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Segredos inconfessáveis - cap. 3


SS: Ai minha cabeça! Como dói!

Sara olhou ao redor e percebeu que não estava em casa, mas sim em um parque.

SS: Como eu vim parar aqui? – ela pensou por uns instantes e concluiu:

SS: Hank! Mas... como eu vim parar até aqui? O que aquele idiota fez comigo?

A cabeça doía, ela sabia que tinha bebido muito, mas nem desconfiava do que acontecera depois do jantar. Mas o fato de estar em uma praça e não em sua casa deixou a perita extremamente nervosa. Resolveu ir até a casa do loiro tirar satisfações. Só que, antes, abriu a bolsa para pegar dinheiro para o táxi. Qual foi a sua surpresa ao ver que sua carteira com seus documentos e dinheiro estavam.

SS: E o cretino ainda levou minha carteira? Ou será que... é, estando deitada nesse banco, é provável que alguém tenha passado e me roubado. Era só o que me faltava! E como vou chegar em casa assim? E ao lab?

Sara sentou-se novamente a fim de encontrar uma solução para seus problemas. O que faria estando daquele jeito, cabeça doendo e ainda por cima, assaltada? E também estava sem o celular, que deixara em casa. Mas pelo menos a chave de casa não fora roubada. Era um dano a menos. Resolveu pegar um táxi para chegar até sua casa. Lá havia dinheiro, assim poderia pagar o taxista. Dito e feito. Depois de pagar o taxista, voltou para o apartamento e foi se dar conta do que acontecera na noite anterior. Por mais que forçasse a cabeça, não se lembrava de nada após o jantar. O que realmente acontecera? Tomou um banho, ligou para o lab avisando que não iria naquele dia e foi com seu carro até o apartamento de Hank. O loiro estava de folga, à vontade, apenas de cueca estilo sunga.

HP: Que surpresa você aqui! Como se sente?
SS: Foi para isso que vim até aqui.
HP: Entre.

Depois que entrou no apartamento, Sara continuou a encará-lo com raiva.

SS: Quero que você me dê uma explicação.
HP: Para o quê?
SS: Como para o quê, Hank?
SS: Saímos para jantar e eu acordo de ressaca em um banco de parque?! E ainda por cima levaram minha carteira com meus documentos! Foi você?
HP: Peraí, Sara, eu não sou nenhum ladrão!
SS: Então como eu fui parar naquele parque, sem documentos e com uma baita ressaca?
HP: Bem, eu ia te levar para casa, você estava bêbada, mas no meio do caminho você quis me beijar. Eu parei o carro em um local mais reservado e a gente se beijou.
SS: Só isso? – a perita levantou a sobrancelha, intrigada.
HP: Quer saber se rolou mais alguma coisa?
SS: Você se atreveria a ter relações com uma mulher inconsciente?
HP: Não, eu sei que isso implica em estupro. Mas tenho vontade de transar com você sim, Sara. Já te disse que te admiro e te desejo.

O fortão se aproximou da perita, que estava acreditando nas palavras dele.

SS: Hank, eu...
HP: Shii! – tocou o dedo nos lábios dela - Não fala nada. Não vamos estragar esse momento.

Ele se aproximou da perita e, aproveitando-se da fragilidade dela, beijou-a. Sara não ofereceu resistência, mas tentava desvencilhar-se com cuidado dos braços do fortão.

HP: Você não quer?
SS: Acho que você está indo depressa demais, Hank!
HP: Não, Sara, por favor...

Ele a deitou no sofá e foi abrindo a calça dela. Sara tentava se desvencilhar de Hank, mas ele insistia.

SS: Pára, Hank!

Ele, sendo bem mais forte, conseguiu dominá-la, mas a perita era aguerrida e não se entregaria sem lutar.

SS: Você me embebedou ontem, não foi?
HP: Não...

Quanto mais Sara lutava, mais Hank a queria. E no impulso, ao ver que ela o morderia, o loiro a esmurrou na boca, que começou a sangrar. Com o impacto, a perita se assustou e acabou cedendo. 2 a 0 para o policial fortão. Ele a penetrava com força e afogava a cabeça nos cabelos dela, que choramingava baixinho, sentindo dor física e moral. Estava se sentindo absolutamente suja. Como poderia ser a mulher ideal para Grissom? Como poderia se entregar a ele? Depois do ato, Hank levantou-se, vestiu a cueca e foi até a cozinha. Sara estava sem forças para qualquer coisa, tamanha sua fragilidade emocional. Depois de alguns minutos deitada, levantou-se e percebeu que o esperma de Hank escorria em suas pernas. Chorando, sentiu-se humilhada e vestiu-se o mais rapidamente. Além de apanhar, ainda fora praticamente estuprada – sem contar com a noite anterior, a qual Hank ocultara toda a canalhice que cometera contra ela. Saiu sem se despedir, e pra completar seu quadro de desorientação total, tropeçou e caiu na rua, fazendo um corte na testa. Enquanto Grissom estava inquieto e extremamente preocupado no lab por causa de Sara, mesmo tendo avisado que não iria naquele dia, a perita dirigia pelas ruas sentindo-se um trapo humano. No lab, o supervisor permanecia inquieto em sua sala, após chegar da cena do crime. Catherine entrou, preocupada com o amigo.

CW: Está tudo bem?
GG: Não, Catherine, não está nada bem!
CW: Ainda sem notícias de Sara?
GG: Não, e ela não costuma fazer isso.
CW: Já tentou ligar para ela?
GG: Continua sem atender. E não vou ficar sossegado enquanto não conseguir falar com ela!

Grissom saiu do lab às pressas e seguiu para o apartamento de Sara, que já se encontrava na residência àquela hora. Sentia dores horríveis, especialmente na alma. Iria tomar um banho, mas antes escreveu algumas coisas no diário. Ao tirar as roupas para tomar um banho, reparou que sua vagina estava machucada, e sangrava um pouco – resultado de mais uma violência sexual sofrida por ela, sem se dar conta de que havia sofrido uma outra, mas estava inconsciente. Além de dores na região genital, sua barriga doía por dentro. Era como se seu útero tivesse sido violentado – e não deixa de ser verdade, pois no ato sexual, o pênis é capaz de atingir o útero, dependendo da profundidade da penetração. Sara, frágil e ainda sentindo-se humilhada, sentou-se no chão do box e deixou a água fria da ducha cair em cima de si. Ficou ali por uns cinco minutos, até se levantar e terminar de se ensaboar. No término do banho, ouviu a campainha tocar. Vestiu um robe azul bebê e foi atender a porta. De qualquer pessoa que pudesse ir até sua casa, Grissom era a última pessoa em quem Sara poderia imaginar.

SS: O que você faz aqui, Grissom?
GG: Posso entrar?
SS: Claro.

Grissom entrou e virou-se para a perita, observando que, mesmo com os cabelos molhados e cheirosa, ela emitia um “cheiro” de dor e tristeza.

GG: O que aconteceu com você que não foi ao lab?
SS: Eu deixei um recado, você não o recebeu?
GG: Sim, mas não me convenceu. E vejo em você que alguma coisa está errada. A começar por este roxo em sua boca.
SS: Agora deu para reparar nas minhas expressões, é? Você nunca foi disso, Grissom!
GG: É porque ouvi seu coração gritar por socorro, então vim. E por mais que você não acredite, sim, eu me importo com você. É que sou péssimo em demonstrar isso. E pare com isso, estou vendo que você apanhou. Quem foi o canalha, Sara?
SS: Não perca seu tempo comigo, Grissom. Estou bem, juro! – ela desviava os olhos para não encará-lo.

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