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Alguém entre nós - cap. 8


Grissom vestiu uma camisa e um short e, com a arma, se posicionou.

GG: Vá para o banheiro, rápido! Assim você me dá cobertura.

Como o quarto era suíte, Sara não correu risco de cruzar com o criminoso pelo corredor. Grissom escutou passos vindo em direção do quarto e se posicionou. O criminoso entrou no quarto, e escutou um barulho vindo do banheiro, justo onde Sara estava. No que ele ia entrando, Grissom apontou a arma para ele:

GG: Solte essa arma e vire pra mim.

O homem encapuzado, soltou a arma e virou-se.

GG: O que você pretendia?
##: Vim terminar o serviço.
GG: Que serviço?
##: Matar uma mulher chamada Sara, ela mora aqui, não?
GG: A quem você está prestando serviço? Quem te mandou aqui?
##: Não posso falar.
GG: Ah, vai falar! – Grissom se aproximou com a arma para o rosto do sujeito.
##: Se eu abrir o bico, todos morrerão. Não só eu, mas você também. A ordem é pra matar a dona aí.
SS: E quem quer me matar? Não seria nenhum sujeito chamado Mark Stevens?
##: Não o conheço, dona.
SS: Isso você vai dizer é pro Brass. Já chamei o departamento de polícia, enquanto estava no banheiro.
GG: Excelente, Sara.
SS: E o que fazemos com ele?
GG: Vou lavá-lo para a sala, e esperar pela chegada do Brass.

Cerca de dez minutos depois, Brass chegou com alguns policiais. Grissom já havia retirado o capuz do rapaz, que era um jovem assustado.

JB: O que aconteceu?
GG: Este sujeito invadiu a casa de Sara.
JB: Muito bem, rapaz. Quer nos contar o porquê disso?
##: Só falo na presença do meu advogado.
JB: É, mas acho que nem ele poderá te livrar dessa, a menos que não tenha culpa, o que não acredito. Vamos, você irá para a delegacia.

Catherine chegou pouco depois.

CW: Céus, quando fiquei sabendo quase não acreditei! O que foi, agora é onda de atentados pra cima dos dois?
SS: Grissom acha que estão atrás de mim.
CW: E porque?
GG: Sinto que tem dedo , pé, mão e braço do tal galã nisso tudo.
CW: O tal Mark?
GG: Esse mesmo.
CW: O que você acha, Sara?
SS: No atual momento não acho nada...

Catherine reparou que Sara trajava roupas justas e quase transparentes. A calcinha marcava o corpo e a camiseta, os seios. Não resistiu e teve de perguntar, em tom baixo, por que havia alguns policiais por perto, na entrada da casa.

CW: Ãh... Sara, me responda um coisa?
SS: Fala.
CW: Você está sem calcinha e sutiã?

Ela corou com a indiscrição da pergunta. Por ali Catherine já devia ter deduzido que ela e Grissom dormiram juntos.

SS: Cath! Que tipo de pergunta é essa?
CW: Oras, Sara, não precisa esconder que você e Gil dormiram juntos. Isso acontece. Você não sabe de mim e do Warrick?

Grissom chegou perto de Sara e pôde ouvir a pergunta indiscreta da amiga loira e extrovertida. Lançou um olhar de reprovação a ela, que entendeu o recado.

CW: Ok, não está mais aqui quem falou – e levantou as duas mãos – Bem, acho que agora está bem claro que você corre perigo, Sara. Não pode e nem deve ficar sozinha aqui. Alguém, por algum motivo que não sabemos, quer acabar com a sua vida. Nós vamos trabalhar duro para descobrir o mandante desses acontecimentos. Mas você precisa estar inteira para poder prestar depoimento, caso seja necessário.
GG: Catherine tem toda a razão. Vou levá-la para a minha casa, lá você estará em segurança. Não quero que você corra nenhum perigo, honey.

