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E agora, meu amor? - cap. 3


Um coquetel aconteceu pouco depois e eles brindaram com os presentes. Tarde da noite, retornaram ao hotel. Ventava gelado e Sara tremia de frio. Cavalheiro, Grissom retirou seu paletó e o ofereceu a ela.

GG: Vista meu paletó, assim você se aquece.
SS: Obrigada, Grissom.

Na porta do quarto de Sara, depois que Greg entrara no quarto do lado, indo direto para o banheiro, os dois se despediam:

GG: Vai ficar bem?
SS: Vou, obrigada.
GG: Então... eu... vou pro meu quarto.
SS: Durma bem.
GG: Obrigado. Durma bem você também.

Ele esboçou um sorriso mas, sentindo uma involuntária ereção querendo surgir, foi rápido para seu quarto. Sara entrou e foi tomar um banho. Chovia na rua e fazia frio. Só que ela não trouxera pijama, e acabou vestindo seu camisola de seda vermelho, e deitou-se. No quarto ao lado, Greg dormia profundamente. Tão profundamente que roncava. E Grissom odiava roncos, o barulho não o deixava dormir. Teve uma idéia, a única que lhe era possível: pedir abrigo no quarto de Sara. Vestindo uma camisa e um short, calçou o chinelo e foi bater na porta dela. Ela levou um susto ao abrir a porta:

SS: Grissom?! Você por aqui?
GG: Posso dormir aqui?
SS: Aconteceu alguma coisa?
GG: Greg está roncando feito serra elétrica e não consigo dormir com barulho de ronco. Por favor, eu durmo no chão mesmo, mas não quero ficar ao lado de uma britadeira!

Olhando a cara de menino abandonado dele, Sara não resistiu e aceitou. Grissom adentrou-se e ela fechou a porta, trancando-a.

SS: Mas se o Greg acordar e não te ver por lá, como vai ser?
GG: Ora, não sou pai dele! Ele não tem que falar nada, não devo satisfações a ele.

Grissom olhou para o guarda-roupa e abriu as portas, à procura de um edredom.

SS: O que está fazendo?
GG: Procurando algum edredom para colocar no chão e não ficar muito duro para mim. Minha coluna fica acabada depois...
SS: A cama é espaçosa, não tem problema algum. Afinal, somos adultos e sabemos nos comportar, não é mesmo?

“Exatamente por sermos adultos, minha querida. Adultos fazem o que crianças não fazem quando dormem juntos na mesma cama... e eu morreria se caísse em seus braços... acho que morreria de amor...”, pensou o supervisor enquanto olhava perdidamente para a perita.

SS: Está me ouvindo?
GG: Ãh? Sim, estou – despertou dos pensamentos. Está bem, vou me deitar na cama.

Grissom deitou-se e ela, apenas de camisola curta, foi até a janela. Grissom virou o pescoço e reparou no corpo esguio dela, enquanto Sara observava a rua chuvosa. Os olhos pareciam gulosos e foram descendo lentamente, reparando que ela vestia uma calcinha da mesma cor da camisola e que era fio dental. Imediatamente sentiu uma inconveniente ereção e resmungou em voz baixa, mas a bela ouvira:

SS: Algum problema, Grissom?
GG: Não, absolutamente nenhum!

Ele virou de costas para ela, afim de tentar controlar o desejo que estava mais do que evidente. As mulheres sabiam disfarçar perfeitamente seus desejos, mas nos homens eles ficavam aflorados literalmente, e deixar Sara perceber que ele a queria naquele momento era algo para o qual Grissom não estava preparado, apesar de querer e muito. Ela percebeu que ele estava estranho, mas não podia ser bebida, pois não bebericara quase nada. Aproximou-se dele pela frente e perguntou:

SS: Está tudo bem?

Grissom só viu aquele par de pernas e, segurando com dificuldade o órgão genital, respondeu:

GG: Está... está tudo bem. É melhor nós dormirmos.
SS: Sim.

