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E agora, meu amor? - cap. 2


Na manhã seguinte, pegou um táxi e, pouco antes das nove, já estava no aeroporto. Avistou primeiro Greg, animadíssimo com a viagem.

GS: Sarinha! Chegou bem na hora hein? Sabe como é o chefe...
SS: Pelo visto você madrugou, Greg!
GS: Dormi ansioso para chegar hoje. Sabe, uma oportunidade como essa não é toda hora que se tem, né?
SS: Grissom já chegou?
GS: Ainda não. Espera, olha ele vindo lá.

Sara olhou para o lado e viu o amado vindo, empurrando a mala de rodinhas. Estava elegante em sua calça social e camisa azul marinho.

GG: Cheguei bem em tempo.
SS: Pensei que você seria o primeiro a estar aqui...
GG: O táxi demorou. Vamos fazer o check-in.

Os três fizeram o check-in, entregaram as malas e seguiram para a sala de embarque. Grissom sentiu mais uma vez o perfume delicioso e inebriante que vinha de Sara mas não se atreveu a perguntar se ela tinha passado perfume. Greg parecia um adolescente que estava viajando pela primeira vez e Sara... uma dama! Linda em sua roupa que, pensou Grissom, parecia mais sensual que de costume. Afinal, não a via assim em momento algum. No avião, os três iriam se separar. Em viagens domésticas os aviões geralmente não usam boeings, que possuem dois corredores e poltronas triplas e quádruplas, sendo apenas duplas. Grissom preferiu sentar-se sozinho:

GG: Sentem-se vocês dois, eu fico na de trás.

Sara, que tinha uma esperançazinha de ir ao lado dele, suspirou e sentou-se. Greg sentou-se também, ainda animado. Os dois ficaram conversando por muito tempo, e Grissom, que lia sua revista forense mas prestava atenção à conversa, sentia uma ponta de inveja do jovem subordinado por ele ficar tão à vontade ao lado de Sara enquanto ele... ele sentia tremor no corpo e as palavras nunca saíam... e a distância entre eles ficava cada vez maior. Ele desejava estar ali, sentado lado dela, tocando nas mãos dela... dizendo para aquela mulher o quanto a amava! O vôo foi tranqüilo até São Francisco. Estava uma manhã de sol quando desembarcaram no aeroporto.

SS: Vamos direto para o hotel?
GG: Sim. O primeiro dia de conferência é à tarde, então precisamos descansar um pouco.

No táxi, desta vez Grissom foi ao lado de Sara, no banco de trás, Greg fora na frente. Enquanto seguiam para o hotel, a perita olhava os lugares e se lembrava de sua vida na cidade. Sentia uma certa saudade daquela cidade, mesmo que tenha vivido momentos horríveis no seio familiar. E assim, com o olhar perdido devido à nostalgia (e Grissom entendeu que ela estava pensando no passado), Sara foi avisada pelo supervisor de que haviam chegado ao hotel. 

GG: Bom dia. Sou Gil Grissom e estes são Sara Sidle e Greg Sanders da criminalística de Vegas. Temos reservas neste hotel.
RH(recepcionista do hotel): Um momento só. Aqui está: quartos 505 e 506. O quarto 505 tem duas camas de solteiro, enquanto no quarto 506 tem uma cama de casal. Aqui estão as chaves e tenham uma boa estadia!

O trio pegou o elevador e se dirigiu ao 5º andar.

GG: Como você é a única mulher aqui, Sara, você fica no quarto 506, eu e Greg dividiremos o quarto 505.
SS: Está bem.
GG: A gente se vê daqui a pouco, vamos descer para almoçar.

Sara entrou e resolveu tomar uma ducha para refrescar e tirar o cansaço do corpo pela viagem longa. No outro quarto, Greg tirou os sapatos para aliviar os pés e Grissom reclamou do mau cheiro:

GG: Não dava para passar um antitranspirante próprio para pés, Greg?
GS: Esqueci de trazer...

Naquele momento, Grissom teve vontade de deixar o jovem csi sozinho e pedir arrego no quarto de Sara. Mas lá havia um perigo ainda maior: ela! Como resistir àquela mulher tão linda que dormiria, sabe-se lá como, no quarto ao lado do seu... sozinha... carente...? Para esfriar a cabeça e esquecer os pensamentos maliciosos, Grissom foi tomar uma ducha fria. Passada cerca uma hora, Grissom e Greg, já limpos e perfumados, estavam prontos para descer.

