HM: Ficou maluca é?!
SS: Não, Hans, eu não fiquei maluca. Seu
filho morreu naquela explosão, mas eu também perdi o meu filho! Você matou o
meu filho!
HM: Não estou entendendo aonde você quer
chegar!
SS: Eu descobri o que você fez, e tenha
certeza de que vai pagar por isso! A morte do meu filho e de tantas outras
crianças inocentes não será em vão!
Sara saiu da sala do empresário disposta a
falar com Brass sobre o bandido. Ligou para Grissom.
GG: Onde você está, Sara?! Estou
preocupado, você saiu da igreja e não deu mais notícia!
SS: Descobri quem cometeu aquela atrocidade
no planetário.
GG: Quem?
SS: Hans Müller.
GG: Hans? Quem é o sujeito, Sara?
SS: Marido de Lilian Müller, aquela jovem
que morava perto de nós e cuja filha era amiguinha de Danny.
GG: Agora me lembro. Ele tem uma empresa e
está sendo investigado por lavagem de dinheiro. Esse sujeito é perigoso. Onde você está, Sara?
SS: Acabei de sair do escritório dele. Vim
dizer a ele que descobri tudo.
GG: Ficou maluca, Sara?! E se ele te
matasse?
SS: Não se preocupe comigo. Estou indo para
o carro, logo estarei em casa.
Os dois se despediram e Sara foi para o
carro. Em poucos segundos, uma grande explosão foi ouvida. O carro se
despedaçou por completo, e uma imensa chama surgiu. Pouco tempo depois, Grissom
e Catherine foram para o local. Brass já se encontrava por lá.
GG: O que temos, Brass?
JB: Uma explosão no carro. Testemunhas
disseram que uma mulher seguia em direção a ele quando houve a explosão.
GG: E onde está a dona do automóvel?
JB: Parece que conseguiu escapar. Depois de
cair, saiu cambaleando.
Catherine, que analisava os pedaços
espalhados do carro, encontrou algo.
CW: Gil, encontrei algo. Veja isso.
GG: O que é?
CW: Apesar de estar um pouco chamuscado, dá
pra saber que é uma placa de carro.
Ao ver o número, Grissom descobriu que se
tratava de seu próprio carro.
GG: É meu carro, Catherine! Sara esteve
aqui.
A loira olhou espantada para o supervisor.
Estavam próximos da verdade.
CW: Mas o que ela fazia por aqui?
GG: Ela me ligou há poucos minutos, dizendo
que havia descoberto quem explodira o planetário.
CW: Acha que tem ligação?
GG: As evidências indicam que sim. Só
preciso saber onde Sara está.
No que Grissom falou, o celular tocou. Era
Sara.
GG: Grissom.
SS: Sou eu, honey.
GG: Sara?! Onde você está?
SS: Foi ele, Grissom.
GG: Ele quem?
SS: Hans. Ele matou nosso filho!
GG: Tem certeza do que está falando, Sara?
SS: Tenho em minhas mãos uma carta que ele
mandou pra Lilian dizendo que ela perderia o que mais amava. Ele se referia à
menina.
GG: E teve a coragem de matar a própria
filha...
SS: Sim.
GG: Onde você está agora?
SS: Estou aqui perto. Espere... Ele vai
fugir, Grissom, não permita!
GG: Onde está o carro dele?
Sara nem precisou dizer, porque Grissom
ouviu o barulho de pneus cantando. O carro de Hans fugindo.
GG: É ele, é ele! – Grissom gritou para
Brass e os policiais.
Houve uma intensa troca de tiros, e,
obviamente, o carro de Hans não seguiu adiante. Os policiais o cercaram e o
detiveram. Os comparsas dele também foram presos.
Grissom deu um suspiro forte e, muito sério, olhou para o homem que causara a
morte de seu filho e de outras crianças e pessoas inocentes. Aproximou-se dele
com o olhar repleto de raiva. Ficou tão compenetrado olhando fixamente nos
olhos do algoz de Danny que não notou a presença de Sara, ferida, ao seu lado.
