CW:
Eu penso o mesmo. Não quer vir conosco, Sara?
SS:
Obrigada, Cath, mas quero ficar; pra onde eu for estarei sempre me sentindo
sozinha, então, que sinta isso em minha casa.
CW:
Não se esqueça de que pode sempre contar conosco, não é Vartann?
V:
Claro!
Os
dois ainda ficaram mais um pouco e depois foram embora. Na
manhã seguinte, Sara foi até o cemitério. Como ia embora de Vegas, queria se
despedir do amado. Com uma rosa e um papel nas mãos, ficou um tempo olhando
para a lápide, na qual havia um retrato de Grissom. O “Sempre no coração de sua
amada Sara Sidle” a fez soluçar. Delicadamente depositou a rosa e abriu o
envelope, para ler o trecho de uma música. Sabia que ele não a ouviria, mas
Grissom estava ali, ao lado dela.
“Saudade,
palavra triste
quando
se perde um grande amor
na
estrada longa da vida
eu
vou chorando a minha dor
igual
a uma borboleta
vagando
triste por sobre a flor
teu
nome sempre em meus lábios
irei
chamando por onde for
meu
primeiro amor, tão cedo acabou
só a dor deixou neste peito meu
meu primeiro amor foi como uma flor
que desabrochou e logo morreu
nesta solidão, sem ter alegria
o que me alivia são meus tristes ais
são prantos de dor que dos olhos caem
é porque bem sei, quem eu tanto amei
não verei jamais”.
só a dor deixou neste peito meu
meu primeiro amor foi como uma flor
que desabrochou e logo morreu
nesta solidão, sem ter alegria
o que me alivia são meus tristes ais
são prantos de dor que dos olhos caem
é porque bem sei, quem eu tanto amei
não verei jamais”.
Depois
de ler uma letra que traduzia sua dor, seus sentimentos, Sara caiu no choro.
Sem pai, sem mãe, sem irmão, sem família e sem Grissom. Sozinha no mundo.
Ninguém para defendê-la. Ninguém para abraçá-la e dizer “você não está sozinha,
vai ficar tudo bem”. Ninguém
para formar com ela uma família. Não mais. Todos
os seus sonhos foram interrompidos para sempre diante do gatilho de um
desalmado, que lhe tirou o que havia de mais precioso: o amor de sua vida!
Grissom chorava junto com Sara.
GG:
Estou aqui, honey. Estarei sempre ao seu lado. Não posso mais tocá-la, mas vou
sempre tê-la em meu coração.
Depois
de algum tempo, Sara foi embora. Enquanto isso, Madame Brown foi até o lab,
onde encontrou Brass.
JB:
O que a madame deseja?
MB:
Vim dar um aviso.
JB:
Que aviso?
MB:
Olha, vocês não vão acreditar em mim a princípio, mas precisam acreditar. O
homem que matou o senhor Grissom vai atacar novamente!
WB:
Do que você está falando?
MB:
Ele vai pegar Sara Sidle! Ela corre perigo, vocês precisam fazer alguma coisa!
JB:
Olha aqui, dona vidente: nós temos a sua ficha e ela não é limpa! Portanto, o
que está nos dizendo é mais uma obra de sua trambicagem, então vou ter de
recolhê-la para uma cela, está bom?
MB:
Mas estou dizendo a verdade, ela corre perigo!
Grissom,
assistindo a tudo, não se conformava por Brass não acreditar na mulher.
GG:
Ela está dizendo a verdade, acreditem!
Não
adiantava ele dizer ou berrar; nunca o ouviriam. E ficou decepcionado ao ver
policiais a levando para a cela. Enquanto
isso, Sara chegava ao prédio. Ao se aproximar da porta, reparou que ela estava
entreaberta. Alguém estava em sua casa. Posicionou-se
como sempre fazia quando entrava em alguma cena de crime, mas lembrou-se que
estava sem sua arma. Tomando todos os cuidados, entrou na casa, mas foi
golpeada com uma coronhada na cabeça. Não desmaiou, mas foi ao chão; em
seguida, o criminoso a segurou pelo colarinho, para desespero de Grissom.
##:
Pensou que ia ficar livre e viva para me entregar?
SS:
O que... você... quer? – disse Sara, quase sufocada.
##:
Vim terminar o serviço. Vim te matar!
Num
ímpeto de fúria, Grissom avançou para cima do sujeito e o empurrou. Ele caiu e
bateu a cabeça no chão. Sara não entendeu absolutamente nada. O sujeito ainda se
levantou mais uma vez, e novamente foi parar no chão, empurrado com uma força
incrível por Grissom, que ele mesmo não tinha quando vivo.
##:
O que está acontecendo? Vo-você é doida!
SS:
Não fui eu!
Grissom
ainda o empurrou mais algumas vezes, até que, apavorado, o criminoso saiu
correndo do apartamento de Sara.
##:
Socorro! Socorro!
O
marginal correu pelas ruas sem olhar para os lados. Foi pego em cheio por um
carro em alta velocidade. Morreu na hora. Enquanto
isso, Sara, sentindo dores na cabeça, ajoelhou-se no chão, como se estivesse
derrotada. Chorou lembrando-se de Grissom.
GG:
Não chore, honey, estou aqui.
SS:
Griss?
O
supervisor ficou surpreso. Sara o estava escutando?
GG:
Sara? Você me ouve?
De
repente, uma luz suave e imensa surgiu. Sara, que havia levantado a cabeça,
curiosa ao ouvir a voz de Grissom, teve uma grande surpresa: em meio às luzes,
a imagem de Grissom surgiu. Os
olhos cansados da perita tiveram força para um último choro: estava diante de
seu amor. E Grissom sentiu a mesma emoção, a mesma saudade... o mesmo amor!
SS:
Oh Gil!
GG:
Estou aqui, honey... não saí do seu lado...
SS:
Sinto tanto sua falta... estou tão sozinha...
GG:
Não se sinta assim... eu sempre estarei com você de alguma forma.
SS:
Eu queria você aqui comigo, vivo... tínhamos tantos planos...
A
emoção era imensa naquele momento.
SS:
Porque isso foi acontecer?
GG:
Tinha de ser assim, Sara. Existem coisas que estão fora do nosso alcance.
Os
dois se aproximaram e a perita levantou uma das mãos, na tentativa de tocar
Grissom. Ele fez o mesmo, e os dois apaixonados, separados pela morte mas unidos
pelo amor, simbolizaram sua união de além vida. Por trás do supervisor
apareceram outras pessoas iluminadas, o que fez Sara supor que fossem outros
espíritos.
GG:
Estão me chamando. Preciso ir, honey. Acho que cumpri minha missão, você está
salva.
Sara
não conseguia dizer nada, apenas olhar para ele aos prantos e trêmula.
GG:
Sabe, minha querida, o amor verdadeiro levamos conosco. E
você sempre será uma parte de mim. Todos que olharem pra você se lembrarão de
mim. E sei que estarei sempre em seu coração. Quando sentir saudades de mim,
olhe dentro de você; eu estarei lá. E
se ouvir com atenção seu coração, ouvirá minha voz a te dizer o quanto te amo.
Adeus, honey. Até um dia...
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