RSS

Uma doce rotina - cap. 4


GG: Sim. Ela virá a Vegas na próxima semana, e quer conhecer a mulher que roubou o coração do filho dela.
SS: Você nunca contou sobre São Francisco a ela?
GG: Não tínhamos muito contato na época. Mas ela está ansiosa para conhecer a nora dela. Não falei do bebê porque quero fazer surpresa.
SS: Acha que ela vai me aceitar?
GG: Tem alguma dúvida? Anda, vamos descer e comer alguma coisa.

Os dois desceram abraçados, unidos, apaixonados, para começar o dia feliz. E Sara sentia que tinha um desafio à sua frente: conquistar a sogra, mesmo que Grissom a tranqüilizasse. Mas ela não sabia que já teria o carinho de Betty Grissom, pois em seu ventre estava a continuidade dos Grissoms. Os dias transcorreram normalmente. Às vésperas da vinda de Betty Grissom, Sara e Grissom trabalhavam duro no lab. Ele estava a campo com Nick, e ela analisava algumas fotos com Catherine, tentando encaixar o quebra-cabeça de uma cena de crime.

CW: Vejo que a gravidez não alterou muita coisa em sua rotina, Sara.
SS: Não mesmo.
CW: E os enjôos? Passaram?
SS: Ainda sinto alguns, mas consigo controlá-los.
CW: Sabe aquela mulher vítima de espancamento por parte do marido?
SS: Uma pobre infeliz... senti muita pena ao vê-la daquela forma.
CW: Ela não resistiu.

Sara não disse nada, sentindo tristeza pela pobre vítima.

CW: E tem mais: ela estava grávida.
SS: Sujeito desgraçado! Conseguiram prendê-lo?
CW: Sim.
SS: Sinto um ódio de casos envolvendo violência doméstica! Homens covardes que se aproveitam da fragilidade física das mulheres para fazer o que bem entenderem.
CW: Definitivamente, espero que o Ecklie não venha perturbar.
Por que será difícil esconder dele essa gravidez.

Antes que Sara respondesse, Nick adentrou à sala, esbaforido:

CW: O que foi, Nick?
NS: Houve uma troca de tiros em um beco. Sofia e Brass estavam por lá, e um dos policiais foi atingido mortalmente. Grissom está convocando a todos para ir até lá.
CW: Já estou indo.
SS: Eu também.
NS: Não, Sara. Ele pediu para que você não fosse. É pelo bebê.
SS: E eu vou ficar presa aqui, sem fazer nada?
CW: Grissom está certo, Sara. Você não pode ir a campo estando grávida. Além disso, há o risco de os bandidos contra-atacarem.

Sara bufou inconformada, mas também resignada ao mesmo tempo, enquanto via seus amigos se dirigirem para a cena do tiroteio. Depois que concluiu as análises, seguiu para a sala de convivência e deitou-se no sofá que tinha por lá. Acabou pegando no sono, acordando algum tempo depois, como o barulho da chaleira no fogão. Nick estava por lá, fazendo um café.

SS: Ãh? O que foi?
NS: Desculpe, não queria acordá-la.
SS: Tudo bem, acho que dormi até demais. O Grissom voltou?
NS: Sim, está lá na sala dele.

Antes de Sara pensar em ir até lá, o csi contou como fora na cena dor crime, de Sofia e Brass ficarem de fora do caso para serem interrogados.

SS: Que coisa!
NS: É, a coitada está se culpando. Acha que atirou no policial.
SS: Espero que tudo se resolva. Bem, preciso falar com o Grissom.
NS: Sara...

Mas a perita já tinha saído da sala de convivência. Na sala do supervisor, Sofia lamentava o ocorrido e buscava algum conselho ou apoio de Grissom.

SC: Entende? Eu não sei... quer dizer, eu sinto que fui culpada pela morte do policial. Não consigo tirar a imagem da minha cabeça e estou cada vez mais confusa e apavorada.
GG: Sofia...
SC: Espera, eu preciso desabafar!

Naquele momento, Sara surgiu na porta. E pela expressão no rosto dela, aquela “conversa” entre eles a incomodava profundamente.