Sara e Catherine ficaram surpresas ao vê-lo chamar a amada por apelido. Grissom estava muito preocupado, a vida de Sara estava correndo um sério perigo. A princípio ela estava relutante em sair de sua casa, mas logo se convenceu de que estaria segura na casa de Grissom. Ficou comprovado no dia seguinte, quando sua casa foi alvejada por tiros. Era só o início de uma longa batalha contra um inimigo ainda sem rosto. O rapaz detido de fato não sabia de muita coisa, na verdade ele não conhecia o cabeça dos atentados, era apenas um bandidinho de quinta. Foi preso. Até para a própria segurança. Os dias se seguiram tranqüilos. Na verdade, algumas semanas. Estava tudo calmo, como se não estivessem vivendo um clima de incertezas e guerra. Catherine e Warrick estavam muito felizes com o bebê que estava chegando. A loira era muito agitada, então não tinha tempo de ficar enjoada. Porém, Sara não estava se sentindo bem. Estava na sala de convivência, sozinha, enquanto os outros estavam processando relatórios e analisando evidências. Tentou tomar um café, mas o forte cheiro a afastou do bule. Sentou-se no sofá e ficou quieta até a entrada de Grissom.

GG: Não está com os outros porque, Sara?
SS: Ãh, eu... Estou um pouco esquisita.
GG: Esquisita como? – ele sentou-se ao lado dela.
SS: Só um pouco sonolenta demais. E enjoada. Nem pude beber o café que tanto queria.
GG: Me responda uma coisa, Sara.
SS: Diga.
GG: Seria possível você estar grávida?
SS: Hein?
GG: Foi o que eu perguntei. Sim, porque temos feito amor sem qualquer método preventivo.
SS: Sei lá, Griss – ela levantou-se.
GG: Ei... – ele a abraçou por trás, protegendo-a com os braços – Seria maravilhoso, honey. Quero fazer planos pra esse bebê que está aqui – ele acariciou a barriga de Sara.
SS: Calma aí, Griss – ela se afastou – O fato de termos transado algumas vezes não significa que estejamos namorando ou juntos de uma vez.
GG: Não significaram nada pra você todos aqueles momentos na cama?
SS: Griss...
GG: Sara, eu errei, admito. Mas fazer amor com você me fez saber que é você a mulher pra amar a vida toda, como eu nunca deixei de amar. E vê-la em perigo me faz estar disposto a morrer para protegê-la. Não se afaste de mim não. Preciso de você, agora mais do que nunca.

Os olhos castanhos de Sara e os azuis de Grissom se encontraram e, como se fossem uma melodia, compuseram a harmonia do momento. Sara deu um sorriso e permitiu que Grissom a abraçasse. Logo em seguida, veio o beijo repleto de amor. Eles se beijaram com intensidade e não perceberam que na porta havia uma equipe curiosa e surpresa, vendo o chefe beijando sua subordinada em pleno lab. Ao se separarem, viram os amigos observando-os boquiabertos.

GG: Não têm trabalho a fazer não?!
CW: Calma Gil, nós sempre soubemos que vocês se amavam. E estamos felizes por vocês.
NS: Só é bom que o Ecklie não fique sabendo. Já pensou no que ia dar?
GG: Muito bem, você já viram, Sara e eu estamos juntos. E teremos novidade logo. Mas, por agora, vamos ao que interessa: trabalhar!

Sara parecia enjoada. Começou a ficar pálida e precisou sentar-se.

CW: Ei, o que foi?
SS: Estou com vertigem, um pouco tonta.
GS: Comeu alguma coisa, Sara?
SS: Sim, mas também não consigo comer muito.

De repente ela saiu em disparada para o banheiro. Lá, vomitou tudo o que tinha e o que não tinha no estômago.

CW: Vou lá ver como ela está.

Catherine entrou no banheiro e encontrou Sara lavando o rosto.

CW: Mas sua vertigem transformou-se em enjôo?

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