Grissom vestiu uma camisa e um short e, com
a arma, se posicionou.
GG: Vá para o banheiro, rápido! Assim você
me dá cobertura.
Como o quarto era suíte, Sara não correu
risco de cruzar com o criminoso pelo corredor. Grissom escutou passos vindo em
direção do quarto e se posicionou. O criminoso entrou no quarto, e escutou um
barulho vindo do banheiro, justo onde Sara estava. No que ele ia entrando,
Grissom apontou a arma para ele:
GG: Solte essa arma e vire pra mim.
O homem encapuzado, soltou a arma e
virou-se.
GG: O que você pretendia?
##: Vim terminar o serviço.
GG: Que serviço?
##: Matar uma mulher chamada Sara, ela mora
aqui, não?
GG: A quem você está prestando serviço?
Quem te mandou aqui?
##: Não posso falar.
GG: Ah, vai falar! – Grissom se aproximou
com a arma para o rosto do sujeito.
##: Se eu abrir o bico, todos morrerão. Não
só eu, mas você também. A ordem é pra matar a dona aí.
SS: E quem quer me matar? Não seria nenhum
sujeito chamado Mark Stevens?
##: Não o conheço, dona.
SS: Isso você vai dizer é pro Brass. Já
chamei o departamento de polícia, enquanto estava no banheiro.
GG: Excelente, Sara.
SS: E o que fazemos com ele?
GG: Vou lavá-lo para a sala, e esperar pela
chegada do Brass.
Cerca de dez minutos depois, Brass chegou
com alguns policiais. Grissom já havia retirado o capuz do rapaz, que era um
jovem assustado.
JB: O que aconteceu?
GG: Este sujeito invadiu a casa de Sara.
JB: Muito bem, rapaz. Quer nos contar o
porquê disso?
##: Só falo na presença do meu advogado.
JB: É, mas acho que nem ele poderá te
livrar dessa, a menos que não tenha culpa, o que não acredito. Vamos, você irá
para a delegacia.
Catherine chegou pouco depois.
CW: Céus, quando fiquei sabendo quase não
acreditei! O que foi, agora é onda de atentados pra cima dos dois?
SS: Grissom acha que estão atrás de mim.
CW: E porque?
GG: Sinto que tem dedo , pé, mão e braço do
tal galã nisso tudo.
CW: O tal Mark?
GG: Esse mesmo.
CW: O que você acha, Sara?
SS: No atual momento não acho nada...
Catherine reparou que Sara trajava roupas
justas e quase transparentes. A calcinha marcava o corpo e a camiseta, os
seios. Não resistiu e teve de perguntar, em tom baixo, por que havia alguns
policiais por perto, na entrada da casa.
CW: Ãh... Sara, me responda um coisa?
SS: Fala.
CW: Você está sem calcinha e sutiã?
Ela corou com a indiscrição da pergunta.
Por ali Catherine já devia ter deduzido que ela e Grissom dormiram juntos.
SS: Cath! Que tipo de pergunta é essa?
CW: Oras, Sara, não precisa esconder que
você e Gil dormiram juntos. Isso acontece. Você não sabe de mim e do Warrick?
Grissom chegou perto de Sara e pôde ouvir a
pergunta indiscreta da amiga loira e extrovertida. Lançou um olhar de
reprovação a ela, que entendeu o recado.
CW: Ok, não está mais aqui quem falou – e
levantou as duas mãos – Bem, acho que agora está bem claro que você corre
perigo, Sara. Não pode e nem deve ficar sozinha aqui. Alguém, por algum motivo
que não sabemos, quer acabar com a sua vida. Nós vamos trabalhar duro para
descobrir o mandante desses acontecimentos. Mas você precisa estar inteira para
poder prestar depoimento, caso seja necessário.
GG: Catherine tem toda a razão. Vou levá-la
para a minha casa, lá você estará em segurança. Não quero que você corra nenhum
perigo, honey.
