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E agora, meu amor? - cap. 7



Mas, conforme os dias foram passando, toda aquela paixão deu lugar a brigas e desentendimentos. Sara não estava conseguindo esconder o ciúme que sentia por Teri Miller estar muito presente no lab, e quase sempre ao lado de Grissom. Ele estava saturado de cobranças e cenas de ciúme, que nem eram tão claras, mas achava que Teri percebia e ficava desconcertada. Os dois mais andavam discutindo que se amando, e a tensão entre eles só aumentava. Os dois, mais uma vez, discutiam no apartamento de Grissom.

GG: É claro que estou aborrecido com você, Sara! Seu comportamento beira a infantilidade, diria até que está ficando maluca! Sinceramente, não a estou reconhecendo!
SS: Eu não sou idiota, Grissom! Acha que o simples fato de Teri Miller estar casada significa muita coisa? Ok, ela veio passar uma temporada no lab a pedido do Ecklie – que nos odeia, diga-se de passagem. Mas ficar de grude com o supervisor o tempo todo, até sem motivo algum, já é demais! Ou você pensa que eu tenho sangue de barata, como você tinha há um tempo atrás, e não vou me importar com essa aproximação?
GG: Você está vendo coisas onde elas não existem, Sara! Não existe nada entre mim e Teri!
SS: Se não teve ainda vai ter.
GG: Você está torcendo por isso?
SS: Não estou torcendo, estou prevendo!
GG: Está de TPM, Sara?
SS: Como é?
GG: Perguntei se você está na TPM, porque seu comportamento tem sido lamentável.
SS: Não, ainda não mentruei.
GG: Deve ser isso mesmo. Não vou levar em consideração suas birras porque mulher nesse período fica terrível!

Grissom saiu do quarto e deixou a perita boquiaberta. Em seguida, ela se deitou na cama, chateada, e acabou adormecendo. Mais tarde, o supervisor foi ao quarto e a encontrou dormindo. Observou aquele corpo esguio coberto apenas por uma camiseta justa e um short que escondia os lugares por onde ele adorava percorrer, com as mãos ou não. Mas Sara estava magoada. Ela sentiu a presença dele no quarto mas preferiu continuar seu sono. Nada de sexo naquela noite. Nem de beijos, nem de carícias nem de toques que poderiam levar ao céu. Ele esboçou uma aproximação, mas, como sempre fazia diante de uma situação desconfortável, recuou. No turno seguinte, Sara analisava alguns detalhes na internet quando Catherine entrou na sala:

CW: Você já soube?
SS: Soube o que?
CW: Teri Miller ajudou a reconstituir o rosto daquele esqueleto que encontramos enterrado naquele casebre. Trata-se de uma mulher.
SS: Pelo visto todos se renderam aos encantos dela...
CW: Está com ciúmes dela, Sara, está na cara...
SS: O que você sabe sobre isso, Cath?
CW: Ei, calma! Eu só quero te ajudar...
SS: Não preciso que ninguém me ajude!

Sara, irritada ao ver que sua amiga também estava satisfeita com o bom desempenho da antropóloga no lab, saiu da sala e foi para o corredor, onde viu, da porta, o quão íntimos Grissom e Teri pareciam. 

TM: Você tem um ótimo senso de humor, Gilbert!
GG: Não sou assim com todos.
TM: Ah é? E com quem você é?
GG: Bom... com pessoas interessantes e especiais.

Ao ouvir aquilo, a perita sentiu um soco no estômago e foi para o banheiro. Estava se sentindo mal, física e emocionalmente. “Diabos, Sara, você sempre foi uma mulher segura de si e agora está fraquejando emocionalmente mais uma vez pelo homem que ama? Mas também, o que Grissom tem de ficar se rendendo ao charme daquela loira? E porque esse encosto veio logo pra cá?”. Depois de alguns minutos no banheiro, enxugando lágrimas que insistiam em cair e pensando em algumas coisas, a perita voltou para a sala de análises. No corredor encontrou Greg:

SS: Você viu Grissom, Greg?
GS: Acabou de sair com Teri. Pareciam muito apressados.
SS: Como assim?
GS: Ouvi um papo de que tinham assuntos a resolver.
SS: Ah é? – engoliu o choro iminente.
GG: Algum problema?
SS: Vou pra casa, o turno vai terminar mesmo e estou com uma dor no estômago. Tchau!
GS: Tchau! Cuide-se!

