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O retrato mortal - cap. 4


A perita tirou a toalha e ia seguindo para a porta, quando Grissom a segurou pelo braço.

GG: Não se vá, Sara! Por favor!
SS: Você acabou de dizer que não me quer... como sempre soube! E eu não posso mais agüentar isso.
GG: Agora você vai me ouvir – ele puxou o corpo dela para o seu, e a respiração quente e acelerada um do outro era latente.
SS: Diga... – fez charme e deixou os lábios abertos, à espera de um beijo.
GG: Eu te quero... eu sempre te quis... e sempre vou querer -sussurrava - Mas honey... não sei o que você faz que me deixa perdido, sem saber o que fazer.
SS: Não precisa fazer nada, Griss... O amor é tão simples.
GG: Não se o amor vem de uma mulher como você. Sara Sidle não é qualquer mulher, e eu nem sei se sou digno de recebê-lo. Mas eu te amo e te quero, hoje e sempre!

Grissom tocou os cabelos molhados, colados no pescoço, e, vendo os lábios vermelhos de Sara oferecendo paixão, não resistiu e a beijou. Um beijo intenso, apaixonado e molhado. Que se danasse que ela estivesse molhada, ele a queria e iria mostrar a ela todo o seu amor e desejo. O supervisor a pegou no colo e seguiu com ela até seu quarto, com Hank, o cachorro, seguindo atrás. Grissom virou-se para ele, na porta do quarto:

GG: Sinto muito, amigão, mas hoje você não entra aqui. O papai tem companhia muito especial!

Grissom fechou a porta e naquela noite, enfim o amor explodiu entre os dois. O mundo era só dos dois naquela cama, entre beijos, sussurros, palavras de amor e intensos orgasmos. Enfim o supervisor entendeu que era somente em Sara que ele saberia o que era ser feliz de verdade. E ela pôde realizar seu sonho de amor, nos braços dele.

**

E¹: Eu vou conseguir, vou chegar antes de vocês!
E²: Seu Mané, eu sou mais rápido que você!
E³: Ai rapazes, me esperem! Vocês são muito rápidos, mas quem vai chegar sou eu!
E¹: Brotinho, nessa corrida quem vence é homem, pode crer!
E²: É isso aí, companheiro!

O óvulo, dentro do útero, parecia aflito:

U: O que está acontecendo? que barulho é esse? Ai não, é a turma do barulho! Socorro!
E¹: Achei! Vou entrar em você, gatinha!
U: Sai daqui! Xô!
E²: Não se esqueça de mim!
U: Sai daqui vocês, não vou deixá-los entrar! Não vou!
E³: Eu achei uma passagem, eu achei!
U: Não! Não!
E³: Estou indo, mamãe!

Um dos espermatozóides conseguiu vencer a barreira elétrica do óvulo e conseguiu penetrar, causando a fecundação. E naquele momento, uma nova vida estava sendo gerada.

**
Grissom permanecia por cima de Sara, engolfado nos cabelos dela, respirando acelerado, como se tivesse corrido cinco quilômetros. Os dois se beijavam intensamente enquanto ele ainda expelia seu líquido espermático intenso dentro de Sara. Em seguida, ele saiu de cima dela e deitou-se por trás, abraçando sua amada aconchegadamente.

SS: É um sonho?
GG: Hum?
SS: É um sonho o que está acontecendo aqui?
GG: Se é sonho, eu não quero acordar nunca mais... Você é maravilhosa, Sara, e eu fui um perfeito idiota em não perceber isso há mais tempo.
SS: Nós estamos aqui. Isso basta.

Os dois adormeceram juntos, corpo, alma e coração em uma mesma sintonia. Um amor acima do que mais de bonito poderia existir em um sentimento entre homem e mulher. Pela manhã, o casal foi acordado com arranhões de Hank na porta. Grissom vestiu seu roupão, e deu uma camisa para que Sara usasse, já que seu vestido estava molhado. Ela pôs a calcinha e vestiu a camisa.

SS: Como vou embora com meu vestido assim?
GG: Vou colocá-lo pra lavar e depois te entrego.
SS: Ok, mas como vou pra casa? Nua?

Grissom arqueou a sobrancelha e fez um biquinho.

GG: Eu não permitiria. Imagine os homens olhando pra você assim, querida!

Sara sorriu e foi abrir a porta. Deu de cara com o cão mostrando a língua, contente:

SS: Ei Hank! Estava vigiando a porta do quarto, garoto?
GG: Não acredito que você dormiu aí, Hank! Vamos tomar nosso café.

Ele desceu as escadas de mãos dadas com Sara, cujos cabelos ainda estavam meio bagunçados e os pés estavam descalços.

SS: Estou me sentindo como se estivesse na praia: à vontade e quase sem roupa!
GG: Qualquer dia te levo a um lugar paradisíaco...

Os dois tomaram um café farto e depois Grissom quis mostrar algo a Sara: uma foto dos dois em São Francisco que ficava pendurada na geladeira.

SS: O que é isto, Griss?
GG: Não se lembra dessa época?
SS: Claro que sim. Mas eu quero saber porque você a mantém grudada na geladeira.
GG: Você está sempre comigo, de alguma forma.

A perita deu um sorrisinho tímido e Grissom a abraçou.

GG: Agora sei porque você é tão diferente das outras mulheres.
SS: Sou anormal?
GG: Não, você... você é minha, honey!
SS: Não temos que ir ao lab não?
GG: Vou te deixar em casa para que você se arrume, e nos vemos por lá, ok?
SS: Ok.

Grissom emprestou um short para Sara, que achou engraçado usar roupas masculinas e de salto alto. Os dois se despediram com um beijo e ela foi se arrumar. As semanas se passaram e algumas coisas estavam acontecendo, outras estavam por vir. Sara estava sofrendo com terríveis enjôos, mas mantinha-se calada para que ninguém viesse perguntar. Ela e Grissom dormiam juntos quase sempre, mas não o deixava vê-la fazendo caras e bocas. O ápice foi quando ela estava na sala de necropsia com dr. Robbins e Grissom, analisando o cadáver de um homem encontrado na floresta.

AR: Presença de líquido espumoso na traquéia e no bronquíolo.
GG: Edema ou afogamento?
AR: Provavelmente. Mas essa marca na região da nuca sugere que a vítima teve uma arma apertada em sua cabeça, e a facada na região do estômago reforça a tese de homicídio.

Sara, que assistia à cena, começou a ficar enjoada, a ponto de quase perder o equilíbrio.

GG: Você está bem, Sara?
AR: O que você tem?
SS: Acho que vou...
AR: Vomitar? Use esse balde aqui!

Sara vomitou tudo o que podia dentro do balde, que ficou cheio. Grissom e Robbins se olharam.

AR: Você andou namorando ou é apenas problema estomacal, Sara?
SS: Do que você está falando, Robbins?
AR: Bem, posso até estar enganado, mas...
GG: Mas o quê, Robbins?
AR: Acho que você vai ser mamãe, Sara.

A perita olhou para os dois homens como se não acreditasse. Ao olhar nos olhos de Grissom, sentiu seu coração bater tão forte a ponto de quase sair do peito. Ele arqueou a sobrancelha e depois disse a Robbins:

GG: Robbins, me dê uma licencinha que preciso resolver um assunto. Sara, quero falar com você.

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