Grissom deu um gemido
mais longo e afundou a cabeça nos cabelos de Sara, que respirava
aceleradamente. Aquele momento de prazer que era tão único, tão peculiar a
eles, era sempre curtido com intensidade. O supervisor amava ter a amada em
seus braços na cama, e a subordinada correspondia à altura, além de achar
divertidíssima essa história de fazer amor com o chefe... Claro, no lab os dois
eram extremamente profissionais, ninguém além dos amigos de equipe sabiam do
relacionamento dos dois. Nem do de Catherine com Vartann, já que eles também
estavam envolvidos já fazia algum tempo. No campo amoroso, todos estavam indo
bem, com exceção de Greg, que não conseguia nada... Na cama, os dois
amantes permaneciam de olhos fechados, respirando ofegantes, corpos suados,
mãos entrelaçadas... enamorados, felizes...
SS: Às vezes me pergunto se o que estamos vivendo é um sonho ou é real...
GG: O que você acha,
querida?
SS: É porque as coisas
têm dado tão certo que me pergunto se é possível que seja assim sempre.
GG: O meu amor por você
não vale? – ele virou-se para ela.
SS: Eu sei que você me
ama... Mas quero saber de uma coisa.
GG: Pergunte.
SS: Foi assim com todas
que você teve ou só comigo?
GG: Que pergunta é
essa, Sara?!
SS: Curiosidade apenas.
GG: É, as mulheres
parecem que têm esse tipo de curiosidade mesmo...
SS: Algum problema em
responder?
GG: Não, honey, nunca
fui assim com qualquer outra mulher. E estou sendo sincero. Já te disse que
nunca amei outra pessoa na vida. Você sempre foi a única pra mim. Admito meu
erro em demorar a aceitar que não poderia viver sem você, mas as outras que
passaram pela minha vida não têm qualquer importância. Nenhuma. Está tranqüila
agora?
SS: Eu confio no seu
amor. Acredito que você não tenha nenhum segredo para mim.
GG: Não tenho, querida.
Porque eu haveria de esconder alguma coisa de você?
Sara sorriu e Grissom abraçou-a carinhosamente. Os dois se amaram pelo resto da madrugada, sendo acordados logo pela manhã por Brass, pois havia uma cena de crime a ser periciada. Até Sara, que costumava acordar mal-humorada, estava animada.
GG: Ei! Animada para uma cena de crime?
SS: Depois de uma noite
maravilhosa, vejo borboletas em qualquer lugar!
GG: Mas infelizmente
não veremos esse tipo de beleza.
SS: A realidade é bem
crua.
Os dois tomaram um banho juntos, comeram alguma coisa e seguiram para o lab, cada um em seu carro. De lá, seguiram na suv, juntos, para a cena do crime ocorrido. Uma bomba em um carro e um cadáver carbonizado. Enquanto Grissom observava o carro e procurava evidências, Sara descobriu na cabeça parcialmente desfigurada, feridas.
SS: Encontrei algo aqui no corpo.
GG: O que foi?
SS: Veja, bem no meio
da cabeça existe um ferimento que me remete a machadada. Mas não vejo sentido
nisso...
GG: Homicídios não
fazem sentido nenhum, Sara. Como forenses, precisamos encontrar o sentido nas
evidências.
SS: Claro...
Os dois analisavam a cena do crime atentamente. Sara, observando a multidão de curiosos em um dado momento, observou uma mulher observando-a do outro lado da calçada. Era uma mulher meio loira, magra, bem vestida. Não foi o que lhe chamara a atenção, até porque haviam outra mulheres observando o processamento da cena, mas aquela em específico olhava-a de cima a baixo, como se a analisasse. Grissom não percebeu nada. Na volta ao lab, enquanto ele seguiu para sua sala, Sara foi até a sala de DNA para que Mandy analisasse algumas evidências – Hodges, assim como Greg, já ia a campo, crescendo no lab, o que não significava que deixara de ser um mala sem alça. Em seguida, seguiu para a sala de convivência, onde encontrou Catherine conversando com Vartann.
