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E agora, meu amor? - cap. 5


Sara respondeu desanimada porque aquela mulher fora uma verdadeira piriguete na época da faculdade, que dava em cima do namorado de qualquer uma. Teve um filho de um rapaz que namorava uma amiga de Sara na época, e por isso ela nunca apresentava ninguém a essa loirinha fogosa. E gelou quando ela perguntou:

ML: E quem é o bonitão?
SS: Ele?
GG: Prazer, Gil Grissom da criminalística de Vegas – ele esticou a mão para cumprimentá-la.
ML: Sua esposa não veio?
GG: Eu não tenho esposa...
ML: Uau!
SS: Mas o que você faz por aqui, Michelle?
ML: Ora, eu leciono aqui. E você, o que faz?
SS: Sou uma csi.
ML: Nossa, importante hein?
SS: É...
ML: E o bonitão aí?
GG: Ãh... Sara, vou te esperar lá fora. Com licença.

Grissom saiu apressado e Sara olhou para a loira com a sobrancelha arqueada.

ML: O que eu disse?
SS: Nada! Tchau!

Sara seguiu até onde Grissom estava.

SS: Desculpe pelo atrevimento dela. A Michelle sempre foi desse jeito.
GG: Você se lembra desse ponto exato, Sara?
SS: Hum...
GG: Vou te ajudar: era noite e você estava distraída.
SS: Claro! Nosso primeiro beijo! Eu nunca me esqueci disso, mas o local exato eu não me recordava muito bem.
GG: Eu sempre me lembrei disso...

Os dois voltaram ao hotel e, alegando não querer ouvir roncos de Greg, Grissom dormiu mais uma vez no quarto de Sara. Os dois se amaram a noite toda. Só que, desta vez, havia uma testemunha auditiva. Com um copo na parede, Greg ouviu tudo e se divertiu à beça. Foi dormir rindo das coisas que ouvira. Na viagem de retorno a Vegas, mais uma vez Sara olhou pela janela e viu um pedaço de si ficar. Mas desta vez, um pedaço de São Francisco iria com ela também... No desembarque, Greg foi embora primeiro, alegando estar muito cansado – e ele queria deixar os pombinhos a sós. Sara e Grissom foram juntos para fora do aeroporto.

SS: Bom, acho que agora é cada um para seu destino, não é? Voltamos à vida real...
GG: A história não acabou, Sara. Vai continuar. A gente vai conversar a respeito, mas deixa apenas ajeitar as coisas, tudo bem?
SS: Não se preocupe. Não estou te pressionando a nada.

Ele a tocou no queixo e a beijou em seguida. Sara foi para casa extremamente feliz, sentindo que, enfim, viveria o conto de fadas de toda sua vida. Sorridente, olhava-se no espelho, percebendo que havia um brilho intenso no olhar. Grissom também não esquecera o que aconteceu entre os dois. Durante a noite, enquanto dormia, seu corpo dava sinais de que precisava dela, tanto quanto o coração, que já sabia disso há mais tempo. De volta ao lag, a equipe se dividiu para ir a campo. Sara e Catherine foram investigar um homicídio em uma residência. Enquanto recolhiam evidências, a loira comentou com Sara:

CW: Soube que vem se juntar ao lab por uns tempos?
SS: Não, não faço a menor idéia.
CW: Teri Miller.
SS: Aquela loira...?
CW: Antropologista, que ajudou Grissom em alguns casos. Parece que Ecklie gostaria de vê-la no lab, já que temos lidado com casos que necessitam de fazer reconstrução facial das vítimas, e nenhum de nós tem experiência nisso, apesar de vermos muito como se faz.

Sara sentiu um nó no peito, sentindo que seu romance estava a perigo.
Sempre soube que Grissom tinha uma grande atração por ela, e a presença dela constante poderia muito bem fazê-lo se esquecer do que os dois reviveram em São Francisco. Para não ficar com aquilo na cabeça, tratou de se concentrar na colheita das evidências. Quando chegasse a hora de rever Teri Miller, talvez pudesse estar mais forte, agora que sabia que ela estaria de volta. A loira não estava no lab quando Sara e Catherine retornaram, mas parecia que a mudança já estava no ar. A perita foi falar com Grissom na sala dele a respeito do caso:

SS: Posso entrar?
GG: Ãh? Entre. – respondeu com certo distanciamento.
SS: Cath e eu estivemos na residência de Clarence Moerer, uma idosa alemã que foi assassinada...

Sara percebeu que Grissom não estava prestando atenção, continuando a olhar para um relatório.

SS: Não escutou o que eu disse?
GG: O que você falou?
SS: Esquece. Você está assim pelo retorno de Teri Miller?
GG: Do que é que você está falando, Sara? E o que Teri tem a ver com isso?
SS: Não, não precisa se exaltar. Não precisa me dar explicações tampouco. Já entendi o que se passa.
GG: Você está sendo infantil, Sara! Por que essa cara emburrada? Ciúmes de Teri Miller?
SS: Não tenho ciúme de ninguém, Grissom. Como eu poderia ficar com ciúme, se você nem meu namorado é...?
GG: Você veio à minha sala para falar de Teri Miller ou do caso?
SS: Não tem mais importância o que eu tinha que falar. Não vou mais atrapalhá-lo!

Sara saiu da sala extremamente chateada. A mudança não tão sutil no comportamento de Grissom era uma demonstração de que a loira antropóloga ainda mexia com ele. Não se tinha notpicias dela há muito tempo, a última vez que soube de Teri ela estava casada. Bom, ela poderia ser casada, mas não estava morta. E Grissom sempre a atraiu. E uma coisa puxa a outra. E alguém fica sobrando... A perita era inteligente o suficiente para entender as coisas ditas nas entrelinhas, e ela entendeu que o que revivera com Grissom em São Francisco era presdestinado a acontecer e permanecer apenas em São Francisco. Um amor como esse não nascera para voar como um pássaro e viver em qualquer lugar. Não. Seria restrito apenas a São Francisco e ponto. E estavam em Vegas, portanto, ali não era mais território daquele grande amor (pelo menos da parte de Sara, pois para ela, aquilo era apenas uma paixão passageira para Grissom). Enquanto todos permaneciam ocupados em suas tarefas, ela foi se esconder no banheiro, onde permaneceu por cerca de meia-hora, chorando e enxugando as lágrimas. Como era duro para uma mulher apaixonada há tantos anos pelo mesmo homem se ver em uma situação desconfortável como esta, de saber que seu homem não era totalmente seu, ou que o que viveram juntos não era garantia de se eternizar...

NS: Ei galera, cadê a Sara que sumiu já tem tempo?
CW: Ela me disse que estava com cólicas e precisava ir ao banheiro.
GS: Mas está lá até agora? Acho que não é bem cólicas o que ela tem...
WB: Está querendo dizer o que, cara?
GS: Uma dor de barriga seria o mais correto dizer.

Nick e Warrick riram, achando graça do argumento do amigo.

CW: Deixe de falar besteiras, Greg. Nunca ouviu falar em cólica menstrual?

“Depois do que ouvi em São Francisco, duvido que Sara tenha cólica por um bom tempo!”, pensou o csi, querendo rir.

WB: Esse aí tá doidinho!
NS: Ele já nasceu doido!

Sara saiu do banheiro e foi analisar algumas fotos. Grissom, que passava pelo corredor, viu-a e entrou:

GG: Você está bem?

Ela o olhou séria e respondeu:

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