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Uma doce rotina - cap. 11


SS: Acho que falta bem pouco para ele chegar.
GG: A médica disse que chegaria em quanto tempo?
SS: No máximo em duas semanas. Mas estou ansiosa, confesso.
GG: Com o que?
SS: Essa coisa de parto, se for normal ou não.
GG: Qual o problema, querida? Eu nasci de parto normal e minha mãe não sentiu nada. Pelo menos foi o que me disse...
SS: Eu sempre tive hímen apertado, você sabe disso...

Os dois riram.

GG: Bom, se não tiver passagem, é claro que a médica não vai insistir nessa de parto normal, será cesárea mesmo. De qualquer forma, a recuperação não é muito longa e logo você estará andando pela casa, trocando fraldas e amamentando.
SS: Acha que vou conseguir fazer tudo isso?
GG: Claro que sim! Além do quê, eu te ajudarei no que for preciso...

Sara sorriu. Estava se sentindo mais segura para cuidar de seu filho. Porque, experiência mesmo, não tinha nenhuma.

GG: Foi uma delícia ter feito esse filho com você, honey!
SS: Sério, Griss? – Sara ria deliciosamente.
GG: Senti tantas coisas que é difícil explicar.
SS: Mas você sabia que estávamos gerando uma criança?
GG: Certeza não tinha porque não sabia se você estava ovulando. Não ficava com isso na cabeça quando fazíamos amor. Fazia amor com você por te amar, por te desejar...  De qualquer forma, cada minuto ao seu lado eu sempre te amei, não apenas na cama.

Sara fez cara de contragosto e Grissom ficou preocupado.

GG: Está se sentindo mal?
SS: Cólicas.
GG: Cólicas? Quando começou?
SS: Agora, querido. Não significa que vou dar à luz nesse instante.
GG: É claro que não, mas é sinal de que o bebê está pra chegar. Acho que não poderei deixá-la sozinha de agora em diante.
SS: Não é pra tanto, Gil! Apenas estou sentindo umas colicazinhas...
GG: Só para me tranqüilizar, vou ligar para sua obstetra, ok?
SS: Faça como quiser.

Sara, que, por conta da barriga pesada, andava pouco, ajeitou-se no sofá macio, por que as costas estavam doloridas. Grissom desligou o telefone e disse:

GG: A médica quer vê-la agora. Pode não ser a chegada do bebê, mas ela quer dar uma olhada, só para acalmar.
SS: Acalmar a mim ou a você, Griss? – ela ria.
GG: Querida, leve em conta que nunca fui pai, não sei como agir nesses momentos. Perdoe meu nervosismo!
SS: Tudo bem, meu amor, mas quem está carregando a criança sou eu, quem está sentindo as dores sou eu. E, no entanto, estou relax! Porque você não faz a mesma coisa? Relaxe!

Grissom sorriu para alegrar a mulher, mas estava muito nervoso.
Os dois foram para o consultório, onde a doutora Danielle Svender avaliou a gestação de Sara.

DS: Olha, Sara, pelos meus cálculos, como já te disse, o bebê está pronto para chegar. Pela posição dele, o parto normal não será possível. E como você está com cólicas, e pelo que estou vendo aqui, com perda de sangue, o aconselhável é que a levemos para a sala de parto agora.
GG e SS: Agora?
DS: Não podemos esperar mais. Se esperarmos mais, o bebê entrará em sofrimento pré-parto, que é quando o bebê fica sem espaço dentro da barriga da mãe.
GG: Faça o que tem de ser feito, doutora. Tudo pela saúde de Sara e de meu filho.

Sara sorriu e uma lágrima escorreu. Enquanto as enfermeiras arrumavam a perita, com a camisola de hospital e colocando-lhe a touca, Grissom ligou para Catherine, avisando que não iria ao lab.

CW: E porque você não virá?
GG: Porque meu filho vai nascer!
CW: Quer dizer que...
GG: Sara vai para a sala de cirurgia agora, e eu irei com ela. O celular estará desligado, assim que nascer eu aviso.
CW: Dê noticias. Eu estarei aqui torcendo para tudo dar certo.
GG: Obrigado. Avise aos outros.
CW: Nem precisa avisar, eu já iria fazer isso mesmo!