CW: Como foi o caso?
SS: Tem alguma coisa
que não está batendo. Não sei bem o que, mas senti uma coisa estranha ao ver
aquele cadáver.
CW: Anda sensível
ultimamente, Sara?
SS: Não é essa questão,
Cath.
LV: Contou a ela a
novidade?
SS: Novidade?
CW: Fico sem jeito...
SS: Pára, Cath, que
você nunca foi tímida!
CW: Bom, o Lou me pediu
em casamento!
SS: Não brinca! Sério?!
LV: Sério mesmo, já
comprei as alianças. Vamos dar um jantar de comemoração. Você e o Grissom estão
convidados, claro.
SS: E como a Lindsay
reagiu?
CW: Bom, ela está
estudando moda em Nova York, mas ficou muito feliz e prometeu vir para o
casamento.
SS: Filhos estão nos
planos?
CW: Tá maluca, Sara?!
Olha a minha idade!
LV: A maior gata!
Os três riram e o turno seguiu tranqüilo, mesmo com casos de violência, coisa que sempre deixava a equipe injuriada. Na volta para casa, tarde da noite, Sara foi para o apartamento de Grissom. Depois de um banho quente – quente mesmo! -, os dois, trajando seus robes, foram para a cozinha, onde Grissom iria preparar um chá para os dois beberem junto com as bolachas.
SS: Quer ajuda?
GG: Não precisa,
querida. Sente-se na cadeira e deixe que eu faça o resto.
Sara observava, sorridente, seu homem preparando um chazinho para esquentar os corpos naquela noite tão fria. Os dois fizeram o lanche, escovaram os dentes e seguiram para o quarto, onde, antes do sono bater, se beijaram com intensidade e permaneceram abraçados, um esquentando o outro, um passando energia para o outro. Na noite fria de Vegas, dois corações adormeceram aquecidos pelo fogo do amor. Os dias que se seguiram foram frios, seguidos de chuva em alguns momentos. Catherine e Vartann reuniram os amigos na casa da loira, que agora era dos dois, para o noivado. Estavam todos com seus pares, inclusive Sara e Grissom, bem elegantes, apesar do frio. O casal chegou no início da festa, quando todos já estavam presentes.
CW: O atraso faz parte do charme?
SS: Não, o Griss que
demora a se vestir...
CW: E depois reclama
que mulher leva uma eternidade para fazer as coisas?!
GG: Menos, Catherine!
CW: Fiquem à vontade!
Daqui a pouco o jantar será servido.
O casal cumprimentou os amigos presentes e se sentou no sofá.
DR: Então, Gil, quando será o casório de vocês?
Enquanto Sara sorriu fazendo biquinho, o supervisor arregalou os olhos.
GG: Bom... ainda não pensamos nisso.
GS: Se demorar muito...
SS: Se demorar muito o
que, Greg?
GS: Não, nada!
JB: Esse menino só fala
asneiras...
Catherine, em um vestido purple decotado, estava bela e elegante, assim como Vartann em seu Armani. Sara trajava um vestido justo no corpete e esvoaçante na saia, na cor turquesa. Grissom combinava paletó, calça social e camisa pretos.
WB: Cath, pode colocar um som para a gente dançar um pouco?
CW: Claro, Warrick!
A loira ligou o cd player e uma linda canção começou a tocar. Warrick pegou a namorada pela mão e a chamou para dançar. Grissom olhou para Sara e fez o convite:
GG: Aceitaria dançar comigo?
SS: Sabe dançar, Gil?
GG: Vem que eu te
mostro!
A perita sorriu e os dois, coladinhos, rosto a rosto, começaram a dançar.
2 comentários:
Adorei o começo da Fanfic! Leio e sinto saudades de GSR em CSI. :)
Love this story.... The beginning is so intriguing with that woman lurking at the crime scene.
Postar um comentário