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O retrato mortal - cap. 2


TM: Não vai comer nem beber nada?
GG: Não, alguém bebeu demais e precisa de mim. Tchau!

Teri ficou com cara de tacho e logo percebeu que se tratava de Sara. Que diabos aquela mulher tinha que o trazia pra si, onde estivesse e o que tivesse feito? Grissom chegou no local. Ao ver o carro de Sara vazio, ficou aflito. Onde estaria sua subordinada mais que preferida?

GG: O que temos, Jim?
JB: Catherine ligou para o lab procurando Sara. Como ela não estava por lá, pediu ao Archie que rastreasse o celular dela. Caiu aqui e viemos pra cá. E segundo um rapaz que estava no bar, ela bebeu todas e saiu de lá cambaleando, totalmente chapada.
GG: Céus! E pra onde teria ido?
JB: Bom, segundo outra testemunha, Sara foi socorrida por um homem muito bem vestido, que a segurou e a colocou em seu carro, um porsche vermelho.
GG: Um homem rico então?
JB: Papai Noel é que não foi!
GG: O que temos? Um carro, um celular e nenhuma Sara!
JB: Estamos com um problema.
GG: Isso é um problema!

Na mansão de Oliver de Rossi, Sara repousava na enorme cama de casal dele. Enquanto ela permanecia apagada, por conta da bebida, ele a admirava:

OR: Como és bela, mulher! Não sei quem é você nem de onde veio, mas tua beleza emana paixão, sensualidade, desejo... Preciso descobrir sobre você!

Mas Sara, muito bêbada, não despertou para saber onde estava. O homem galante e educado, deixou-a descansar até que se recuperasse da ressaca. O estado de Sara naquele momento era deprimente. O dia amanheceu e a equipe estava no lab planejando estratégias para encontrar Sara.

CW: Ainda não entendo o que ela foi fazer nesse lugar!
NS: O que é pior, encheu a cara!
WB: Tá, mas alguma coisa motivou Sara a ir nesse bar e tomar todas.
CW: Alguma idéia, Gil?

Grissom estava distante, lembrando-se do que dissera à ela em sua sala.

CW: Alô? Terra chamando!
GG: Desculpe. O que você disse?
CW: Quero saber se você tem alguma idéia de Sara ter ido encher a cara nesse bar...
GG: Não sou pai dela, Catherine!
SS: Não precisam se preocupar comigo. Sei cuidar de mim mesma!

Todos olharam para a porta e ficaram boquiabertos ao ver Sara. Ela estava com uma aparência de quem havia acabado de acordar, os cabelos estavam meio revoltos e usava a mesma roupa do dia anterior.

GS: Sara?!
SS: Quem vocês esperavam ver? Angelina Jolie?
GG: Você causou todo esse transtorno.
SS: Porque?
CW: Como assim, Sara? Você sai pra beber, deixa seu carro abandonado e some. E faz a polícia e todos nós procurarmos por você. E depois aparece como se não tivesse acontecido nada. Qual é!
SS: Como vêem, eu não sumi nem morri. Apenas havia bebido muito e um homem muito gentil me ajudou.
NS: Quem era esse sujeito, Sara?
SS: O nome dele é Oliver de Rossi. Foi muito gentil comigo e me deixou descansar em sua cama enquanto eu me recuperava da ressaca. Aí, quando acordei, disse que precisava vir trabalhar, e seu motorista me trouxe.
GG: Como você vai parar na casa de um homem que você não conhece, Sara?
SS: Se meu coração não tivesse sido destroçado, eu não teria ido afogar as mágoas em um bar, e conseqüentemente, não teria caído de tão bêbada.

Depois da direta, Grissom não teve mais argumentos para rebater Sara.

SS: Bom, vocês já me viram, vou em casa tomar um banho e volto para trabalhar.
GG: Fique e descanse.
SS: Quero trabalhar. Assim esqueço todas as mágoas. Tchau, gente!

Depois que ela saiu...

GS: Que bicho mordeu ela?
NS: Vamos trabalhar, né gente?

Nick, Warrick e Greg saíram da sala, deixando Catherine e Grissom a sós.

CW: Agora que os rapazes saíram, você pode me responder uma coisa?
GG: Diga.
CW: O que você disse à Sara para que ela se acabasse de beber?
GG: Aonde você está querendo chegar?
CW: Sei que ela sente alguma coisa por você, isso é tão claro como água cristalina. Mas se o amor dela não é correspondido, você deveria, pelo menos, ser gentil, e não dizer algo que poderia fazê-la querer se auto-destruir.
GG: Catherine...
CW: E não venha me dizer que gosta da Teri Miller porque não acredito nisso. E outra: prefiro e torço para que você descubra a mulher incrível que Sara é. Bom, a gente se vê, estou indo ajudar os rapazes.

Grissom ficou pensativo sobre o que Catherine dissera, e no fundo, ouviu seu próprio coração a chamar por Sara. Agora só teria de ter coragem suficiente para deixá-la saber que ele a queria sim, só não sabia como dizer e mostrar isso. Os dias foram passando e Grissom se viu perdido em sentimentos embaraçosos com relação à Sara. Ela estava cada dia mais bonita, mais cheirosa, mais... sedutora. E ele, cada vez mais introspectivo, mais dentro de si... mais apaixonado. Ela estava na sala de evidências com Nick, em uma certa noite.

SS: Então vejamos: se o sapato é 44, não teria como a pessoa usar um de menor número, a menos que tenha pés pequenos...
NS: Ou se trate de uma mulher.
SS: Seria possível?
NS: Não podemos descartar nada. Além do quê, essa articulação toda me parece idéia de mulher. Afinal, mulher pensa nos detalhes, e normalmente os homens deixam escapar alguma coisa.
SS: Vamos pensar por esse lado também.

Grissom entrou naquele momento.

GG: O que conseguiram descobrir?
NS: Descobrimos que o assassino tem pés menores do que os sapatos.
SS: O que nos sugere a possibilidade de o assassino ser uma mulher.

Ele arqueou a sobrancelha. Antes que dissesse alguma coisa, Catherine entrou na sala:

CW: Estamos indo bem? Sara, chegou isso pra você.

A loira entregou um envelope para a perita. O remetente era Oliver de Rossi. A perita leu cada palavra ignorando que havia três pares de olhos em sua direção, curiosos.

CW: Conhece este sujeito, Sara?

A perita dobrou o envelope lacrado e o colocou no bolso da calça. Como não estava a fim de falar sobre sua vida pessoal, ainda mais sabendo que Grissom estava ali, tão perto dela, foi curta e grossa:

SS: Conheço.

Catherine percebeu que a colega não queria falar daquilo e saiu. O clima entre ela, Nick e Grissom ficou constrangedor.

SS: Vamos voltar ao trabalho?
NS: Ãh, ah sim, claro. Onde estávamos?
GG: Vou deixá-los trabalhar sossegados. Com licença.

Sara observou o homem que amava saindo e sentiu que ele ficara desconcertado com a carta. No final do turno, pela manhã, sentou-se no banco do lock e leu o bilhete do charmoso homem:

“Gostaria de vê-la novamente. Você, charmosa e muito inteligente. Aceitaria sair pra jantar? Aqui está meu número. Oliver.”

A perita deu um sorrisinho de lado e guardou a carta na bolsa. Saindo do lock, encontrou com Catherine:

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