GS:
Sarinha! Chegou bem na hora hein? Sabe como é o chefe...
SS:
Pelo visto você madrugou, Greg!
GS:
Dormi ansioso para chegar hoje. Sabe, uma oportunidade como essa não é toda
hora que se tem, né?
SS:
Grissom já chegou?
GS:
Ainda não. Espera, olha ele vindo lá.
Sara
olhou para o lado e viu o amado vindo, empurrando a mala de rodinhas. Estava
elegante em sua calça social e camisa azul marinho.
GG:
Cheguei bem em tempo.
SS:
Pensei que você seria o primeiro a estar aqui...
GG:
O táxi demorou. Vamos fazer o check-in.
Os
três fizeram o check-in, entregaram as malas e seguiram para a sala de
embarque. Grissom sentiu mais uma vez o perfume delicioso e inebriante que vinha
de Sara mas não se atreveu a perguntar se ela tinha passado perfume. Greg
parecia um adolescente que estava viajando pela primeira vez e Sara... uma
dama! Linda em sua roupa que, pensou Grissom, parecia mais sensual que de
costume. Afinal, não a via assim em momento algum. No
avião, os três iriam se separar. Em viagens domésticas os aviões geralmente não
usam boeings, que possuem dois corredores e poltronas triplas e quádruplas,
sendo apenas duplas. Grissom preferiu sentar-se sozinho:
GG:
Sentem-se vocês dois, eu fico na de trás.
Sara,
que tinha uma esperançazinha de ir ao lado dele, suspirou e sentou-se. Greg
sentou-se também, ainda animado. Os dois ficaram conversando por muito tempo, e
Grissom, que lia sua revista forense mas prestava atenção à conversa, sentia
uma ponta de inveja do jovem subordinado por ele ficar tão à vontade ao lado de
Sara enquanto ele... ele sentia tremor no corpo e as palavras nunca saíam... e
a distância entre eles ficava cada vez maior. Ele desejava estar ali, sentado
lado dela, tocando nas mãos dela... dizendo para aquela mulher o quanto a
amava! O
vôo foi tranqüilo até São Francisco. Estava uma manhã de sol quando
desembarcaram no aeroporto.
SS:
Vamos direto para o hotel?
GG:
Sim. O primeiro dia de conferência é à tarde, então precisamos descansar um
pouco.
No
táxi, desta vez Grissom foi ao lado de Sara, no banco de trás, Greg fora na
frente. Enquanto seguiam para o hotel, a perita olhava os lugares e se lembrava
de sua vida na cidade. Sentia uma certa saudade daquela cidade, mesmo que tenha
vivido momentos horríveis no seio familiar. E assim, com o olhar perdido devido
à nostalgia (e Grissom entendeu que ela estava pensando no passado), Sara foi
avisada pelo supervisor de que haviam chegado ao hotel.
GG:
Bom dia. Sou Gil Grissom e estes são Sara Sidle e Greg Sanders da
criminalística de Vegas. Temos reservas neste hotel.
RH(recepcionista
do hotel): Um momento só. Aqui está: quartos 505 e 506. O quarto 505 tem duas
camas de solteiro, enquanto no quarto 506 tem uma cama de casal. Aqui estão as
chaves e tenham uma boa estadia!
O
trio pegou o elevador e se dirigiu ao 5º andar.
GG:
Como você é a única mulher aqui, Sara, você fica no quarto 506, eu e Greg
dividiremos o quarto 505.
SS:
Está bem.
GG:
A gente se vê daqui a pouco, vamos descer para almoçar.
Sara
entrou e resolveu tomar uma ducha para refrescar e tirar o cansaço do corpo
pela viagem longa. No outro quarto, Greg tirou os sapatos para aliviar os pés e
Grissom reclamou do mau cheiro:
GG:
Não dava para passar um antitranspirante próprio para pés, Greg?
GS:
Esqueci de trazer...
Naquele
momento, Grissom teve vontade de deixar o jovem csi sozinho e pedir arrego no
quarto de Sara. Mas lá havia um perigo ainda maior: ela! Como resistir àquela mulher
tão linda que dormiria, sabe-se lá como, no quarto ao lado do seu... sozinha...
carente...? Para esfriar a cabeça e esquecer os pensamentos maliciosos, Grissom
foi tomar uma ducha fria. Passada
cerca uma hora, Grissom e Greg, já limpos e perfumados, estavam prontos para
descer.
GS:
Vamos chamar Sara?
