GG: Eu te pergunto: que roxo é esse nos
seus olhos? Por acaso aquele sujeito te bateu?
Sara levantou-se rapidamente.
SS: Não quero falar disso, Griss.
GG: Sara, o que aconteceu aqui pode ter
ligação com esse hematoma.
SS: Eu te conto então.
GG: Você me conta na suv. Vamos, precisamos
voltar ao lab. Vou ligar para o Brass dizendo o que aconteceu
aqui.
Os dois andavam devagar em direção ao
carro. Grissom pegou o celular e ligou para Brass.
JB: Brass.
GG: Sou eu, Gil.
JB: Grissom, onde você está? Precisamos de
você aqui na cena do crime.
GG: Aconteceu uma coisa absolutamente
estranha. Sara e eu fomos vítimas de um atentado.
JB: Céus! E como vocês estão?
GG: Estamos bem, apenas com alguns
ferimentos. Mas preciso de você e a equipe no lab, pode ser?
JB: Claro!
GG: Ótimo! Reúna todo mundo e avise que
Sara e eu chegaremos em vinte minutos.
JB: Ok.
Assim que Grissom desligou o telefone,
escutou um barulho vindo do matagal que ficava perto do casebre agora
destruído.
SS: O que foi?
GG: Shiii! Pegue sua arma – abaixou o tom
de voz.
Sara pegou a arma e seguiu com Grissom para
trás do carro. Um sujeito encapuzado surgiu, atirando na
direção dos dois. Eles revidaram, atirando na direção do
indivíduo, que caiu ao ser atingido. Grissom e Sara correram até ele.
SS: Ele morreu?
GG: Não, está respirando.
SS: Porque não tira o capuz dele?
Grissom tirou e viu que era um homem
latino, que abriu os olhos acordados.
GG: Reconhece este homem, Sara?
SS: Nunca o vi.
GG: Foi você quem explodiu o casebre?
##: F-foi, senhor.
SS: A mando de alguém?
##: Por favor, se-senhor, se eu disser, eu
morro.
GG: Você estará sob proteção da justiça.
Mas preciso que me conte o que houve aqui.
SS: Você veio a mando de algum homem
chamado Mark Stevens?
##: Eu?
GG: Conhece este homem?
##: Na-não.
SS: Então a mando de quem você veio?
O homem parecia querer dizer, mas engasgou
e, ferido como estava, não resistiu e morreu.
SS: E essa agora! Justo na hora em que iria
contar a respeito de quem esteja por trás desse atentado, ele morre!
GG: Sara, acho que chegou a hora de você me
contar a respeito desses hematomas.
SS: Foi o Mark.
GG: O que esse idiota fez com você?
SS: Apenas me bateu.
GG: E você acha isso pouco?
SS: O que eu poderia dizer além?
GG: Porque ele fez isso?
SS: Disse estar apaixonado.
GG: Sei... E agora ele vai vir atrás de
você. Talvez seja o caso de você não voltar pra casa hoje, Sara.
SS: Porque?
GG: Tenho a impressão de que ele irá te
procurar lá.
SS: E não seria uma boa idéia?
GG: Como?! – ele levantou a sobrancelha.
SS: Seria um modo de atraí-lo, assim você e
a equipe poderiam prendê-lo, que tal?
GG: Não sei, Sara, é muito arriscado, não
quero expô-la a perigo algum.
SS: Se importa tanto assim?
GG: Eu amo você. Bem, vou ligar pro Brass e
Catherine pedindo que venham pra cá.
Grissom se afastou para ligar e deixou uma
Sara muito ansiosa no íntimo. Cerca de meia hora mais tarde, os policiais de
Brass, mais Catherine e Nick, estavam por lá.
JB: Meu Deus, Grissom, o que houve por
aqui? Andou brincando com explosivos, foi?
GG: Foi uma armadilha pra nós dois, caro
companheiro.
CW: Como é? Que história mais maluca é essa,
Gil?
Grissom contou a história para os dois, que
ficaram chocados. Enquanto isso, os policiais e Nick vasculhavam ao perímetro
em busca de possíveis testemunhas e evidências.
CW: Sabe o que eu penso? Quem quer que
tenha feito isso, mandou um recado para os dois. Na certa, o alvo é a Sara, mas
o Grissom, por ser o homem que ela ama – Sara ficou vermelhíssima na hora e
Grissom não sabia onde enfiar a cara -, se ferra por tabela.
JB: Vamos investigar tudo isso.
GG: Disse à Sara que ela não devia ficar
sozinha em casa.
SS: Não tenho medo de nada, Griss. Sei me
defender.
“Se soubesse mesmo, não estaria com essas
marcas no rosto”, pensou o supervisor.
CW: Olha Sara, por mais que você seja
independente, está claro que tem alguém tentando acabar com a sua vida, e a do
Gil pode estar em perigo também. Eu acho que não seria uma boa idéia você ficar
em casa, pelo menos não sozinha.
GG: Eu fico com ela.
As duas olharam surpresas pra ele. Brass
deu uma risadinha de satisfação antes de se afastar. Naquela noite, Grissom foi
para a casa de Sara.
SS: Bem, aqui estão lençóis e colchas pra
você forrar o sofá e se cobrir. Vou estar no meu quarto, se precisar.
GG: Sara...
SS: O que foi?
GG: Você... não me quer mais?
SS: Griss, eu... Não é que eu não te ame,
mas acho que a gente não nasceu pra ficar juntos.
GG: Eu sei que faço tudo errado. Mas amo
você, e estar perto de você e não poder tê-la é como ter corpo, mas não alma.
SS: Griss... Por favor, não filosofe, senão
acabo cedendo outra vez.
GG: Não estou pedindo que me ceda. Só quero
que escute seu coração. Então, o que você me diz?
SS: Se eu me entregar a você outra vez, sei
que irá mais uma vez me dispensar. E não sou copo descartável.
GG: Não, você é a mulher que eu amo e que
está me deixando louco de desejo. Vem cá.
Grissom a puxou levemente com as mãos e a
trouxe para ele. As mãos percorreram o corpo da amada como
se fosse um vestido de seda. Os beijos que vieram foram molhados e cheios de
tesão. Imediatamente os dois sentiram seus corpos pegarem fogo. Grissom não
teve outra saída a não ser tirar as peças de roupa de Sara e ela as dele. Nus,
começaram a se a amar no sofá, e culminou na cama. Os dois se amaram
intensamente e terminaram com um orgasmo daqueles inesquecíveis, forte e
intenso. E assim adormeceram. E durante a madrugada, na escuridão da
casa, a porta da casa de Sara estava sendo aberta por alguém. Sara escutou o
barulho e sussurrou a Grissom:
SS: Griss! Griss!
GG: O que foi?
SS: Alguém está entrando na casa.
GG: Como?!
A perita levantou-se rapidamente e vestiu
uma camiseta e um short, não daria tempo de vestir nada além.
SS: Cadê sua arma?
GG: Está aqui.
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