Ela, com dor e raiva no olhar, nada disse, apenas deu um grande tapa no rosto
de Hans, que não esboçou nenhuma reação. Mas quem viu a cena pôde compreender a
dor de uma mãe que perdera seu filho amado de um jeito estúpido e cruel.
JB: Podem levá-lo.
Assim que Hans foi levado embora, Sara
abraçou Grissom bem forte.
SS: Será que acabou?
GG: Acabou, honey. Brass dará um jeito para
que Hans não saia impune dessa. Com certeza ele pegará altos anos na cadeia,
talvez uma prisão perpétua.
O supervisor viu que a amada tentava
esconder as lágrimas e a tocou no rosto.
GG: Ei honey, se quer chorar, chore. Não
precisa se segurar para parecer forte. Chore tudo o que você tem direito.
Assim que Catherine se aproximou e a
abraçou, Sara não resistiu e chorou. A loira também não se segurou e chorou
intensamente. Os outros csi’s ficaram emocionados com a
cena. As semanas se passaram e Sara ainda andava
muito triste. Até mesmo no lab. Os amigos tentavam animá-la, mas embora, sem
muito sucesso, conseguiam distraí-la com algumas bobagens.
SS: Sinceramente, Cath, não tenho mais
ânimo para lidar com crimes e violência. Na verdade, nunca tive. Mas gostava do
que fazia. Agora, está sendo uma tortura. Fico
lembrando de meu filho a cada cena apavorante que vejo, e meus traumas não saem
da minha cabeça. Nem sei se sairão algum dia.
CW: Bem, devo saber que você perdeu seu
filho tão amado, é normal se sentir assim, triste, sem motivação para nada. Mas
lembre-se que você tem ao Grissom, e ele a você. Onde está o amor que um sente
pelo outro? Não deixe que ele morra junto com Danny. Seu filho sempre estará
vivo na lembrança de todos que o amaram.
Nick entrou na sala de convivência naquele
momento.
NS: Sara, tem uma pessoa querendo falar com
você na recepção.
SS: Falar comigo?
NS: Sim. É uma mulher.
SS: Vou lá ver.
Ao chegar na recepção...
SS: Lilian Müller.
LM: Sara Sidle. Quanto tempo!
As duas se abraçaram.
SS: Então, como você me encontrou?
LM: Minha irmã, esqueceu?
SS: Ah sim.
LM: Gostaria de agradecer-lhe por ter
mandado Hans para a cadeia. Agora, ele ficará lá por muito e muito tempo.
SS: Saiu a condenação?
LM: Ele pegou prisão perpétua. Sinto-me
mais aliviada. Ele me tirou minha filha amada, mas agora lhe tiraram o que
sempre amou, sua liberdade.
SS: Ele terá a vida toda para pensar na dor
que causou nas pessoas.
LM: Bem, eu... vou nessa. A gente se vê por
aí.
SS: Claro!
Sara foi até o lock. Sentou-se no banco,
abriu sua carteira e ficou olhando para uma foto de Danny. Sorriu, em meio à
lágrimas que escorriam. Grissom apareceu.
GG: Então você está aqui; te procurava por
todo o lab.
SS: Estava matando as saudades do nosso
filho.
GG: A justiça foi feita; Danny pode
descansar em paz agora.
SS: Sabe, em meio à tanta dor descobri uma
nova razão para amar.
GG: Ah é? Então me conta – Grissom
acariciou Sara, sentados no banco.
SS: Vamos ter um bebê.
Grissom olhou admirado para a mulher. As
noites com Sara em seus braços sempre foram maravilhosas, Danny fora gerado
assim, no meio de muito amor. E agora, um novo filho para trazer a alegria de
volta ao lar do casal...
GG: Eu te amo, Sara. E saber que você
espera um outro filho é como se Danny estivesse voltando para nós... Sabemos
que não será o mesmo filho, mas o amor de pai e mãe é o mesmo, e a alegria que
esse novo filho nos trará será tão intensa e vibrante quanto a que tivemos nos
três anos com Danny.
Sara sorriu e beijou Grissom com muito amor.
Agora ela sabia que haveria uma nova razão para amar e ser feliz, e que Danny
seria o anjinho da guarda desse ser que estava crescendo em seu ventre.
Fim
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