GG: É. Quero que você aprenda a ser mãe comigo, que aprendamos juntos a
lidar com essa nova situação.
SS: Peraí. Você acha que a gente fazendo um filho vai remediar essa
situação?
De jeito nenhum, Griss!
GG: Não estou falando em remediar, mas em ter com você o que deveria ser
o mais correto.
SS: Eu não estou acreditando no que você está me dizendo! Grissom, pelo
amor de Deus, preste atenção! A criança está aí, já tem sete anos, não é uma
boneca que se pode esconder!
GG: Mas eu não pretendo escondê-la.
SS: Então...
GG: Você irá conhecê-la e tenho certeza de que se darão bem.
SS: Acha mesmo?
GG: Confie em mim, amor.
Os dois trocaram um beijinho e foram para o quarto. Beijos ardentes,
roupas espalhadas pelo chão, pernas abertas, movimentos de vai e vem... desejo! Depois de uma intensa noite de amor, o sono bateu forte e eles dormiram
profundamente, sendo acordados pela manhã com o celular de Grissom tocando. Era Lauren.
GG: O que você quer à esta hora, Lauren?
Sara olhou ressabiada para o amado em pé ao celular.
LB: Preciso de um favor seu.
GG: Tão rápido assim?
LB: Ora, você é pai da minha filha, acho que tenho o direito de lhe
pedir alguma coisa, não?
GG: Diga o que você quer.
LB: Preciso fazer uma viagem para fora dos Estados Unidos e não poderei
levar a Emilen comigo. Será que eu poderia deixá-la aos seus cuidados por duas
semanas?
GG: Duas semanas?!
LB: Voltarei antes se puder.
GG: Você a trará aqui?
LB: Melhor que você venha buscá-la, assim ganho tempo.
GG: Quando?
LB: Amanhã.
GG: Tão rápido?
LB: Minha viagem é logo em seguida. A Emilen não dará nenhum trabalho,
eu prometo.
GG: Ok, irei amanhã.
Depois que desligou, Grissom virou-se para Sara, que o olhava de
sobrancelha arqueada.
SS: Onde é que você vai amanhã? E quem era ao celular?
GG: Era Lauren, mãe de Emilen, minha filha. Ela vai viajar e quer que eu
fique com a menina por uns dias.
SS: Aqui?
GG: Onde mais seria?
SS: Griss... isso não tem cabimento! Como ficar vários dias com uma
criança que você nunca viu antes?
GG: É minha filha, não posso deixar de dar abrigo a ela.
Sara estava contrariada. Saber que iria dividir o teto com uma
praticamente desconhecida, ainda que fosse uma criança, não lhe era nada
agradável. E Grissom parecia estar indo na onda de ser pai. E Sara também estava desconfortável
com aquela situação. Não apenas desconfortável, estava também contrariada. Ver
sua intimidade com Grissom invadida com a chegada de uma criança, que nem era
dos dois, era algo que jamais passara pela sua cabeça.
GG: O que foi? Porque essa cara?
SS: Acha que estou chateada? Não, imagina...
GG: Vou fingir que não ouvi sua ironia.
SS: Olha Griss, não estou querendo discutir. Não é hora pra isso.
GG: Eu também não quero, querida. Viajarei amanhã para New Jersey e
trarei Emilen comigo.
Sara deu um suspiro e seguiu para o banho, enquanto Grissom foi preparar
as roupas para a viagem. No dia seguinte, a despedida:
GG: Vai ficar bem?
SS: Como sempre estive todos esses anos.
GG: Volto amanhã.
SS: Boa viagem!
Cerca de meia-hora depois que Grissom partiu, Sara ligou para Catherine:
SS: Está em casa?
CW: Estou. Aconteceu alguma coisa?
SS: Preciso desabafar com alguém, e ninguém melhor do que você para me
ouvir. Pode ser?
CW: Claro! Quer que eu vá até aí?
SS: Prefiro ir até sua casa. Estou precisando mesmo dirigir...
CW: Te espero.
Sara tomou um banho, vestiu-se e dirigiu até a casa da amiga. Sentadas
no sofá, as duas conversavam.
CW: Aconteceu alguma coisa? Você parece abatida!
SS: Ainda me sinto anestesiada. Não consigo acordar de vez para o fato.
CW: Pelo visto a coisa é bem séria.
SS: Não sei nem como definir.
CW: Me conte, talvez eu consiga te ajudar a encontrar uma definição para
isso.
SS: Grissom tem uma filha.
Catherine tossiu engasgada; Sara deu uns tapinhas nas costas da amiga.
CW: Como é?!
SS: É, nem eu consegui acreditar nisso direito...
CW: Peraí. Que raio de história é essa, Sara? Você e Gil...?
SS: Não, a menina não é minha, não é nossa. É dele com um antigo rolo.
CW: E isso aconteceu há pouco tempo? Qual a idade dela?
SS: Está com sete anos.
CW: Foi na época que vocês se conheceram?
SS: Pior: foi depois. Acho que Grissom se esqueceu do que vivemos lá e
foi pra cama com outra mulher, fazendo uma filha com ela.
A perita falava com o choro engasgado. Estava sentindo-se ferida,
traída, magoada...
CW: Você já falou para o Gil como está se sentindo com isso tudo?
SS: É fato consumado, não adianta chorar o leite derramado.
CW: Vem cá, ele fez exame de DNA?
SS: Fez e me mostrou o resultado.
CW: Você confia mesmo nesse resultado?
SS: Cath, minha cabeça está rodando tanto que no momento só estou
pensando em como será minha convivência com essa menina que o Griss foi buscar.
CW: Como é?!
SS: Não te contei? A mãe da menina ligou ontem pedindo que ele fosse
trazê-la para ficar uns dias aqui, porque ela tinha que fazer uma viagem.
CW: Que barra hein?
SS: Nunca cuidei de criança nenhuma, e de repente me vejo frente a
frente com a filha do meu homem!
CW: Você precisa ter bastante controle emocional. Pode ser que essa
menina implique com você, na tentativa de juntar os pais.
SS: Olha, se ela tentar alguma coisa, nem sei o que pensar...
CW: Conte comigo pro que precisar, ok?
SS: Obrigada, Cath.
A amizade da loira era mais do que importante naquele momento
transitório da vida de Sara. Ela iria precisar de toda e qualquer força
necessária, até porque não sabia o que vinha por aí... Depois que foi embora, Sara teve um dia de folga muito bom. No dia
seguinte foi trabalhar e, ao retornar ao apartamento de Grissom, assim que
abriu a porta, levou um susto: a pequena Emilen a encarava feito gente grande!
1 comentários:
Coitada de Sara! Essa menina vai aprontar alguma coisa. Ai ai Parabéns pela Fanfic!
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