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Alguém entre nós - cap. 6


SS: O que você quer?
GG: Sara, onde você está?
SS: Por que quer saber disso?
GG: Descobri algo e preciso de você aqui.
SS: Tem que ser agora?
GG: O quanto antes.
SS: Grissom...

Mark tomou o celular da mão de Sara e o desligou.

SS: Ei! Por que você fez isso? Estava falando com meu chefe!
MS: Agora você não vai falar nada, está comigo aqui!
SS: Não estou te entendendo, Mark...

Sara mal terminou de pronunciar o nome de Mark e levou um bofetão na cara. Com o impacto do tapa, caiu no chão. Assustada, com a mão no rosto, ela o olhou aterrorizada.

SS: Porque? P-porque você fez isso?
MS: Não vou deixar nenhum homem ficar entre nós. Você é minha, Sara!

Ela levantou e foi com força pra cima ele, tentando machucá-lo. Nisso, ele a socou com força. E quando Sara caiu, Mark Foi pra cima dela e a encheu de socos, tapas e chutes, deixando a perita desacordada. Enquanto isso, no lab, Grissom estava aflito.

CW: Ei, o que foi?
GG: Estava falando com Sara ao telefone, de repente ele ficou mudo. Tenho certeza de que algo muito ruim está acontecendo!
CW: A que se refere?
GG: Ao sujeito metido a galã. Meu santo não bateu com o dele desde em que o vi. Ele tem um sorriso muito falso, e algo obscuro no olhar.
CW: Acha que Sara corre algum perigo?
GG: Tenho quase certeza que sim. Encontrei um arquivo sobre a malha pobre do governo e descobri que esse sujeito faz parte de um esquema de corrupção, ligado ao narcotráfico.
CW: Céus!
GG: Precisamos deixar a equipe em alerta. Vou ligar para o Brass.

No apart, Sara recobrava a consciência.

MS: Você está bem?

Sara o olhou com desprezo.

MS: Não quis fazer isso, você me obrigou. Sei que você ama esse cara que te ligou, e que até fez amor com ele em Chicago.
SS: O quê?! Do que você está falando?
MS: Oras... Eu sei que vocês transaram. Uma funcionária paga por mim ficou na espreita, pôde ouvir cada gemido, cada palavra dita pelos dois na hora.
SS: Você é um doente!
MS: Sou um homem apaixonado. Estou louco por você, desde que te vi aqui em Vegas.  
SS: Como?! Então você já me conhece de vista?
MS: Há bastante tempo. Quero que me dê uma chance. Prometo ser o melhor homem pra você.

Sara estava apavorada. Aquele homem mostrou ser violento, seus olhos estavam roxos e inchados, como veria mais tarde. Mas, pra poder sair dali com vida, tratou de entrar no jogo dele. Fingiu topar a proposta dele.

SS: Ok. A gente vai se ver mais vezes. Mas por enquanto preciso ir pra casa tomar um banho, pode ser?
MS: Claro. Eu te ligo mais tarde então.

Sara saiu do apart terrivelmente assustada. Naquela noite não conseguiu dormir. Estava apavorada com o que aquele homem poderia fazer caso se recusasse a vê-lo outras vezes. Na manhã seguinte, horrorizada com o inchaço dos olhos, pôs óculos escuros e foi para o lab.

CW: Sara! Onde você estava ontem que não conseguíamos te encontrar?
SS: Ãh, eu saí, fui a vários lugares. Mas não se preocupe, já estou aqui.
CW: Você está legal?
SS: Por que não estaria?

Sara seguiu para o lock, deixando Catherine com a pulga atrás da orelha. Ela notou que havia um pequeno ferimento no canto da boca da companheira, o que a deixou muito encucada. Todos já estavam na sala de convivência quando Sara apareceu.

GG: Por onde você andou ontem que não conseguia falar com você? Aliás, o que aconteceu que seu celular desligou de repente?
SS: A bateria acabou, Griss. Foi isso. Mas já estou aqui, pronta para o batente.
GS: Ei Sara, aqui dentro não tem sol não, pode tirar o óculos!
SS: Estou com uma inflamação nos olhos, Greg. Não vou poder tirar hoje.

Grissom distribuiu as tarefas, tentando juntar as peças. Sara estava misteriosa, e precisava saber o que se passava. Antes de sair a campo, a perita foi ao banheiro passar um colírio no olho, já que estava ardendo e vermelho, pelo trauma sofrido. Sara se olhava no espelho quando viu Catherine observando-a, impressionada com o inchaço de seus olhos.

SS: Não sabia que estava aí.
CW: Entrei cuidadosamente. Meu Deus, Sara, o que foi no seu olho?
SS: Eu caí.
CW: Conta outra que essa desculpa é muito esfarrapada.
SS: Olha Cath, não tô a fim de falar sobre isso. Pelo menos não agora.
CW: Sabe que o Gil vai querer saber a verdade. E por mais que você tente, não conseguirá esconder esse hematoma dele.
SS: Vou ver, Cath. Por enquanto, vou trabalhar. A gente se fala mais tarde.

Na suv, Grissom continuava muito intrigado.

GG: Você não vai mesmo tirar esses óculos, Sara?
SS: Já disse, estou com uma inflamação nos olhos.
GG: E eu sou o papai Noel.

“Com essa barba grisalha, até que está parecendo!”, pensou Sara, e com isso deu uma risadinha. Grissom e Sara chegaram ao local onde supostamente havia ocorrido um crime. O casebre, afastado da cidade, parecia intacto. Não havia sequer um policial de vigília na “cena do crime”.

SS: Que estranho, não há sinais de crime que tenha sido ocorrido aqui.
GG: Vamos dar uma olhada e conferir isso de perto, Sara.

Os dois andaram pelo caminho de terra e mato que dava até o casebre. Grissom pegou a lanterna e observou o interior da casa pela janela. Não havia nada de suspeito ou qualquer vestígio de crime.

SS: Alguma coisa?
GG: Por enquanto não.
SS: Muito estranho isso. Quem te informou sobre um crime ocorrido neste lugar?
GG: Recebi pelo celular uma ligação dizendo que eu deveria passar por aqui, que uma mulher havia sido brutalmente assassinada. Na verdade, Sara, nosso caso é o da rua próxima ao Mandalay Bay. Era lá que deveríamos estar. Mas já que iríamos passar por aqui, decidi parar pra conferir a veracidade do telefonema, o que pude comprovar que foi um trote.
SS: Mas quem faria uma brincadeira dessas? Sim, porque perdemos tempo vindo até aqui!
GG: Foi uma brincadeira idiota, é claro. E o autor é um imbecil de marca maior. Assim que chegarmos ao lab, pedirei ao Archie para fazer o rastreamento do número que me ligou. Vamos embora.

Grissom e Sara se afastaram um pouco da casa. Naquele momento, uma grande explosão ocorreu, destruindo o casebre por completo. Com o impacto, os peritos foram jogados a alguns metros longe do outro, ferindo-se em vários lugares, como rosto, braços e mãos. Sara ficou inconsciente por alguns minutos, enquanto Grissom, ferido na cabeça, permaneceu deitado por alguns segundos, tentando entender o porquê daquilo tudo. Quem armara aquela emboscada para os dois? Havia algum alvo em potencial? E porque os atraíra para tal lugar? Eram perguntas que Grissom haveria de procurar as respostas, tão logo ele saísse dali com Sara. Ao levantar, foi até onde Sara estava, e pôde enfim ver o roxo dos olhos dela. Ficou atônito.

GG: Sara... Você está bem?
SS: Sim, eu... Griss, o que aconteceu?

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