GG:
Eu vou. Você vai descendo, te encontro no hall do hotel.
GS:
Está bem.
O
csi sabia que o chefe queria ficar a sós com a amada, então não questionou a
ordem dada por ele. Depois que Greg pegou o elevador, Grissom bateu na porta do
quarto de Sara.
SS:
Estou pronta. Podemos almoçar?
Ele
a olhou extasiado. Sara ficava linda vestindo simplesmente um jeans e uma
camiseta estampada. Ela era linda de qualquer jeito, mas vestida casualmente
expandia ainda mais seu charme. E Grissom, ficava ainda mais apaixonado e
completamente sem palavras. Os cabelos soltos dela eram um convite a
massageá-los enquanto as bocas estivessem se analisando mutuamente.
O almoço correu bem. Os três ficaram na mesma mesa e conversaram sobre a conferência. No inicio da noite, os três seguiram para o teatro onde seria o encontro. Grissom respirava maravilhado com o perfume que Sara colocara, mas mesmo usando um perfume artificial, ele conseguia sentir o cheiro da pele dela... cheiro de paixão no ar! E admirava em silêncio o quanto ela estava bonita naquele vestido preto. Greg, mais extrovertido, havia elogiado-a.
O almoço correu bem. Os três ficaram na mesma mesa e conversaram sobre a conferência. No inicio da noite, os três seguiram para o teatro onde seria o encontro. Grissom respirava maravilhado com o perfume que Sara colocara, mas mesmo usando um perfume artificial, ele conseguia sentir o cheiro da pele dela... cheiro de paixão no ar! E admirava em silêncio o quanto ela estava bonita naquele vestido preto. Greg, mais extrovertido, havia elogiado-a.
GS:
Está bonita e sabe disso, né Sara?
SS:
Obrigada pelo elogio, Greg.
GS:
E você, Grissom, não achou que Sara está bonita? – perguntou propositalmente.
GG:
Ãh, eu... sim, achei.
Sara
achava que ele economizava muito nas palavras, talvez por fingir, mas a verdade
é que ele estava realmente sem palavras. No teatro, Grisso foi cumprimentado
por várias autoridades, que já conheciam seu trabalho e o respeitavam. Os três
se sentaram em uma mesa quase ao centro, cercados por várias outras mesas
repletas de convidados. O anfitrião da conferencia chamou Grissom ao palco em
determinada hora.
RS
(Ronald Steves): Quero chamar ao palco o supervisor-chefe do segundo maior
laboratório de criminalística dos Estados Unidos da América, Gilbert Arthur
Grissom, da criminalística de Las Vegas.
Todos
aplaudiram o supervisor, que cumprimentou o anfitrião e coomeçou seu discurso
para a platéia. Sara não tirava os olhos dele.
GG:
Obrigado, senhor Steves, pelo convite feito ao meu laboratório para se juntar a
tantos profissionais competentes do nosso país. Sinto-me honrado em
representar, junto com meus dois csi’s aqui presentes, Sara Sidle e Greg
Sanders, o laboratório de Vegas. Sabemos a importância que tem para a justiça
um laboratório de criminalística. Combatemos, diariamente, crimes e usamos o
melhor que temos para trazer respostas de crimes dos mais diversos graus de
perversidade e horror. Sabemos que os equipamentos que utilizamos não são nada
baratos, mas nosso desempenho em campo compensa todo e qualquer custo, porque
damos resultados e conseguimos mandar e/ou devolver à prisão bandidos de
diversos graus de periculosidade. A população clama por justiça, e nosso dever
enquanto investigadores, peritos e criminalistas é dar a ela resposta para que
o criminoso não saia impune. A criminalidade em Vegas ainda não diminuiu, mas
estamos trabalhado arduamente para isso. O mais importante nisso tudo é que por
mais espertos que os bandidos sejam, eles sabem que terão uma equipe altamente
eficiente na sua cola e tem dado certo, porque temos conseguido evitar crimes
que outrora teriam sido executados. Em
todos os laboratórios a essência é sempre a de preservar vidas humanas e de
inocentes e mandar para a cadeia quem comete crime. Nós sempre iremos procurar
fazer o melhor para auxiliar na queda da criminalidade neste país. Porque, se a ordem se faz presente, a paz é
mais presente. Obrigado!
Muito
ovacionado, Grissom desceu do palco e retornou à mesa, onde Sara, com lágrimas
nos olhos e sorriso escancarado, o aplaudia.
SS:
Você foi ótimo!
GG:
Obrigado.
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