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Alguém entre nós - cap. 9


SS: Como assim?
CW: Percebi pela sua cara que estava enjoada. Acho que este lab virou fábrica de bebês – riu.
SS: Do que você está falando, Cath?
CW: Oras, Sara, a quem você quer enganar? Está grávida, é evidente. E fico muito feliz por você e pelo Gil, vocês são um casal muito lindo!
SS: Eu nem fiz teste, não sei se estou...
CW: Mas vocês transaram, ou transam, sem preservativo, não é?
SS: É.
CW: Não precisa dizer mais nada. Agora é melhor irmos trabalhar, senão o Gil nos degola.

Sara e Nick estavam no mesmo caso, um assassinato num bairro da periferia de Vegas. Era início de noite, e a luz natural era pouca. O ambiente interno estava sem luz, então a visibilidade era quase mínima. Nick analisava evidências na cozinha e Sara, na sala. Ela se encontrava perto da janela, então pôde perceber a chegada de uma van de cor escura, provavelmente azul escuro. Levantou a sobrancelha e foi se juntar a Nick. Estavam apenas os dois na casa, o corpo já havia sido levado para o IML.

SS: Vamos terminar isso logo, Nick, não estou gostando de ficar aqui.
NS: Aconteceu alguma coisa, Sara?
SS: Vi uma...

Sara mal pôde completar a frase, porque a cozinha foi invadida por três homens fortemente armados que os renderam. Nick e Sara ainda lutaram com eles, mas foram imobilizados e sufocados com clorofórmio embebido em pano. Inconscientes, foram levados para a van, de onde seguiram para lugar desconhecido. No local, foram deixados as maletas e os celulares dos peritos. Já passava das dez e a equipe se encontrava na sala de convivência.

GG: Alguém sabe do Nick e da Sara?
CW: Não, e eles não chegaram ainda.
GG: Ah, não sabia, Catherine. Obrigado pela informação.
CW: Ei, não precisa vir com ironias. Eu sei que eles não chegaram, e que já deviam ter dado alguma notícia.
WB: Acha que pode ter acontecido algo? Afinal, todos estamos sabendo que Sara está na mira de alguém.
GG: Eu devia ter ido com eles. Se capturaram Sara, Nick foi por tabela. Agora são duas vidas em risco, e é tudo minha culpa.
CW: Não se culpe, ninguém poderia prever que algo fosse acontecer.
GS: Não consigo entender porque tem alguém querendo fazer tanto mal à Sara.
GG: Nem eu, Greg. Nem eu...
CW: Não vamos ficar aqui de braços cruzados, não é?
GG: Claro que não! Eu liguei para os dois celulares, ninguém atende.
WB: Vamos ter de ir até lá para ver se encontramos evidências dos dois.
GG: Exato! E vou ligar para o Brass nos encontrar lá. Vamos indo para a suv.

Durante o trajeto, Grissom sentia seu coração tremer. Onde estaria Sara, e com quem? Sabendo que ela esperava um filho seu o deixava ainda mais ansioso e tenso. Eles chegaram ao local, totalmente deserto. Encontraram a suv em que Nick e Sara vieram estacionada em frente à casa.

GG: Warrick e Greg, procurem evidências na suv. Catherine e eu iremos vasculhar a casa.

Eles observavam cada canto, procurando quaisquer evidências da presença dos dois peritos por ali, com as lanternas ligadas, já que estava escuro, e a luz da casa era fraca. Ao chegarem na cozinha, encontraram as maletas de Nick e Sara e seus celulares. Grissom notou diversas pegadas.

GG: Veja, Catherine, várias pegadas ao redor das maletas, o que significa que eles foram rendidos e dominados.
CW: Isto sugere seqüestro?

Grissom suspirou. Que problema tinha nas mãos! Dois de seus subordinados desaparecidos, e o pior, a mulher de sua vida estava entre eles.

GG: Catherine, vamos recolher as maletas e as analisaremos no lab. Vou pegar os celulares.

A equipe retornou ao lab. Grissom estava inquieto. Reuniu a equipe na sala de convivência.

