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Alguém entre nós - cap. 3


GG: Catherine e Sara num quarto, Warrick, Nick e Greg em outro, eu e Brass em outro.
CW: Peraí, Gil. Você vai separando o Warrick e eu assim, sem mais nem menos? Nem mesmo perguntou o que a gente achou disso!
GG: Catherine, não vou deixar a Sara sozinha num quarto com um bando de homens!
SS: São meus amigos, Griss. Não vão me atacar.
CW: E porque você mesmo não divide o quarto com ela?
GG: Eu?! – ele arregalou os olhos.
CW: É. Porque não?
GG: Ãh... O Brass vai ficar comigo.
JB: Griss, se quiser, eu posso ficar com os rapazes. Será um prazer deixá-los a sós...

Grissom não sabia onde enfiar a cara. E ver o velho amigo botar mais lenha na fogueira o deixou com um humor dividido entre o nervoso e o ansioso. Mas se recusasse, seria chamado de tudo quanto é nome. O desafio estava lançado; agora teria de aceitar.

GG: Ok, Catherine e Warrick, vocês ficam no mesmo quarto.

A loira sorriu satisfeita; estar no mesmo quarto que seu negão era tudo o que ela queria. Agora, imaginar Sara e Grissom no mesmo quarto... Como ela queria ser uma mosquinha! Quando Sara e Grissom entraram no quarto, ambos ficaram perplexos: a cama era de casal! E agora, como ficariam?

GG: Ãh, você fica na cama, eu durmo no chão.
SS: Que história é essa, Griss? Não tem problema em dividirmos a cama, você tem um auto-controle muito grande. Não haverá perigo de você ficar excitado 
comigo ao seu lado na cama. Confie em mim, virarei de lado e logo dormirei. 

“Ah Sara... Se você soubesse que vai ser uma tortura tê-la ao meu lado na cama...”, pensou um Grissom com uma cara de cão abandonado.

GG: Vai descer para o almoço agora?
SS: Vou tomar um banho, a viagem foi cansativa. Se quiser, pode ir descendo, te encontro lá em baixo.
GG: A conferência começa às seis da tarde. Não quero chegar tarde por lá.
SS: Não se preocupe, não ficarei três horas no banho.

Sara entrou no banheiro e deixou cair bastante água morna no corpo. Seu único pensamento era em como dividir a cama com o homem que amava sem poder fazer amor com ele, beijá-lo, abraçá-lo, encostar a cabeça no peito dele... Aqueles dois dias no mesmo quarto seriam torturantes o suficiente para jamais esquecer. Ainda no banheiro, vestiu a calcinha e o sutiã e foi para o quarto escolher uma roupa. Por estar sozinha, foi daquela forma. Qual foi sua surpresa ao dar de cara com Grissom sentado na cama, olhando boquiaberto para o corpo branco e quase nu de Sara, que ficou vermelha feito um pimentão.
 
SS: Você não tinha descido para o restaurante?!
GG: Eu... resolvi te esperar.
SS: Griss, quer olhar para outro lado, por favor?! Estou quase nua!

“Bem que poderia”, suspirou em pensamento Grissom. Ele, meio que a contragosto, fez o que Sara pediu. Alguns minutos depois, ela já estava vestida.

GG: Será que posso me virar agora?
SS: Agora sim.

Grissom ficou maravilhado ao ver Sara vestida tão lindamente; um vestido preto, justo, tomara-que-caia. Para complementar o figurino, Sara pôs um casaquinho preto e salto preto. Tudo pronto, cabelos penteados, perfume suave no pescoço, enlouquecendo o supervisor; os dois saíram rumo ao elevador. Iriam encontrar a turma no restaurante. Durante o trajeto, Grissom percebia olhares masculinos para Sara e não ficava nem um pouco contente com aquilo.

GG: Não acha que exagerou na roupa não, Sara? Estamos indo a uma conferência, não a um baile.
SS: Griss, estou vestida para a ocasião. Não estou indecente.
GG: As pessoas não param de olhar.
SS: Isto lhe incomoda? Porque se sim, pergunte a elas porque olham tanto.