Mas quem disse que ele conseguia dormir tendo ao seu lado em uma cama de casal a mulher que amava, cujo cheiro da pele emanava suavemente mas penetrava com toda a força em seus poros? Um podia sentir a respiração do outro, o desejo estava presente. Ao ver Sara com aquela camisola vermelha tão curta, deixando as pernas de fora, o supervisor não tinha mais dúvidas de que ela era e seria a única mulher a deixá-lo daquele jeito. Ele não sabia que ela também estava sentindo fortes desejos , e, involuntariamente, os dois viraram para a frente do outro. A troca de olhares foi intensa, a respiração continuava acelerada. Sara, tomada de desejo, resolveu arriscar. Mesmo que depois disso ele nunca mais olhasse para ela, teria valido a pena ter aquela noite de amor com o amado, em São Francisco... mais uma vez.

SS: Grissom... – ela sussurrou.
GG: O que foi? – ele respondeu com dificuldade, devido à dificuldade em esconder a ereção que insistia em ficar.
SS: Você está sentindo o mesmo que eu?

Grissom arregalou os olhos, surpreso com aquela pergunta. Sara estava se saindo audaciosa, comandando a situação que, ao ver dele, iria escapar do controle a qualquer instante.

GG: Não sei do que você está falando, Sara... – tentou disfarçar.

A perita, num ato de coragem e ousadia, puxou o cobertor e reparou na enorme ereção do chefe-amado.

GG: O que foi isso, Sara?
SS: Apenas queria constatar como você mente mal à beça – riu – Ainda vai negar?
GG: Não, não vou negar. Estou excitado por estar no mesmo quarto que você. Diabos, Sara, porque você faz isso?!
SS: O que eu fiz?
GG: Estar vestida assim, tão... provocante... Eu não sou de ferro!
SS: Não tem problema, eu tiro! – ela resolveu entrar no jogo dele.

Sara retirou o camisola e Grissom ficou ainda mais excitado ao ver aqueles seios branquinhos e firmes, com algumas sardinhas na pele tão alva da bela mulher. Impulsionado pela paixão que consumia todo seu corpo e sua alma, ele a segurou no quadril e beijou-a com voracidade. Paixão explodindo no quarto! Grissom deitou Sara na cama e, sorridente, retirou a calcinha dela. Ficou maravilhado ao rever aquilo que um dia havia sido dele. Em seguida, retirou a cueca (que àquela altura estava tremendamente apertada para a imensa ereção que continuava) e foi para ela. Beijos ardentes, carícias intensas e ele a penetrou. Como na primeira vez. Mais uma vez em São Francisco. 
Aquele amor que nascera exatamente naquela cidade voltou a reunir dois corações justamente ali. Amor que fora predestinado a se realizar em São Francisco, o encontro de duas almas que se pertenciam, se desejavam e que se tornavam uma só ao menor toque. Enquanto a chuva torrencial caía em São Francisco, os dois amantes se entregavam ao amor naquela cama de hotel, sem se importar com o mundo lá fora, sem se importar se o companheiro de equipe, que dormia ao quarto do lado pudesse escutar qualquer sinal de prazer entre eles... sem se importar com o antes e o depois. Aquele momento era só deles, era a magia do amor que os envolvia. Nada nem ninguém poderia quebrar o encanto. Grissom e Sara, nus, entre lençóis e pernas, pareciam dois animais insaciáveis; unhas encravadas na pele, beijos, chupões, língua na língua, movimento de vai-e- vem intenso, pernas entrelaçadas nas costas... Resultado: intenso e profundo orgasmo. O supervisor afundou a cabeça no pescoço da perita enquanto sentia seu orgasmo; ela respirava ofegante, sorridente, ainda sem acreditar no que acabara de acontecer. Os dois se beijaram e se abraçaram para dormir aquecidos. Aquela noite fora intensa e seria inesquecível para ambos. Na manhã seguinte, com o sol já raiando, bateram na porta do quarto de Sara. Grissom levou um susto com as batidas.

SS: Ãh? O que foi, Griss?
GG: Você não ouviu, Sara? Estão batendo na porta.
SS: Deve ser a camareira, sei lá...

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