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Uma razão para amar - cap. 3


CW: Sua cara está ótima, Gil!
GG: Obrigado, Catherine. Mas não é sobre a minha cara que quero falar.
NS: Então a coisa parece ser bem séria.
GG: E é. Gostaria de convidá-los para um jantar em minha casa no próximo domingo. Sei que todos estarão de folga, portanto, todos poderão ir.
WB: Pode nos adiantar o assunto, Grissom?

Sara deu uma risadinha que deixou os rapazes intrigados (já que Catherine sabia dos dois).

GS: O que você está sabendo que nós não, Sara?
SS: Eu?!
NS: Querida Sara, pode ir desembuchando...
SS: Conto eu ou conta você? – ela olhou para Grissom.
GG: Fique à vontade.
WB: Não estou entendendo nada.
SS: Bem – riu – ãh... Grissom e eu vamos ter um bebê!

Os rapazes se olharam surpresos.

GS: Já?
GG: Já o quê, Greg?
GS: Já marcou um gol, no início da partida?

Todos deram uma risadinha, inclusive Sara, pensando: “esse Greg...” Grissom olhou muito sério para ele.

GG: Não entendi aonde você quer chegar, Greg.
GS: Esquece Grissom, foi só uma expressão. De qualquer forma, meus parabéns e felicidades aos dois.
SS: Aos três, né? – Sara passou a mão na barriguinha.
GS: Isso!

Os amigos os cumprimentaram, felizes.

GG: Muito bem! Agora, todos ao trabalho!
NS: Sabia que nossa festa ia durar pouco...

Na manhã de domingo, o quarto de Grissom estava devastado, como se um furacão tivesse adentrado por ali. Mas eram sinais de uma noite extremamente intensa. Blusas, calças, peças íntimas, meias e sapatos por todos os lados do quarto. Nos lençóis, o cheiro dos corpos e uma vasta quantidade de sêmen, e travesseiros espalhados. Grissom e Sara ainda dormiam, exaustos de passar a madrugada se amando quase ininterruptamente. Desta vez, quem acordou primeiro foi Grissom. Ele nem estava muito a fim de levantar-se da cama, ainda mais estando com Sara em seus braços, dormindo sensualmente e nua daquele jeito, mas era necessário acordar para comprar os ingredientes para o jantar de logo mais.

GG: Honey... – ele sussurrou no ouvido de Sara, tocando no quadril dela.
SS: Mais tarde, mãe. Deixa eu dormir mais um pouco.
GG: Mãe?! – ele levantou a sobrancelha.
SS: Hein?!
GG: Bom dia, querida.
SS: Bom dia, Griss... Ãh, eu... disse alguma besteira?
GG: Para os meus padrões não, porque?
SS: Você me olha como se estivesse assustado.
GG: Quando te chamei você pensou que fosse sua mãe lhe despertando.

Sara deu um suspiro e sentou-se na cama. Tocar no assunto mãe a deixava visivelmente para baixo. Seu passado era horrível e dentro de si ainda existia um vazio deixado por ela, quando matara seu pai. Sara jamais admitira a ninguém sua carência de mãe, de poder abraçá-la, deitar sua cabeça no colo dela, ouvir palavras amigas e de conforto, saber que jamais estaria sozinha na vida... Pensando nisso, seus olhos não conseguiram segurar as lágrimas. Grissom as limpou com o dedo e abraçou Sara como se a protegesse de algo. Queria, de fato, protegê-la de todos os medos dela, do mundo perverso em que viviam. O amor que um tinha pelo outro seria sempre a luz que os iluminaria na estrada da vida. Depois de ficar um tempo em silêncio, escutando apenas os corações batendo descompassados e a respiração, foram tomar uma ducha juntos e em seguida saíram para comprar os ingredientes do jantar. Antes, almoçaram em um restaurante. Como os dois se ajudaram na preparação do jantar, rapidamente estava tudo pronto, e às seis da tarde os amigos começaram a chegar. A primeira foi Catherine, que levara uma garrafa de vinho e outra de suco, para Sara.

SS: Ei, chegou cedo!
CW: Cedo nada, tive um trabalho enorme com a Lindsay!
SS: O que essa menina aprontou dessa vez?
CW: O de sempre: teimando comigo! A história é longa, querida, longa... Onde está Gil?
SS: Na cozinha, terminando de temperar a comida.
CW: Sério? Ah, eu preciso ver isso! Com licença, Sara!
SS: À vontade.

Sara ia fechar a porta, mas os rapazes, mais Brass, chegaram.

SS: Chegaram todos juntos? Uau!
NS: A gente acabou se encontrando numa loja de bebês.
SS: Todos na mesma loja?
JB: Eu não, fui à outra loja.
GS: Trouxemos presentes para o bebê.
SS: Valeu, gente. Fiquem à vontade.
GS: Tem alguém aí?
NS: O Grissom, né cara? E a Cath, Sara?
SS: Já chegou. Está na cozinha vendo o Griss temperar a comida.
WB: Não sabia que o Grissom cozinhava bem.
SS: O Griss faz muitas coisas bem, Warrick! – ela piscou.

Os rapazes riram. No almoço, a conversa fluía animadamente.

JB: Então, Griss, você e Sara pretendem se casar?

Sara engasgou com a pergunta, jogando arroz em todos. Grissom deu um tapinha de leve nas costas dela.

JB: Foi uma pergunta indecorosa, Sara? Se foi, peço desculpas.
SS: Não foi, Brass. Só fiquei surpresa com a pergunta – Sara pegou um copo de suco e bebeu para desengasgar.
GG: Sim, quero me casar com Sara. Espero que antes do bebê nascer.
CW: Ficamos felizes por vocês e torcemos pelo amor que há entre os dois. Que seja assim para sempre.
GG: Que os anjos digam amém!

Depois do almoço...

GG: Gostariam de jogar um jogo?
NS: Se for xadrez, tô fora. Sou péssimo! – riu.
GS: Xadrez é pra inteligentes, Nick.
NS: Está insinuando que sou burro, camarada?
GG: Não é xadrez. É dominó. Alguém a fim de jogar?
CW: Eu! Adoro este jogo.
JB: Vou aceitar, é bom pra distrair a cabeça.
GG: Ótimo! Vamos para a sala.

Grissom possuía quatro caixas de dominó, o que daria para todos jogar. E a turma se divertiu, com Grissom ganhando a maioria das partidas.

NS: Pô, só o Grissom ganha! Assim é covardia, né?
SS: Eu disse que o Griss era bom em várias coisas. Dominó é uma delas.
CW: Sei... – Catherine olhou para Sara com um sorrisinho malicioso.

Sara levantou-se e foi até o aparelho de som.

GS: O que pretende, Sara?
SS: Ah, silêncio quando temos amigos em casa é muito chato. Vou botar uma música para animar.
NS: Beleza, Sara!

Só que a música era lenta e romântica. Greg e Nick, amantes de músicas mais agitadas, se olharam e deram uma risadinha.

GG: Me concede a honra dessa dança? – Grissom esticou a mão para Sara.
SS: Com certeza!

Grissom levou uma das mãos da amada até a altura do ombro, e com a outra segurava as costas dela, na altura do quadril dela. Os amigos ficaram quietos, observando a cena romântica entre o casal. E soltaram gritos de alegria quando Grissom beijou Sara profundamente. Durante o beijo, ela ficou tão sem graça por ouvir os gritos dos amigos que começou a rir, e teve de interromper o beijo. Ficou vermelha de vergonha.

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