Triste, Sara pegou sua bolsa e saiu. Dentro do carro, ainda no estacionamento do lab, ela abriu um papel e o releu. Guardou na bolsa e encostou a cabeça no volante. Ao reerguer a cabeça, lágrimas escorriam em seu belo rosto. E chorou ao pensar em Grissom: “Porque, Grissom? Porque?”. Em seguida, deu partida no carro e seguiu para casa. A sua casa, que, mesmo sendo simples, era seu canto, onde ninguém poderia perturbá-la. Enquanto isso, em outro lugar, Grissom parecia estar disposto a esquecer as cenas de ciúme de Sara... caindo em outros braços. No apartamento de Sara, a perita, triste e sentindo-se solitária, olhava sua silhueta no espelho comprido que tinha no quarto. Apenas de calcinha, ela tocou na barriga. Sim, ela trazia no ventre o fruto de noites intensas de amor. Noites que eram só dos dois e que agora Grissom estava dividindo com outra mulher.... Pela manhã, Grissom acordou e reparou que não estava em seu apartamento nem no de Sara. Ao olhar para o lado, viu Teri Miller dormindo, de costas para ele, completamente nua. Ao se dar conta do que ocorrera, levantou-se às pressas e tratou de se vestir logo. A loira despertou e olhou-o com cara de sono.

TM: Já vai?
GG: Não devia ter vindo até aqui. Fiz uma tremenda besteira.
TM: Oras, você quis tanto quanto eu!
GG: Além do mais, você é casada.
TM: Não sou não.
GG: E essa aliança no seu dedo?
TM: Foi uma historinha que inventei. Tenho uma grande atração por você, e quando o revi, desejei ir pra cama com você de novo. Você foi ótimo!
GG: Você não está entendendo, Teri: eu traí Sara, a mulher da minha vida! Com que cara eu vou olhar pra ela agora?
TM: Acalme-se – Teri levantou-se – Ela não tem que saber o que aconteceu. Pra quê falar de suas puladas de cerca?
GG: Agora ela terá razão de sobra para ter crises de ciúme. Sara pareceu pressentir o que iria acontecer.
TM: Já disse, se aconteceu essa transa foi porque você também quis.
GG: E já estou arrependido. Por favor, Teri, não toque nesse assunto nem converse comigo no lab outra coisa que não seja trabalho.
TM: Não se preocupe.

Grissom saiu apressado da casa de Teri Miller e foi para casa tomar um banho para ir ao lab. Ele ainda chegou na hora, mas Sara ainda não havia chegado.

GG: Estão todos aqui?
CW: Não, Sara ainda não chegou.

Ele não replicou. O que tinha a dizer? Nada! Apenas guardou para si a besteira que havia cometido e portou-se como se nada havia acontecido. Era um problema que teria de resolver única e exclusivamente com Sara, mais ninguém. A perita chegou um pouco atrasada porque acordara muito enjoada. Havia vomitado mas ainda assim sentia o estômago reclamar. Não o estômago em si, era o bebezinho que estava reclamando, por alguma razão. Depois que estacionou o carro no estacionamento do lab, Sara seguiu para o elevador. Ao apertar o botão para subir, ela reparou que havia uma mulher observando-a atrás de um dos carros. Mas, chateada do jeito que estava, a perita não captou muito bem o rosto dela. Sara entrou e foi direto ao locker deixar a bolsa no armário. Em seguida, foi para a sala de convivência, onde Nick estava.

SS: Onde estão todos?
NS: Grissom distribuiu as tarefas. Estava te esperando, temos um caso pela frente. Vamos nessa?
SS: Claro!

Os dois pegaram a van e chegaram à residência.

SS: Onde a vítima foi encontrada?
NS: Na garagem.

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