Grissom não soube dar uma resposta. O ciúme era evidente, e por isso Sara deu uma risadinha. O almoço correu bem. Em seguida, a turma foi para o local da conferência. Era uma espécie de teatro, e estava lotado. A equipe se acomodou em poltronas macias. Sara, Nick e Greg sentaram-se na frente, Grissom, Catherine, Warrick e Brass na parte de trás. Tudo ia muito bem, estavam todos compenetrados no que os palestrantes diziam. Isto é, quase todos. Grissom parecia irreconhecível. Em sua cabeça estava a imagem do corpo de Sara, linda no conjunto de sutiã e calcinha prata. Aquela calcinha tentadora... que estava fazendo seu sangue ferver, a vontade de arrancá-la com os dentes era imensa... e Sara bem ali na sua frente. Podia muito bem sentir o cheiro dos cabelos dela, tão bem tratados. Nisso, seu nome fora citado. Desligado que estava, não percebeu que fora convidado para ir ao palco falar da criminalística de Las Vegas, o segundo melhor do país.

CW: Gil, estão te chamando – sussurrou Catherine.

Completamente distante, Grissom foi até lá. Meio sem jeito, tratou de se concentrar no que iria dizer. Não poderia fazer feio perante a tanta gente. Sara o observava. Ele conseguiu ir bem por vários minutos, até que a cruzada de pernas que Sara deu o desconcertou por completo. Grissom começou a gaguejar e saiu logo do palco. A equipe se olhou sem entender nada. Durante o jantar, Grissom estava calado. Não se perdoava pela gafe, era algo inadmissível para ele. E ainda tinha o cheiro do perfume de Sara para enlouquecê-lo... Ela havia ido ao banheiro com Catherine. Na volta, esbarrou em um homem.

SS: Desculpe!
##: Não tem de quê.

Sara ficou impressionada com a beleza do sujeito: era quase um deus grego. Catherine voltou para a mesa sorridente.

WB: Porquê o sorriso, Cath?
CW: Sara deu um esbarrão em um cara, veja os dois.  

Todos viram os dois rindo. Grissom ficou incomodado. Afinal, mal vira o sujeito e Sara já estava abrindo o sorriso assim? Pelo que percebeu, os dois trocaram telefone. Ao voltar pra mesa, Sara continuou a comer sossegadamente. Ninguém se atreveu a perguntar nada. Principalmente Grissom. Na volta ao hotel, estavam todos exaustos. No quarto, ele foi direto para o banho. Mas não quis dormir na cama com Sara. Forrou com cobertores o chão e deitou-se por lá. Pensando que Grissom já estava dormindo, Sara tirou o short, ficando apenas de camiseta e calcinha, apesar do frio. Mas o quarto possuía aquecedor. Levantou-se e foi ao banheiro. Na volta, deu de cara com Grissom sentado na cama, só de short.

SS: Griss?! Acordado a essa hora?
GG: Não consigo dormir, Sara.
SS: E porque não?
GG: Estou perto de você, e sinto meu corpo tremer de desejo.

Ela ficou encabulada.

SS: Feche os olhos que você dorme. Aliás, o que foi aquilo hoje na conferência? Nunca te vi assim!
GG: Foi você. Fiquei com a imagem da sua calcinha na cabeça.
SS: Griss!
GG: Sara – ele levantou-se da cama -, não vou conseguir dormir com esse desejo me consumindo. Você sente o mesmo que eu ou não?
SS: Griss, eu... não quero me machucar mais. Cansei de te amar e você não se importar nem um pouco comigo.

Ele entrelaçou os dedos entre os cabelos dela e tocou os lábios no pescoço dela, fazendo com que ela sentisse um leve arrepio.
GG: Sara... – ele sussurrou.

Grissom a deitou na cama improvisada no chão e retirou as peças que cobriam o corpo de Sara. Como desejava, retirou a calcinha com os dentes. Em seguida tirou o short, onde um membro muito ereto esperava ser posto em funcionamento. Louco de desejo, ele abriu as pernas da amada e penetrou fundo, começando imediatamente movimentos rápidos e intensos. Sara entregou-se de corpo e alma àquele homem que estava dentro de si no coração e naquele momento, dentro dela, amando-a insaciavelmente. O amor explodiu naquele quarto. Tanto que os gemidos dos dois foram ouvidos nos quartos laterais. E foi assim até o dia amanhecer. Sara dormira nos braços de Grissom. Eles ainda tinham os corações batendo forte, pela noite de paixão intensa vivida pelos dois. Ela acordou primeiro e sorriu ao ver seu homem dormindo tranqüilo. Mas ele, ao despertar, levou um susto ao ver Sara nua em sua frente.

GG: O que aconteceu?

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