Sara e Catherine ficaram surpresas ao vê-lo
chamar a amada por apelido. Grissom estava muito preocupado, a vida de Sara
estava correndo um sério perigo. A princípio ela estava relutante em sair de
sua casa, mas logo se convenceu de que estaria segura na casa de Grissom. Ficou
comprovado no dia seguinte, quando sua casa foi alvejada por tiros. Era só o
início de uma longa batalha contra um inimigo ainda sem rosto. O rapaz detido
de fato não sabia de muita coisa, na verdade ele não conhecia o cabeça dos
atentados, era apenas um bandidinho de quinta. Foi preso. Até para a própria
segurança. Os dias se seguiram tranqüilos. Na verdade,
algumas semanas. Estava tudo calmo, como se não estivessem vivendo um clima de
incertezas e guerra. Catherine e Warrick estavam muito felizes com o bebê que
estava chegando. A loira era muito agitada, então não tinha tempo de ficar
enjoada. Porém, Sara não estava se sentindo bem. Estava na sala de convivência,
sozinha, enquanto os outros estavam processando relatórios e analisando
evidências. Tentou tomar um café, mas o forte cheiro a afastou do bule.
Sentou-se no sofá e ficou quieta até a entrada de Grissom.
GG: Não está com os outros porque, Sara?
SS: Ãh, eu... Estou um pouco esquisita.
GG: Esquisita como? – ele sentou-se ao lado
dela.
SS: Só um pouco sonolenta demais. E
enjoada. Nem pude beber o café que tanto queria.
GG: Me responda uma coisa, Sara.
SS: Diga.
GG: Seria possível você estar grávida?
SS: Hein?
GG: Foi o que eu perguntei. Sim, porque
temos feito amor sem qualquer método preventivo.
SS: Sei lá, Griss – ela levantou-se.
GG: Ei... – ele a abraçou por trás,
protegendo-a com os braços – Seria maravilhoso, honey. Quero fazer planos pra
esse bebê que está aqui – ele acariciou a barriga de Sara.
SS: Calma aí, Griss – ela se afastou – O
fato de termos transado algumas vezes não significa que estejamos namorando ou
juntos de uma vez.
GG: Não significaram nada pra você todos
aqueles momentos na cama?
SS: Griss...
GG: Sara, eu errei, admito. Mas fazer amor
com você me fez saber que é você a mulher pra amar a vida toda, como eu nunca
deixei de amar. E vê-la em perigo me faz estar disposto a morrer para
protegê-la. Não se afaste de mim não. Preciso de você, agora mais do que nunca.
Os olhos castanhos de Sara e os azuis de
Grissom se encontraram e, como se fossem uma melodia, compuseram a harmonia do
momento. Sara deu um sorriso e permitiu que Grissom a abraçasse. Logo em
seguida, veio o beijo repleto de amor. Eles se beijaram com intensidade e não
perceberam que na porta havia uma equipe curiosa e surpresa, vendo o chefe
beijando sua subordinada em pleno lab. Ao se separarem, viram os amigos
observando-os boquiabertos.
GG: Não têm trabalho a fazer não?!
CW: Calma Gil, nós sempre soubemos que
vocês se amavam. E estamos felizes por vocês.
NS: Só é bom que o Ecklie não fique
sabendo. Já pensou no que ia dar?
GG: Muito bem, você já viram, Sara e eu
estamos juntos. E teremos novidade logo. Mas, por agora, vamos ao que
interessa: trabalhar!
Sara parecia enjoada. Começou a ficar
pálida e precisou sentar-se.
CW: Ei, o que foi?
SS: Estou com vertigem, um pouco tonta.
GS: Comeu alguma coisa, Sara?
SS: Sim, mas também não consigo comer
muito.
De repente ela saiu em disparada para o
banheiro. Lá, vomitou tudo o que tinha e o que não tinha no estômago.
CW: Vou lá ver como ela está.
Catherine entrou no banheiro e encontrou
Sara lavando o rosto.
CW: Mas sua vertigem transformou-se em
enjôo?
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