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E agora, meu amor? - cap. 6


SS: E porque não estaria?
GG: Você estava um pouco nervosa...
SS: Se estava, já passou. Estou concentrada no meu trabalho. Acho que não temos muito a nos dizer, certo?

Grissom estava se aproximando de Sara lentamente. Ia dizer algo a ela quando foi interrompido:

TM: Gilbert?

Ele e Sara olharam na porta e lá estava a loira antropóloga com seu coque, sorrindo para ele. O supervisor deu um “até mais” para Sara e convidou a loira para ir até sua sala. A perita olhou aquela cena, dos dois saindo juntos da sala com o coração partido. Mais uma vez. Na sala de Grissom, os dois conversavam animadamente.

TM: E como você está, Gil? Parece mais remoçado...
GG: Tenho trabalhado muito, e só. E também muito cansado.
TM: Precisa relaxar mais. Você parece tenso...
GG: Você, ao contrário, está ótima.
TM: O amor ajuda a deixar a pessoa melhor.
GG: Está comprometida?
TM: Casadíssima! - ela exibiu a enorme aliança de ouro – E você, já se amarrou a alguém?

Grissom teve uma imagem mental do que tivera com Sara em São Francisco, Nesta viagem para a conferência.

TM: Olá? Tem alguém aí?
GG: Desculpe. Eu... tive uma lembrança de algo que me aconteceu.
TM: Espero que tenha sido com uma mulher muito especial, você merece.
GG: Acha mesmo?
TM: Acho. E você tem alguém a quem amar, não perca seu tempo e diga logo a ela o quanto você a quer.

Ele olhou para a loira e percebeu que o que havia sentido por ela no passado não passara de atração. A mulher de sua vida era outra e estava bem ali perto.

GG: Eu preciso resolver um assunto.

Grissom deixou Teri em sua sala e foi atrás de Sara. Que já havia ido embora.

GG: Ela já foi embora?
CW: Me disse que estava sentindo um pouco de dor de cabeça.
Gg: Quando ela saiu?
CW: Agora há pouco. Se você for agora, é capaz de alcançá-la.
GG: Eu... não pensava em ir atrás dela.
CW: Olha, Gil, estamos só nós dois aqui, você pode dizer a verdade pra mim.
GG: Que verdade, Catherine?
CW: Que você ama a Sara.

O supervisor arqueou a sobrancelha. Como iria falar de sentimentos com Catherine, mesmo ela sendo sua amiga de tantos anos?

GG: Eu conto toda a verdade, mas agora preciso fazer uma coisa.
CW: Seja lá o que for, boa sorte!

O supervisor foi para o estacionamento pegar o carro. Mas nas ruas de Vegas caía uma chuva tremenda. Não trovejava, apenas caía uma cachoeira dos céus. Sara estava indo para casa (sua casa era meio afastada do centro da cidade), quando o carro parou. Para sua sorte, não estava numa via expressa, era rua residencial. Depois de várias tentativas de fazer o veículo andar, desligou o carro e saiu no meio da chuvarada. Como era noite, a rua estava pouco movimentada. Mas, para onde ir agora? Teve uma idéia de ligar para alguém, algum resgate. Ao teclar, o celular desligou. Bateria descarregada.

SS: Ah, mas que droga!

Para se acalmar, ligou o cd player do carro e caiu em uma música que, depois, ela percebeu que tinha a ver com sua situação amorosa atualmente.

“Foi a primeira vez, a mais forte talvez
Que alguém fez meu coração bater descompassado assim
Foi um tiro no olhar, tanta pressa de amar
E uma febre tão louca queimava na boca
Tive que me entregar
Foi a primeira vez, quem sabe nunca mais
Pois ninguém soube arrancar de mim a falta que você me faz
Fiquei tão preso nesse amor que não consigo me soltar
Quem vai secar meus olhos 

que estão cansados de chorar o mar?           
Amor assim é tão ruim, só vem pra machucar
É uma paixão que o coração não quer deixar voar
Amor assim não dá pra mim, é muita solidão
Eu preciso de alguém que não fuja do meu coração...”

A canção era uma mistura de Grissom e Sara, era como se ele narrasse como ele estava sentindo aquele amor, a mesma coisa com relação a ela. Depois que a música terminou, ela desligou o cd player e voltou para fora do carro. Quem sabe não passava uma alma viva por ali e a ajudasse? Estava com sua arma ao corpo, para qualquer situação de perigo. Completamente molhada, com frio, a perita implorava uma ajuda aos céus. Como que ouvindo seu chamado, Grissom conseguiu localizá-la, até porque ele conhecia o trajeto que ela fazia para chegar em casa. Ele viu o carro parado e, ao chegar mais perto, viu que era Sara quem estava encolhida, encostada no capote. Parou e saiu do carro.

GG: O que aconteceu?
SS: Meu carro morreu e meu celular descarregou. Não tenho como sair daqui.
GG: Como não? Eu estou aqui!
SS: Você não deveria estar no lab com a Teri?
GG: Não, porque eu deveria estar com você. E acho que ouvi seu pedido de socorro, porque encontrá-la nessa chuva, à noite, foi muita sorte!
SS: Fico feliz que tenha aparecido.
GG: Você está tremendo de frio. Deixe-me aquecê-la.

Grissom abraçou Sara e o calor dos corpos grudados um no outro fez um sorriso aparecer no rosto molhado e gelado da perita. Os olhos se encontraram, os lábios abertos se desejavam e as mãos se procuravam. E veio. Com uma força monumental de uma paixão profunda, os dois se beijaram e se entregaram ao desejo que pertencia só a eles. Sara, apaixonada, percorreu as costas de Grissom com as mãos delicadas e suaves; ele segurava a amada na cintura com cuidado, como se ela fosse uma boneca de porcelana. Naquele momento, nem a chuva gelada fazia a diferença; o fogo entre eles era tão grande que era possível sentir suor pingar junto com as gotas de chuva.

GG: Vamos, eu te levo pra casa. 

Sara trancou o carro e seguiu com Grissom para sua casa.

SS: Vou pegar umas toalhas, senão você vai acabar pegando um resfriado.

Grissom retirou a camisa enquanto Sara trazia a toalha. 

SS: Você não prefere tomar um banho quente? É melhor para tirar o frio do corpo.
GG: Está bem.

Grissom foi para o banheiro e tirou a roupa. 

GG: Sara!

Ela, que estava no corredor, respondeu:
 
SS: Sim?
GG: Vem também, a água está uma delícia, quentinha...

Ela sorriu e retirou as roupas também. Em seguida, entrou no box e deixou se molhar pela água quente e gostosa. Grissom a beijou e os dois, abraçados e sentindo o desejo reacender, se entregaram. 

GG: Você quer o que eu quero?
SS: Eu não sei o que você quer...
GG: Quero ter você em meus braços, não só esta noite, mas todas as outras da minha vida...

Sara envolveu Grissom com os braços e o beijou profundamente. Imediatamente ele teve uma ereção e ela sentiu que aquela noite terminaria da melhor maneira possível: na cama! E assim se fez: beijos, abraços, carícias... dois amantes saboreando as delícias do sexo que, misturado com amor, só podia resultar no melhor dos orgasmos! Não era um sonho, Sara estava novamente nos braços de seu homem, e Grissom sentia novamente a realização que só teve nos braços de Sara. Aquele amor que parecia ser consumado apenas em São Francisco viera com força para acontecer e perdurar.

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