CW:
É, realmente não criamos os filhos para nós. Quando chegam uma certa idade,
exigem independência e liberdade. No momento em que vocês tiverem um filho,
saberão do que falo.
Depois
de sair da casa de Catherine, os dois foram para casa. Sara
se preparava para tomar um banho quando Grissom a abraçou por trás.
SS:
Que susto, Griss!
GG:
Você estava tão distraída que nem me viu entrar...
SS:
Desculpe, é que estou com muito calor. Estou precisando de um banho.
GG:
Eu também, mas antes, deixe-me fazer uma coisa...
Grissom
virou a amada e a beijou profundamente. Ele a queria naquele momento, naquela
noite. Precisava senti-la. E Sara, apaixonada como sempre, passou as mãos por
dentro da camisa dele, massageando as costas dele. Ela se entregava a ele sem
nenhum pudor, sem nenhuma restrição, pois o amava de corpo, alma e coração. Os
dois foram jogando as roupas no chão, em meio a beijos e carícias e foram para
a cama. Fizeram um amor intenso, quente, com juras de amor eterno... Os dois
suavam tanto que pareciam derreter. Enfim
o orgasmo. Silêncio. Por alguns minutos, os dois ficaram quietos, apenas
sentindo o bater dos corações e a respiração ofegante. Então Grissom disse:
GG:
Tenho uma surpresa pra você.
SS:
Pra mim?
GG:
Sim. E sei que você vai gostar muito.
SS:
Onde está?
GG:
Na verdade, vou levá-la até a surpresa. Está a fim de sair esta noite?
SS:
Com você, iria pra qualquer lugar.
Grissom
sorriu e deu um beijo carinhoso na testa de Sara. A surpresa era levar a amada
à uma ópera, pois ela apreciava, e Grissom, como um bom amante de canções
italianas, quis levá-la para curtir uma noite a dois em um teatro. Já
passava das onze da noite quando a ópera terminou. Os dois seguiam para o
carro, que ficara a duas quadras por conta da falta de vagas.
SS:
Foi maravilhoso, Griss! Que surpresa fantástica você me fez!
GG:
Madame Butterfly é uma grande montagem.
SS:
É surpreendente.
GG:
O amor é surpreendente.
Ele
a segurou mais apertado e os dois escutaram um barulho estranho, de uma lata
sendo jogada ao chão.
SS:
Vamos andar mais depressa, não estou gostando nada disso.
Os
dois aceleraram o passo até que foram abordados por um marginal que estava
armado.
##:
Passe a bolsa, madame!
Sara
e Grissom levaram um susto, mas o supervisor, experiente, tentou acalmar o
bandido:
GG:
Acalme-se! - Grissom levantou as duas
mãos.
##:
Não quero papo, coroa, me dá essa bolsa, perua!
SS:
Não dou! Qual é o direito que você tem de vir me tomar o que é meu? – Sara
agarrou-se à bolsa.
O
marginal, enfurecido, levantou o tom de voz:
##:
Está querendo morrer, sua piranha?!
GG:
Não fale assim com minha mulher! Abaixe sua arma, vamos negociar!
##:
Não tem negócios com vocês, miseráveis!
SS:
Por favor, não atire! – Sara estava muito assustada, mesmo sendo experiente. O
ódio no olhara do marginal, que usava touca ninja, era enorme.
##:
Vou matá-la sua franguinha!
GG:
Não, você não vai!
Grissom
acabou se atracando com o bandido, na tentativa de desarmá-lo.
GG:
Corra Sara, corra!
SS:
Não saio daqui! Grissom!
Os
dois homens lutavam até que... um tiro foi ouvido. O marginal saiu correndo e
Grissom caiu no chão, incrédulo. Um tiro bem na barriga.
SS:
Nãaaaaao! – Sara gritou e o bandido fugiu.
Ela
agachou-se e segurou Grissom em seus braços. Ele sangrava muito e a olhava com
amor.
SS:
Calma querido, a ambulância já está vindo! – ela chorava desesperadamente,
olhando nos olhos do amado.
GG:
Sara... me escute.... – dizia com certa fraqueza.
SS:
Não me diga que vai morrer porque eu não vou deixar! Socorro! Alguém me ajude
aqui, por favor! – ela berrava na esperança de alguém aparecer.
GG:
Sara...
SS:
Olha pra mim, Griss, olha pra mim!
Sara
acariciava o rosto do amado, e tentava estancar o sangue que jorrava da barriga
dele, fazendo uma poça.
GG:
Eu amo você, honey... e sempre vou amar... não... não se esqueça disso
jamais...
SS:
Vou te salvar, querido, vou te salvar! Alguém me ajude! Por favor! – o
desespero de Sara era imenso.
GG:
Não vai dar tempo, minha querida...
SS:
Não fale assim, Griss...
A
perita abraçava o amado com força, como se ele fosse fugir dela. As lágrimas de
Sara caíam no peito de Grissom. E pela última vez, ele sussurrou:
GG:
Prometa que você vai resistir, Sara... prometa.
SS:
Não vou conseguir sem você, amor!
GG:
Você vai... querida... meu amor...
Grissom
fechou os olhos e não tornou a abri-los.
SS:
Nãaaaaao! – berrou Sara.
A
perita permaneceu ali, misturada com o sangue do homem que amava, segurando o corpo
dele, chorando o desespero da mais dolorosa das separações: uma separação
forçada, injusta, cruel. As
pessoas que chegaram para tentar ajudar se comoveram com a cena do fim trágico
de um amor que era eterno. Sara
e Grissom, unidos pelo amor... separados pela morte. Será?
Brass chegou com os policiais e ficou incrédulo ao ver o que jamais pensou em ver em
sua vida: seu grande amigo morto, nos braços da mulher amada.
JB:
Não posso acreditar... é verdade isso? Meu Deus!
Warrick
e Nick chegaram e ficaram chocados com a cena. Imediatamente a emoção tomou
conta dos presentes.
NS:
Venha comigo, Sara! – disse Nick em lágrimas.
SS:
Eu quero... Griss... ele me deixou, Nick...
Sara
estava tão desolada que nem forças pra falar tinha. O amigo a abraçou e ambos
choraram a trágica morte de Grissom. E Brass teve o bom discernimento de não
tomar qualquer depoimento de Sara, pois viu que ela não tinha a menor condição
de dizer qualquer coisa. O
corpo de Grissom foi levado para a necropsia, mas Robbins não teve condições de
avaliá-lo; a emoção foi mais forte. Sara
permanecia sentada no banco, cabisbaixa, em silêncio; o que dizer naquele
momento? O que fazer a partir dali? Warrick,
Nick, Brass e os outros estavam todos abalados; Catherine, ao saber da notícia,
foi parar no hospital com ameaça de aborto. A
perita levantou-se do banco e Nick perguntou:
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