GS: Vamos chamar Sara?
GG: Eu vou. Você vai descendo, te encontro no hall do hotel.
GS: Está bem.

O csi sabia que o chefe queria ficar a sós com a amada, então não questionou a ordem dada por ele. Depois que Greg pegou o elevador, Grissom bateu na porta do quarto de Sara.

SS: Estou pronta. Podemos almoçar?

Ele a olhou extasiado. Sara ficava linda vestindo simplesmente um jeans e uma camiseta estampada. Ela era linda de qualquer jeito, mas vestida casualmente expandia ainda mais seu charme. E Grissom, ficava ainda mais apaixonado e completamente sem palavras. Os cabelos soltos dela eram um convite a massageá-los enquanto as bocas estivessem se analisando mutuamente.  
O almoço correu bem. Os três ficaram na mesma mesa e conversaram sobre a conferência. No inicio da noite, os três seguiram para o teatro onde seria o encontro. Grissom respirava maravilhado com o perfume que Sara colocara, mas mesmo usando um perfume artificial, ele conseguia sentir o cheiro da pele dela... cheiro de paixão no ar! E admirava em silêncio o quanto ela estava bonita naquele vestido preto. Greg, mais extrovertido, havia elogiado-a.

GS: Está bonita e sabe disso, né Sara?
SS: Obrigada pelo elogio, Greg.
GS: E você, Grissom, não achou que Sara está bonita? – perguntou propositalmente.
GG: Ãh, eu... sim, achei.

Sara achava que ele economizava muito nas palavras, talvez por fingir, mas a verdade é que ele estava realmente sem palavras. No teatro, Grisso foi cumprimentado por várias autoridades, que já conheciam seu trabalho e o respeitavam. Os três se sentaram em uma mesa quase ao centro, cercados por várias outras mesas repletas de convidados. O anfitrião da conferencia chamou Grissom ao palco em determinada hora.

RS (Ronald Steves): Quero chamar ao palco o supervisor-chefe do segundo maior laboratório de criminalística dos Estados Unidos da América, Gilbert Arthur Grissom, da criminalística de Las Vegas.

Todos aplaudiram o supervisor, que cumprimentou o anfitrião e coomeçou seu discurso para a platéia. Sara não tirava os olhos dele.

GG: Obrigado, senhor Steves, pelo convite feito ao meu laboratório para se juntar a tantos profissionais competentes do nosso país. Sinto-me honrado em representar, junto com meus dois csi’s aqui presentes, Sara Sidle e Greg Sanders, o laboratório de Vegas. Sabemos a importância que tem para a justiça um laboratório de criminalística. Combatemos, diariamente, crimes e usamos o melhor que temos para trazer respostas de crimes dos mais diversos graus de perversidade e horror. Sabemos que os equipamentos que utilizamos não são nada baratos, mas nosso desempenho em campo compensa todo e qualquer custo, porque damos resultados e conseguimos mandar e/ou devolver à prisão bandidos de diversos graus de periculosidade. A população clama por justiça, e nosso dever enquanto investigadores, peritos e criminalistas é dar a ela resposta para que o criminoso não saia impune. A criminalidade em Vegas ainda não diminuiu, mas estamos trabalhado arduamente para isso. O mais importante nisso tudo é que por mais espertos que os bandidos sejam, eles sabem que terão uma equipe altamente eficiente na sua cola e tem dado certo, porque temos conseguido evitar crimes que outrora teriam sido executados. Em todos os laboratórios a essência é sempre a de preservar vidas humanas e de inocentes e mandar para a cadeia quem comete crime. Nós sempre iremos procurar fazer o melhor para auxiliar na queda da criminalidade neste país. Porque, se a ordem se faz presente, a paz é mais presente. Obrigado!

Muito ovacionado, Grissom desceu do palco e retornou à mesa, onde Sara, com lágrimas nos olhos e sorriso escancarado, o aplaudia.

SS: Você foi ótimo!
GG: Obrigado.

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