?

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