GG:
É mais provável ser o Greg. Eu saí do quarto e ele deve ter dado falta da minha
presença. Imagine se ele nos vê assim...
SS:
Qual o problema?
GG:
Como qual o problema, Sara? Nós chegamos aqui separados e vamos voltar juntos?
O que ele ia pensar?
SS:
Ele ia pensar que nós nos queremos... – respondeu a perita com olhar triste.
Grissom,
já de cueca, deu um beijo em Sara e disse:
GG:
Todos vão saber de nós, querida, mas não aqui nem agora! Olha como estamos!
SS:
Está bem.
Os
dois se vestiram e Sara foi atender à porta. Greg ficou admirado ao vê-la de
camisola sensual.
GS:
Nossa!
SS:
Veio aqui pra admirar minha camisola, Greg?
GS:
Não. É que... puxa, você está linda!
SS:
Fale o que você quer, Greg!
GS:
Você viu o Grissom? Ele sumiu do quarto...
Sara
ia dar uma desculpa, mas ele surgiu atrás dela:
GG:
Vim me hospedar aqui porque seus roncos atrapalham até meus pensamentos.
GS:
Bom, não estou lembrado de roncar tanto assim...
GG:
Greg, vá descendo e nos espera lá em baixo para o café da manhã, ok?
GS:
Tá... vou indo então.
O
jovem csi seguiu para o elevador rindo da situação que acabara de presenciar.
Por mais que Grissom e Sara não admitissem que dormiram juntos (coisa que eles
não fariam mesmo!), só de imaginar a situação fez Greg ganhar o dia. Era um
prato cheio! No quarto, Grissom vestia a camisa e o short. Sara o olhava
admirada.
SS:
Foi bom enquanto durou, né?
GG:
Porque está dizendo isso?
SS:Porque
sei que voltamos à realidade e você vai voltar a me ignorar no lab.
GG:
Olha Sara, o que aconteceu aqui não pode ser ignorado. Eu não dormi com
qualquer uma, eu dormi com você. Nós precisamos sentar e conversar, tem muita
coisa a ser dita. Mas você já percebeu, tanto quanto eu, que alguém já deduziu
que dormimos juntos, e linguarudo como o Greg é, não duvido que a “notícia” se
espalhe logo.
SS:
Eu posso pedir a ele que não se meta, ele costuma me ouvir. Mas sabe o que eu
acho? Somos adultos, livre, não temos o que esconder, ou temos?
GG:
Do Ecklie sim. Mas dê um tempo. Quero fazer em grande estilo.
Sara
sorriu e Grissom ficou curioso.
GG:
O que foi?
SS:
Não reparou? Mais uma vez em São Francisco, mais uma vez nós dois juntos numa
cama...
O
supervisor sorriu e abraçou-a, depois de um beijo molhado.
GG:
Acha que foi obra do acaso ou acasos não existem?
SS:
Ainda não cheguei a uma conclusão. Mas toda aquela época aqui em São Francisco
voltou à minha mente enquanto fazíamos amor. Parecia um flashback.
GG:
Eu me lembrei do que vivemos aqui também. E penso que não foi por acaso nossa
vinda aqui. Bom, vou tomar um banho e bato aqui para irmos à lanchonete do
hotel.
SS:
Não prefere tomar banho aqui comigo?
Grissom
arregalou os olhos.
GG:
Quer me fazer perder o rumo de vez?
Sara
fez biquinho e concordou:
SS:
Está bem, se prefere assim...
Os
dois se arrumaram e, juntos (mas não de mãos dadas) desceram até a lanchonete.
Greg já estava por lá.
GS:
Estava tão animado assim lá em cima?
GG:
Menos, Greg.
SS:
Vamos pedir?
GS:
Podem ir pedindo, eu preciso ir ao banheiro.
Depois
que Greg saiu os dois, sentados em uma mesa, ficaram trocando olhares. Grissom,
carinhosamente, tocou na mão de Sara, que sorriu tímida. Eles não perceberam
que Greg viu a cena, e sorriu satisfeito por estar certo em suas teorias. “Mas
é óbvio que aqueles dois passaram a noite juntos! Meu ronco foi uma desculpa
muito esfarrapada para o Grissom escapar para o quarto da Sara. E
ele pensa que eu não o vi saindo...”, divertiu-se com os pensamentos. Durante
o breakfast, os três permaneceram em silêncio, falando o mínimo possível.
Depois, Greg resolveu dar uma volta pela cidade.
GS:
Vou aproveitar, já que a gente vai embora amanhã.
SS:
Sabe andar por São Francisco, Greg?
GS:
Não se preocupe que o Greguinho aqui nunca se perde.
O
csi saiu e o casal se olhou.
GG:
Quer ir a algum lugar?
SS:
Gostaria de rever um lugar com você. Pode ser?
GG:
Fica muito longe?
SS:
Nada, a cinco minutos de táxi. Vamos?
GG:
Tudo bem.
O
táxi parou na calçada da universidade onde Sara estudou e Grissom palestrara.
GG:
Era aqui que você queria vir?
SS:
Te lembra alguma coisa?
GG:
Como me esquecer de que foi aqui que te encontrei, Sara?
Sara
sorriu e adentrou o campus, seguida por Grissom. Tudo continuava igual, só
estava mais reformado. Havia alguns estudantes por ali naquele horário, mas a grande
maioria estava em sala de aula.
EM:
Sara Sidle?
Sara
virou-se e deu de cara com um homem meio careca, grisalho e de óculos.
SS: Professor
Edward... Edward Martin?
EM:
Eu mesmo! Como vai, minha querida ex-aluna?
SS:
Estou bem. Como soube que era eu?
EM: E como esquecer da minha melhor aluna? E quem é o acompanhante?
GG:
Sou Gil Grissom, criminalística de Las Vegas.
EM:
Então Sara está trabalhando com você?
GG:
Sim, e é uma excelente csi!
SS:
Não exagera, Grissom...
EM:
Ele não exagerou em nada, Sara! Sempre soube de sua capacidade, espero poder
visitar o laboratório algum dia.
GG:
Vá sim.
EM:
Bem, preciso ir. Foi um prazer revê-la.
O
professor se afastou e Grissom perguntou:
GG:
Quem é?
SS:
Foi meu professor de física quântica na faculdade. Sempre me dei bem na matéria
dele.
Grissom
não disse nada, e quando andaram mais um pouco, outra pessoa chamou por Sara:
ML:
Sara Sidle?
A
perita virou-se e viu uma bela mulher sorrindo.
SS:
Não estou lembrada de você...
ML:
Sou eu, Michelle York, agora Michelle Lorenz. Aquela loirinha que ficava lá na
frente...
SS:
Ah sim, agora me lembrei...
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