GG:
Vou pedir para o Archie rastrear. Talvez tenha sido essa intenção de Sara.
Os
dois foram até a sala de áudio e Archie fez a ligação do celular de Grissom com
o aparelho que podia pôr a mensagem em viva-voz. A
voz de Sara estava baixa e ela parecia sussurrar, mostrando que algo estava
errado:
SS:
Griss, por favor, ouça esta mensagem. Estou na casa do Oliver, ele está louco,
querendo me matar. Me escondi em um quarto, mas não sei até quando estarei a
salvo. Venha com Brass pra cá o mais depressa possível!
Archie
começou a rastrear a ligação e conseguiu obter a localização da chamada:
A:
A ligação veio desta área, próximo à divisa de Vegas.
GG:
É a casa do canalha. Preciso ir pra lá o mais rápido possível!
Saindo
da sala, Grissom avisou Brass e foi para lá com Nick e Warrick. A equipe parou
em frente à mansão.
GG:
Invadimos ou aguardamos algum sinal?
JB:
Vocês ficam aqui, não quero que mais gente saia daqui machucada. Vou entrar com
meus homens. Atenção, quando eu der a ordem, invadam a casa!
Brass
se afastou e Grissom foi para perto de Nick e Warrick.
NS:
Onde será que Sara está, Grissom?
GG:
Ela tem que estar bem. Ele não pode ter feito nada de mal com ela.
WB:
Esse cara parece ser maluco.
NS:
Pessoal, o que... vejam lá em cima!
Nick
apontou para a sacada de um cômodo que parecia ser o quarto de Oliver. Era
Sara, que enfim tinha encontrado uma saída.
NS:
Sara! Aqui, Sara!
SS:
Nick!
Sara,
com a arma na mão, estava trêmula. E ao ver Grissom, sentiu que estava salva.
GG:
Querida, Brass e os homens invadiram a casa. Espere aí que vou te buscar –
gritou.
SS:
Não, ele é perigoso! Fique aí.
A
perita estava entretida olhando para Grissom que não percebeu que Oliver
apareceu na porta da sacada.
GG:
Sara! Cuidado!
Ela
se virou e o homem a agarrou.
SS:
Me solta, covarde!
OR:
Passe sua arma! Anda, me dê!
JB:
Largue-a, seu canalha.
Oliver,
envolvendo o pescoço de Sara, virou-se e replicou, atrevido:
OR:
Quem é o vovô aí?
JB:
Ora meu jovem, não desdenhe da idade, sou muito melhor do que você pensa!
OR:
Hahahaha!
JB:
Solte Sara por bem ou serei obrigado a atirar em você!
OR:
Abaixe sua arma primeiro.
JB:
Que garantias você me dá?
OR:
Eu largarei a moça.
JB:
Ok.
Brass
foi abaixando a arma devagar, reparando que Oliver andava lentamente para trás.
JB:
Agora faça a sua parte. Solte Sara.
OR:
Vou soltá-la sim... mas lá em baixo!
Oliver
virou-se com Sara e a jogou da sacada.
GG:
Nãaaaao!
NS:
Saraaa!
Mas
a perita foi esperta e se agarrou nas grades grossas de proteção. Brass
não teve outra alternativa senão atirar em Oliver, que caiu inconsciente.
Grissom, que havia corrido até a sacada, ajudou Sara a subir.
GG:
Cuidado, Sara. Segure firme minhas mãos!
Nick
e Warrick ajudaram o supervisor a trazer a perita de volta, sã e salva.
SS:
Oh Griss...
Ela
abraçou o amado sem se importar com as expressões de incredulidade dos
presentes.
GG:
Está tudo bem agora, Sara.
JB:
Esse aqui já era. Não tive outra saída.
GG:
Fez bem, Brass.
SS:
Quero te mostrar uma coisa. Venha.
Sara
foi na frente, seguida por Grissom, Nick e Warrick. Eles entraram na sala onde
havia o retrato.
NS:
Nossa, mas a mulher é idêntica a você!
WB:
Quem é?
SS:
A esposa falecida acidentalmente de Oliver. Segundo ele, o nome dela é
Madeleine.
