TM:
Não vai comer nem beber nada?
GG:
Não, alguém bebeu demais e precisa de mim. Tchau!
Teri
ficou com cara de tacho e logo percebeu que se tratava de Sara. Que
diabos aquela mulher tinha que o trazia pra si, onde estivesse e o que tivesse
feito? Grissom
chegou no local. Ao ver o carro de Sara vazio, ficou aflito. Onde estaria sua
subordinada mais que preferida?
GG:
O que temos, Jim?
JB:
Catherine ligou para o lab procurando Sara. Como ela não estava por lá, pediu
ao Archie que rastreasse o celular dela. Caiu aqui e viemos pra cá. E segundo
um rapaz que estava no bar, ela bebeu todas e saiu de lá cambaleando,
totalmente chapada.
GG:
Céus! E pra onde teria ido?
JB:
Bom, segundo outra testemunha, Sara foi socorrida por um homem muito bem
vestido, que a segurou e a colocou em seu carro, um porsche vermelho.
GG:
Um homem rico então?
JB:
Papai Noel é que não foi!
GG:
O que temos? Um carro, um celular e nenhuma Sara!
JB:
Estamos com um problema.
GG:
Isso é um problema!
Na
mansão de Oliver de Rossi, Sara repousava na enorme cama de casal dele. Enquanto
ela permanecia apagada, por conta da bebida, ele a admirava:
OR:
Como és bela, mulher! Não sei quem é você nem de onde veio, mas tua beleza
emana paixão, sensualidade, desejo... Preciso descobrir sobre você!
Mas
Sara, muito bêbada, não despertou para saber onde estava. O
homem galante e educado, deixou-a descansar até que se recuperasse da ressaca.
O estado de Sara naquele momento era deprimente. O
dia amanheceu e a equipe estava no lab planejando estratégias para encontrar
Sara.
CW:
Ainda não entendo o que ela foi fazer nesse lugar!
NS:
O que é pior, encheu a cara!
WB:
Tá, mas alguma coisa motivou Sara a ir nesse bar e tomar todas.
CW:
Alguma idéia, Gil?
Grissom
estava distante, lembrando-se do que dissera à ela em sua sala.
CW:
Alô? Terra chamando!
GG:
Desculpe. O que você disse?
CW:
Quero saber se você tem alguma idéia de Sara ter ido encher a cara nesse bar...
GG:
Não sou pai dela, Catherine!
SS:
Não precisam se preocupar comigo. Sei cuidar de mim mesma!
Todos
olharam para a porta e ficaram boquiabertos ao ver Sara. Ela
estava com uma aparência de quem havia acabado de acordar, os cabelos estavam
meio revoltos e usava a mesma roupa do dia anterior.
GS:
Sara?!
SS:
Quem vocês esperavam ver? Angelina Jolie?
GG:
Você causou todo esse transtorno.
SS:
Porque?
CW:
Como assim, Sara? Você sai pra beber, deixa seu carro abandonado e some. E faz
a polícia e todos nós procurarmos por você. E depois aparece como se não
tivesse acontecido nada. Qual é!
SS:
Como vêem, eu não sumi nem morri. Apenas havia bebido muito e um homem muito
gentil me ajudou.
NS:
Quem era esse sujeito, Sara?
SS:
O nome dele é Oliver de Rossi. Foi muito gentil comigo e me deixou descansar em
sua cama enquanto eu me recuperava da ressaca. Aí, quando acordei, disse que
precisava vir trabalhar, e seu motorista me trouxe.
GG:
Como você vai parar na casa de um homem que você não conhece, Sara?
SS:
Se meu coração não tivesse sido destroçado, eu não teria ido afogar as mágoas
em um bar, e conseqüentemente, não teria caído de tão bêbada.
Depois
da direta, Grissom não teve mais argumentos para rebater Sara.
SS:
Bom, vocês já me viram, vou em casa tomar um banho e volto para trabalhar.
GG:
Fique e descanse.
SS:
Quero trabalhar. Assim esqueço todas as mágoas. Tchau, gente!
Depois
que ela saiu...
GS:
Que bicho mordeu ela?
NS:
Vamos trabalhar, né gente?
Nick,
Warrick e Greg saíram da sala, deixando Catherine e Grissom a sós.
CW:
Agora que os rapazes saíram, você pode me responder uma coisa?
GG:
Diga.
CW:
O que você disse à Sara para que ela se acabasse de beber?
GG:
Aonde você está querendo chegar?
CW:
Sei que ela sente alguma coisa por você, isso é tão claro como água cristalina.
Mas se o amor dela não é correspondido, você deveria, pelo menos, ser gentil, e
não dizer algo que poderia fazê-la querer se auto-destruir.
GG:
Catherine...
CW:
E não venha me dizer que gosta da Teri Miller porque não acredito nisso. E
outra: prefiro e torço para que você descubra a mulher incrível que Sara é.
Bom, a gente se vê, estou indo ajudar os rapazes.
Grissom
ficou pensativo sobre o que Catherine dissera, e no fundo, ouviu seu próprio
coração a chamar por Sara. Agora só teria de ter coragem suficiente para
deixá-la saber que ele a queria sim, só não sabia como dizer e mostrar isso. Os
dias foram passando e Grissom se viu perdido em sentimentos embaraçosos com
relação à Sara. Ela estava cada dia mais bonita, mais cheirosa, mais...
sedutora. E ele, cada vez mais introspectivo, mais dentro de si... mais
apaixonado. Ela
estava na sala de evidências com Nick, em uma certa noite.
SS:
Então vejamos: se o sapato é 44, não teria como a pessoa usar um de menor
número, a menos que tenha pés pequenos...
NS:
Ou se trate de uma mulher.
SS:
Seria possível?
NS:
Não podemos descartar nada. Além do quê, essa articulação toda me parece idéia
de mulher. Afinal, mulher pensa nos detalhes, e normalmente os homens deixam
escapar alguma coisa.
SS:
Vamos pensar por esse lado também.
Grissom
entrou naquele momento.
GG:
O que conseguiram descobrir?
NS:
Descobrimos que o assassino tem pés menores do que os sapatos.
SS:
O que nos sugere a possibilidade de o assassino ser uma mulher.
Ele
arqueou a sobrancelha. Antes que dissesse alguma coisa, Catherine entrou na
sala:
CW:
Estamos indo bem? Sara, chegou isso pra você.
A
loira entregou um envelope para a perita. O remetente era Oliver de Rossi. A
perita leu cada palavra ignorando que havia três pares de olhos em sua direção,
curiosos.
CW:
Conhece este sujeito, Sara?
A
perita dobrou o envelope lacrado e o colocou no bolso da calça. Como não estava
a fim de falar sobre sua vida pessoal, ainda mais sabendo que Grissom estava ali,
tão perto dela, foi curta e grossa:
SS:
Conheço.
Catherine
percebeu que a colega não queria falar daquilo e saiu. O
clima entre ela, Nick e Grissom ficou constrangedor.
SS:
Vamos voltar ao trabalho?
NS:
Ãh, ah sim, claro. Onde estávamos?
GG:
Vou deixá-los trabalhar sossegados. Com licença.
Sara
observou o homem que amava saindo e sentiu que ele ficara desconcertado com a
carta. No final do turno, pela manhã, sentou-se no banco do lock e leu o
bilhete do charmoso homem:
“Gostaria
de vê-la novamente. Você, charmosa e muito inteligente. Aceitaria sair pra
jantar? Aqui está meu número. Oliver.”
A
perita deu um sorrisinho de lado e guardou a carta na bolsa. Saindo
do lock, encontrou com Catherine:
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