Grissom desligou o celular e também se vestiu para acompanhar a mulher na sala de cirurgia. Aplicaram a anestesia na espinha de Sara e a deitaram na cama. Grissom segurava a mão dela o tempo todo. E assim, de mãos dadas, permaneceram o tempo todo, até ouvir o choro do ser que acabava de chegar ao mundo. A médica sorriu e disse aos papais:

DS: É um belo menino!Parabéns aos dois!

Grissom e Sara sorriram, e o supervisor estava se sentindo tão emocionado com aquele momento que se permitiu chorar perto de todos, até mesmo da mulher. Depois, embrulhado em um lençol, o bebê foi deitado no peito de Sara que, emocionada, deu um beijo carinhoso na cabecinha do filho. Como era cabeludinho! Depois de todos os procedimentos, Sara foi levada para o quarto e Grissom pôde ficar com ela.

GG: Como se sente, honey?
SS: Mais aliviada, estava sentindo muita dor. Por outro lado, estou estranhando a ausência da barriga...
GG: Você vai ter de se readaptar...
SS: Será que vou ficar com barriga extra?
GG: Bobagem, querida! Você é magra. E se ficar, relaxa que vai perdê-la rapidamente, embora eu não ache que uma barriga vai deixá-la menos linda do que você sempre foi.

Grissom saiu do quarto para ligar avisando do bebê. Pouco depois que ele voltou ao quarto, a enfermeira trouxe o pequeno para ser amamentado. Grissom ajudou a mulher a se ajeitar na cama e Sara recebeu o filho nos braços. Nem ela nem o marido conseguiram conter as lágrimas ao ver o serzinho que conceberam juntos. O menino era rosadinho e bem cabeludo, cabelos da cor dos de Sara.

SS: Ele se parece comigo quando nasci!
GG: Então nosso filho é o bebê mais bonito deste mundo!
SS: Estava pensando em um nome para ele, já que temos de fazer isto.
GG: Diga, querida.
SS: Andei pesquisando nomes e achei Adam um nome lindo. O que me diz?
GG: Também gostei!
SS: Você tinha alguma preferência, havia escolhido algum nome?
GG: Não, eu iria pensar junto com você. E gostei desse nome, então que seja Adam Sidle Grissom.
SS: Acho que soou bonito!

Os dois ficaram em silêncio, observando o menino sugar o leite do peito da mãe.

SS: Faz cócegas!
GG: O contato da boca do bebê com o bico do seu seio causa um atrito que pode ocasionar as cócegas. Mas é bem de leve mesmo.
SS: Não sabia que você era entendido em mamada, Gilbert Grissom!
GG: Muita coisa aprendi com minha mãe. E é por isso que eu tenho certeza de sua capacidade como mãe, porque, como mulher, você já é fantástica!

No dia seguinte, o pequeno Adam, no colo do papai, recebeu visitas dos amigos de lab dos pais. E ganhou muitos presentes também. Depois que todos foram embora, Catherine foi ao quarto, e ficou encantada ao abrir a porta e dar de cara com Grissom ninando o filho:

CW: Essa cena jamais vai sair da minha mente!

Sara sorriu e Grissom continuou a olhar o filho em seu colo.

CW: Como você está, Sara?
SS: Estou bem. Ainda sinto um pouco o efeito da anestesia, mas estou bem.
GG: Quer segurá-lo?
CW: Que pergunta obvia né?

Catherine colocou a grande caixa no sofá e pegou o bebê no colo. Em seguida, ficou andando com ele, ninando-o:

CW: Mas ele é lindo! Que nome vocês lhe deram?
GG: Adam.
CW: É um belo nome! Seja bem-vindo a este mundo maluco, Adam! Mas você é tão cabeludo, fofinho! Puxou à mamãe! E claro, tem um charme do papai!
SS: Continue elogiando o Griss e ele se achará mais ainda! Está todo babão pelo filho...

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