GG:
Morte acidental? Em que circunstâncias?
SS:
Existe um mistério que ronda esta casa e este quadro, e precisamos descobrir.
NS:
Bom, mas a mulher é muito parecida com Sara. Não seria uma parente sua?
SS:
Não tenho parente nenhuma em Vegas, Nick. E na casa há várias passagens
secretas, sinto que descobriremos algo a mais.
GG:
Um momento, Sara – Grissom, sem se importar com a presença dos outros, tocou
nos braços da amada, mostrando que estavam juntos – Você quase morreu agora.
Tem certeza de que quer continuar aqui?
SS:
Estou ótima, Griss... Mais tarde você vai entender tudo.
O
sorriso apaixonante da perita deixou Grissom desconcertado na frente dos
rapazes, pois deixava explícita a relação dos dois. Mas
depois de quase vê-la morrer, já não se importava com mais nada. Os quatro
chegaram à biblioteca, repleta de livros.
WB:
O cara gosta de ler.
GG:
No entanto, não absorveu absolutamente nada sobre caráter e educação.
Sara,
curiosa, olhava as coisas. Até que algo lhe chamou a atenção.
SS:
Gente, vejam isso.
Os
homens se aproximaram dela.
GG:
Uma diferença no formato dos livros. É claro que há um fundo falso aqui. Com
licença.
Com
um lenço, Grissom apertou um dos livros, abrindo uma porta lateral; era uma
passagem secreta.
SS:
Não falei?
NS:
Parece até filme do Indiana Jones. Ou Sherlock...
A
passagem levava até uma espécie de câmara funerária. No centro, uma urna
enorme, parecendo um caixão, repleto de flores e toalhas árabes.
GG: Warrick, me dê as luvas.
Grissom
vestiu-as e foi procurar alguma evidência ou algo que pudesse abri-la.
GG:
Achei! Me ajudem aqui.
Os
três homens puxaram a alça e o caixão se abriu. Dentro, um cenário de horror: o
esqueleto de uma mulher, pois trajava um vestido e as jóias se encontravam intactas.
SS:
Bem que eu suspeitava de um crime aqui.
NS:
Mas que coisa mais louca é essa! O sujeito mata a esposa e a deixa num caixão
na própria casa!
GG:
Tem loucos e loucos, Nick.
WB:
Precisamos levar o corpo pro Robbins analisá-lo.
A
equipe ainda investigou mais algumas coisas e depois seguiu para o lab. Já era
tarde da noite, e Sara estava deitada em sua cama, repousando, com Grissom a
seu lado. Ele estava ansioso por querer fazer amor com ela, mas sabendo o dia
que a amada tivera, não se atreveu a dizer nada.
SS: Griss...
GG: Diga, honey.
SS: Eu amo você.
GG:
Também te amo. E é tão bom ter seu amor...
SS:
Eu precisava te dizer uma coisa...
GG:
Depois de dizer que me ama, o que você tem a me dizer, honey?
SS:
Você vai ser papai.
Grissom
arregalou os olhos e sentou-se na cama.
GG:
É verdade isso?
SS:
Nós fizemos amor antas vezes sem preservativo... acabou acontecendo. Está
chateado comigo?
GG:
Eu? Honey, estou é feliz! E você enfrentou tantos perigos sozinha, nas mãos
daquele louco... e se saiu muito bem! Eu te amo, agora mais do que nunca! Você
vai ser mãe de um filho meu! O que eu preciso mais pra ser feliz?
SS:
Ver o rostinho dele ou dela...
GG:
Sara... minha Sara!
Com
o desejo falando mais forte do que qualquer cansaço, os dois se amaram naquela
noite. Um amor digno de conto de fadas, intenso e perfeito, porém, real.
Grissom amou Sara e Sara amou Grissom na enorme cama de casal. Beijos,
sussurros, gemidos, palavras de amor... orgasmos... Oito
meses mais tarde, ela deu à luz um belo menino, que se parecia muito com o pai.
O nome da criança: William Grissom. Um anjinho que viera para iluminar ainda
mais a vida do apaixonado casal. E
o retrato dele estava espalhado por toda a casa; neste caso, a imagem da vida!
Fim
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