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Dolorosa separação - cap. 3


CW: É, realmente não criamos os filhos para nós. Quando chegam uma certa idade, exigem independência e liberdade. No momento em que vocês tiverem um filho, saberão do que falo.

Depois de sair da casa de Catherine, os dois foram para casa. Sara se preparava para tomar um banho quando Grissom a abraçou por trás.

SS: Que susto, Griss!
GG: Você estava tão distraída que nem me viu entrar...
SS: Desculpe, é que estou com muito calor. Estou precisando de um banho.
GG: Eu também, mas antes, deixe-me fazer uma coisa...

Grissom virou a amada e a beijou profundamente. Ele a queria naquele momento, naquela noite. Precisava senti-la. E Sara, apaixonada como sempre, passou as mãos por dentro da camisa dele, massageando as costas dele. Ela se entregava a ele sem nenhum pudor, sem nenhuma restrição, pois o amava de corpo, alma e coração. Os dois foram jogando as roupas no chão, em meio a beijos e carícias e foram para a cama. Fizeram um amor intenso, quente, com juras de amor eterno... Os dois suavam tanto que pareciam derreter. Enfim o orgasmo. Silêncio. Por alguns minutos, os dois ficaram quietos, apenas sentindo o bater dos corações e a respiração ofegante. Então Grissom disse:

GG: Tenho uma surpresa pra você.
SS: Pra mim?
GG: Sim. E sei que você vai gostar muito.
SS: Onde está?
GG: Na verdade, vou levá-la até a surpresa. Está a fim de sair esta noite?
SS: Com você, iria pra qualquer lugar.

Grissom sorriu e deu um beijo carinhoso na testa de Sara. A surpresa era levar a amada à uma ópera, pois ela apreciava, e Grissom, como um bom amante de canções italianas, quis levá-la para curtir uma noite a dois em um teatro. Já passava das onze da noite quando a ópera terminou. Os dois seguiam para o carro, que ficara a duas quadras por conta da falta de vagas.

SS: Foi maravilhoso, Griss! Que surpresa fantástica você me fez!
GG: Madame Butterfly é uma grande montagem.
SS: É surpreendente.
GG: O amor é surpreendente.

Ele a segurou mais apertado e os dois escutaram um barulho estranho, de uma lata sendo jogada ao chão.

SS: Vamos andar mais depressa, não estou gostando nada disso.

Os dois aceleraram o passo até que foram abordados por um marginal que estava armado.

##: Passe a bolsa, madame!

Sara e Grissom levaram um susto, mas o supervisor, experiente, tentou acalmar o bandido:

GG: Acalme-se!  - Grissom levantou as duas mãos.
##: Não quero papo, coroa, me dá essa bolsa, perua!
SS: Não dou! Qual é o direito que você tem de vir me tomar o que é meu? – Sara agarrou-se à bolsa.

O marginal, enfurecido, levantou o tom de voz:

##: Está querendo morrer, sua piranha?!
GG: Não fale assim com minha mulher! Abaixe sua arma, vamos negociar!
##: Não tem negócios com vocês, miseráveis!
SS: Por favor, não atire! – Sara estava muito assustada, mesmo sendo experiente. O ódio no olhara do marginal, que usava touca ninja, era enorme.
##: Vou matá-la sua franguinha!
GG: Não, você não vai!

Grissom acabou se atracando com o bandido, na tentativa de desarmá-lo.

GG: Corra Sara, corra!
SS: Não saio daqui! Grissom!

Os dois homens lutavam até que... um tiro foi ouvido. O marginal saiu correndo e Grissom caiu no chão, incrédulo. Um tiro bem na barriga.

SS: Nãaaaaao! – Sara gritou e o bandido fugiu.

Ela agachou-se e segurou Grissom em seus braços. Ele sangrava muito e a olhava com amor.

SS: Calma querido, a ambulância já está vindo! – ela chorava desesperadamente, olhando nos olhos do amado.
GG: Sara... me escute.... – dizia com certa fraqueza.
SS: Não me diga que vai morrer porque eu não vou deixar! Socorro! Alguém me ajude aqui, por favor! – ela berrava na esperança de alguém aparecer.
GG: Sara...
SS: Olha pra mim, Griss, olha pra mim!

Sara acariciava o rosto do amado, e tentava estancar o sangue que jorrava da barriga dele, fazendo uma poça.

GG: Eu amo você, honey... e sempre vou amar... não... não se esqueça disso jamais...
SS: Vou te salvar, querido, vou te salvar! Alguém me ajude! Por favor! – o desespero de Sara era imenso.
GG: Não vai dar tempo, minha querida...
SS: Não fale assim, Griss...

A perita abraçava o amado com força, como se ele fosse fugir dela. As lágrimas de Sara caíam no peito de Grissom. E pela última vez, ele sussurrou:

GG: Prometa que você vai resistir, Sara... prometa.
SS: Não vou conseguir sem você, amor!
GG: Você vai... querida... meu amor...

Grissom fechou os olhos e não tornou a abri-los.

SS: Nãaaaaao! – berrou Sara.

A perita permaneceu ali, misturada com o sangue do homem que amava, segurando o corpo dele, chorando o desespero da mais dolorosa das separações: uma separação forçada, injusta, cruel. As pessoas que chegaram para tentar ajudar se comoveram com a cena do fim trágico de um amor que era eterno. Sara e Grissom, unidos pelo amor... separados pela morte. Será?
Brass chegou com os policiais e ficou incrédulo ao ver o que jamais pensou em ver em sua vida: seu grande amigo morto, nos braços da mulher amada.

JB: Não posso acreditar... é verdade isso? Meu Deus!

Warrick e Nick chegaram e ficaram chocados com a cena. Imediatamente a emoção tomou conta dos presentes.

NS: Venha comigo, Sara! – disse Nick em lágrimas.
SS: Eu quero... Griss... ele me deixou, Nick...

Sara estava tão desolada que nem forças pra falar tinha. O amigo a abraçou e ambos choraram a trágica morte de Grissom. E Brass teve o bom discernimento de não tomar qualquer depoimento de Sara, pois viu que ela não tinha a menor condição de dizer qualquer coisa. O corpo de Grissom foi levado para a necropsia, mas Robbins não teve condições de avaliá-lo; a emoção foi mais forte. Sara permanecia sentada no banco, cabisbaixa, em silêncio; o que dizer naquele momento? O que fazer a partir dali? Warrick, Nick, Brass e os outros estavam todos abalados; Catherine, ao saber da notícia, foi parar no hospital com ameaça de aborto. A perita levantou-se do banco e Nick perguntou:

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