GG: Tudo nos leva a crer que Nick e Sara foram capturados na cena do crime, então, eu sugiro que todos se empenhem neste caso. Não sairei do lab enquanto não tiver notícias dos dois. Alguém se junta a mim nessa?
CW: Conte comigo.
GG: Catherine, você está grávida. Talvez precise descansar.
CW: Oras, Gil. Se eu me sentir mal ou cansada, vou pra casa. O mais importante é que os localizemos o mais rápido possível. Cada minuto que passa é imprescindível.

Grissom estava arrasado por dentro. Sentia-se um fracassado, por não ter estado com Sara na cena do crime, e assim ter evitado que ela e Nick tivessem sido levados. Warrick também estava abatido, Nick era como um irmão pra ele. E assim, o clima entre a equipe era de tristeza e desânimo. Ecklie entrou na sala apressado.

CE: Fiquei sabendo agora do que aconteceu. Onde estão Sidle e Stokes?
CW: Se soubéssemos, com certeza não estaríamos aqui, Ecklie.
GG: Encontramos as maletas e os celulares deles na cozinha da casa.
CE: Saiu no jornal da noite a notícia do desaparecimento dos dois. Descobriram algo, alguém telefonou informando o paradeiro?
GG: Nada até o momento.
CE: Alguma evidência a ser trabalhada?
CW: Também não.
CE: Qualquer novidade, me avisem – e saiu da sala.

A equipe varou a noite entre copos e mais copos de café e avaliando cada situação, pensando em cada possibilidade. No meio da madrugada, por volta das quatro da manhã, o celular de Grissom tocou. Todos ficaram quietos, apreensivos. Cerca de dois minutos ele desligou.

CW: Então, Gil, o que houve? Não nos deixe ansiosos!
GG: Deixaram algo na recepção, vou até lá e já volto.

Era um pacote embrulhado em papel pardo. Estava na cadeira que ficava na recepção, endereçado a Grissom. Ele pegou o embrulho, reuniu a equipe e foram até a sala de vídeo. Assim que a pôs no vídeo, logo apareceu a imagem de Nick, amarrado nas mãos e nos pés, pendurado pela corda que estava presa a um guincho. Perto dele havia alguns homens encapuzados que o batiam e socavam. Todos ficaram chocados. Warrick iniciava um choro ao ver o amigo sofrendo sem ao menos saber porque. Logo em seguida mostraram Sara tendo a cabeça mergulhada em um enorme balde com água. Depois, era esbofeteada e seus cabelos eram puxados. Em seguida, a imagem da gravação era tapada e eles só puderam ouvir os gritos dos dois amigos sendo torturados de alguma forma. No fim, só se ouviam gargalhadas. Ao desligar o vídeo, Grissom saiu da sala de vídeo e trancou-se na sua sala. Não queria que ninguém o visse chorar. Ver Sara e Nick serem torturados era algo que lhe partia o coração. E ver a mulher que amava, estando grávida, sofrer cruelmente, era algo que não poderia suportar. A pessoa que estava por trás daquilo tudo devia ser absolutamente sem coração, e as razões para estar fazendo as barbaridades ainda eram desconhecidas. Nisso, o celular mais uma vez tocou. Era a mesma pessoa que avisara do embrulho.

GG: Grissom.
##: Senhor Grissom, suponho que já tenha visto a fita.
GG: Canalha, o que você pretende?
##: Temos em nosso poder dois componentes de sua equipe. Queremos fazer um acordo. Caso contrário, eles morrerão.
GG: Como eles estão?
##: Acho que depois das boas vindas de ontem, irão dormir por algum tempo.

Grissom teve ímpeto de dizer poucas e boas, mas seu lado racional disse para não se exaltar.

GG: O que você quer?
##: Você sabia que a senhorita Sidle se envolveu com um dos nossos?
GG: Não entendi.
##: A jovem perita andou se envolvendo com Mark Stevens, membro da nossa equipe.
GG: O homem que trai o governo passando informações para vocês!

Risada do outro lado da linha.

##: Você não sabe que esse nosso governo é repleto de informantes? Em qualquer governo, sempre há quem trabalhe contra. Em que mundo você vive, senhor Grissom?

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