SS: Sofia? Você por aqui? Não devia estar suspensa?
SC: Vim falar com um amigo, não posso?
SS: Temos psicólogos no departamento.
SC: Grissom é meu amigo, será que você não tem amigos? Ah, esqueci que você vem de uma família de desequilibrados! – Sofia virou-se para Grissom – Então, será que posso continuar?
GG: Er... bem... – ele estava visivelmente desconcertado e sem saber o que fazer.
SC: Não precisa dizer nada. Vou buscar ajuda em outro lugar.

Depois que a loira saiu, Sara olhou para Grissom com um olhar fuzilante. O supervisor não sabia como agir quando a amada estava com ciúmes ou com raiva. Definitivamente, não sabia lidar com mulher brava.

SS: A gente conversa mais tarde – e saiu.

Durante o resto do turno, Catherine e Nick perceberam a tensão entre Sara e Grissom, mas não se atreveram a dizer nada. No estacionamento, já no raiar do dia, Grissom e Sara trocavam algumas palavras:

GG: Vamos pra minha casa?
SS: Estou cansada, Griss...
GG: Você pode descansar lá.
SS: Sabe que isso quase nunca é possível em sua casa.
GG: Se você não está a fim de fazer amor, tudo bem, eu entenderei.  Mas amanhã minha mãe chega e gostaria que você estivesse por lá.
SS: É amanhã, né?
GG: Sim. Irei buscá-la no aeroporto e adoraria que você nos esperasse em casa.
SS: Tudo bem, Griss. Mas a gente precisa conversar ainda hoje.
GG: Como quiser, querida.
SS: Preciso passar em casa e pegar algumas roupas. As que tenho no seu apartamento são praticamente roupas de sexo. Imagine se sua mãe vir isso!

Grissom deu uma risadinha e deu um beijo em Sara antes de ambos entrarem em seus carros. Ele ia seguindo a amada em seu carro até o apartamento dela. Já de volta ao apartamento do supervisor, Grissom percebeu que a amada ainda parecia chateada.

GG: O que está pegando, Sara? O que está te mordendo que a está deixando com esse semblante?
SS: Não gostei, Griss. Não gostei mesmo!
GG: Você se refere à Sofia em minha sala?
SS: Sim.
GG: Ela queria desabafar, se sentia perdida.
SS: Podia ter ido desabafar com algum psicólogo, mas porque tinha que ser com você? São tão amigos íntimos assim?
GG: Sofia não é minha amiga; ela disse aquilo pra não se sentir tão mais pra baixo do que já estava se sentindo. E nada do que ela fizer irá me afastar de você, Sara. Você é o meu amor, ela não significa nada pra mim. Não vê que não disse nada a ela?
SS: Você parecia embaraçado ao me ver ali.
GG: Estava era querendo que ela sumisse dali o quanto antes. Digo e repito: não tem que se preocupar com ela nem mulher nenhuma! Anda, não fique se aborrecendo por tão pouco, emoções tensas não fazem bem nem a você e nem ao nosso filho.

Como um homem vivido e apaixonado, Grissom tocou o rosto da amada e a beijou. Sara encostou a cabeça no ombro do amado e sentiu o coração bater acelerado. Os dois se amaram no quarto e logo adormeceram. O dia prometia! Eles acordaram por volta de uma da tarde, e foram preparar o almoço. Passaram o dia arrumando o apartamento do supervisor, que, por ser um homem desajeitado, estava meio bagunçado. No final, tudo estava arrumado para a chegada da Mrs. Grissom. No dia seguinte, Grissom levantou cedo para ir ao aeroporto. Sara o ajudava a se vestir, ela gostava de vê-lo arrumado e cheiroso.

SS: Confesso que estou tensa. Não sei como sua mãe vai reagir ao me conhecer e saber que será avó.
GG: Relaxa, querida. Minha mãe não é nenhum bicho-papão! – riu.
SS: Mesmo assim. Estou tensa e odeio ficar desse jeito.
GG: Então fique! – e deu um selinho na mulher – Como estou?
SS: Elegante.
GG: Bem, já estou indo ao aeroporto. Deseje-me sorte.
SS: Boa sorte, Griss!

Grissom pegou o carro e dirigiu-se ao McCarran International Airport. Estava repleto de pessoas indo e vindo, e ficou à espera da mãe no terminal de desembarque doméstico.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário