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Visão do amor - cap. 1



Madrugada em Las Vegas. Em uma determinada casa, um casal aproveitava o friozinho que chegara na cidade para namorar. Suados, os corpos não cansavam de se amar, na necessidade de estarem juntos, no momento de serem um só. Grissom, como um homem voraz, penetrava em Sara com muita vontade, como se fosse a última vez que estariam juntos. Os gemidos denunciavam que o orgasmo não tardaria, e que o prazer era por demais intenso. Não agüentando tamanha excitação, ele acabou por ejacular, e uma grande quantidade.

GG: Oh... oh... Sara... hum...
SS: Gil... hum...

Os dois, ainda sentindo a emoção do momento, permaneceram na mesma posição por uns minutos; a respiração, altamente acelerada, os impedia de qualquer reação naquele instante. Em seguida, Grissom deitou-se no travesseiro e abraçou Sara. E assim, corpos unidos, respiração na mesma sintonia, corações batendo no mesmo compasso, os dois adormeceram. Na manhã bem cedo, Grissom foi pra casa, afinal, ele e Sara não moravam juntos e, como ninguém no lab sabia dos dois (pelo menos não tinham certeza, apesar de Catherine desconfiar), não era bom que seu carro fosse visto na porta da casa dela sem motivo algum. Se dependesse de Sara, a relação deles seria de conhecimento dos amigos, mas Grissom tinha lá seus medos, por isso não queria arriscar. 
                                                                              
GG: Bom dia a todos. Hoje até que não temos muitos casos, por isso, alguns ficarão no lab analisando evidências.
CW: Ok.
SS: Eu até preferia ficar, sinto-me exausta.
GS: Cansada de quê, Sara?
SS: Muitas coisas...

Ela não olhou para Grissom, mas ele sabia que aquela indireta era para ele. Sara estava apertando-o para que ele assumisse a relação dos dois perante todos, mas Grissom parecia um peixe escorregadio. Nisso, ela levantou-se do sofá e saiu.

NS: O que deu nela?
GS: Vai tentar entender as mulheres...
CW: Hum-hum...

Os dois olharam para Catherine, que olhava feio para eles.

NS: Foi mal aí, Catherine.
GS: É, desculpe.
GG: Vocês dois aí, trabalho a fazer. Nada de conversinhas.

Nick e Greg pegaram seus casos e saíram. Warrick fez o mesmo. Estando a sós com Grissom na sala de convivência, Catherine pôde tocar no assunto que a incomodava:

CW: Gil, somos amigos há anos, sabe que pode contar comigo pra tudo.
GG (levantando a sobrancelha): Onde você quer chegar, Catherine?
CW: Quando você vai admitir pra nós que você e Sara estão juntos?
GG: Do quê você está falando, Catherine?
CW: Oras... Até quando vocês dois vão ficar nessa de segredinho? Pensa que eu não vejo vocês dois juntos, como ficam, a forma com que falam um com o outro?
GG: Você deveria era olhar outras coisas...
CW: Não foge da conversa não, Gil! Você viu, eu vi como ela estava. Aconteceu alguma coisa entre vocês para que ela ficasse daquele jeito?
GG: Não, e ela sabe muito bem disso.

Grissom saiu da sala e deixou Catherine falando com as paredes. No banheiro, Sara chorava discretamente. Naquela manhã ela e Grissom haviam discutido e ele estava extremamente frio com ela no lab. Enxugou as lágrimas e saiu do banheiro para ir à sala de evidências, onde Nick a aguardava. Ao passar pelo corredor, viu Grissom conversando alegremente com uma mulher, chegando a tocá-la nos braços. Ela não viu, mas Catherine também presenciara a cena. E reconheceu a mulher: era Lady Heather. Desolada, foi para a sala de evidências fazer seu trabalho.

NS: Sara, veja essas fotos. Aqui aparece a marca de algo que estivesse no pescoço da vítima, como um cordão, por exemplo.
SS: É, acho que sim...

Sara não conseguiu se conter e caiu no choro. Nick a abraçou carinhosamente.

NS: Ei, o que houve? Por que está chorando, Sara?
SS: Por favor, Nick, não diga nada, apena me deixe ficar assim por um minuto.
NS: Tudo bem – e acariciou os cabelos dela.
CW: Sara, você...

Catherine freou as palavras ao ver Sara e Nick abraçados. Eles, ao ver a loira, se soltaram.

SS: Me procurava, Catherine?
CW: Eu? Ãh... sim. Você andou chorando?
SS: Estava me sentindo mal, mas agora estou melhor – e enxugou as lágrimas com as mãos.

Catherine sabia a razão das lágrimas, mas não quis falar na frente de Nick.

CW: Nick, eu posso falar com Sara em particular?
NS: Claro. Com licença.

Depois que Nick saiu...

CW: Sara, eu vi o que você viu. Tudo bem, é uma coisa chata, mas não precisa ficar assim.
SS: Não estou triste por causa do Grissom! Aliás, por que você falou nele?
CW: Eu sei que vocês estão juntos. Só não entendo porque não revelam aos amigos. Sabem que podem contar com a gente.
SS: É complicado. O Griss tem uns medos que eu considero tão insignificantes e que acho que não têm o menor sentido de ser. Ele costuma dizer que está ficando velho, e com isso, as manias tornam-se mais insuportáveis.
CW: Mas isto não significa que deva ficar escondendo do mundo que ama e é amado! Amar é a melhor coisa deste mundo, e é tão gostoso dividir com os amigos essa alegria...
SS: Você deveria dizer tudo isso para o Grissom. Bem, vou ao banheiro lavar o rosto.
CW: Vá sim.

Sara lavou o rosto, e, ao olhar para o espelho, via a imagem de Grissom e Heather conversando animadamente. Evidentemente que não gostara de ver aquilo. Resolveu ir embora sem avisar. Cerca de dez minutos depois, Grissom a procurava. Foi até a sala de convivência, onde encontrou Nick e Catherine.

GG: Vocês viram a Sara?
CW: Não estava em sua sala?
GG: Estou vindo de lá. Você a viu, Nick?
NS: Ela disse que ia até a sala de evidências, porque a gente combinou de analisar umas outras que estavam lá, e não apareceu.
CW: Já tentou ligar pra ela?
GG: Celular desligado.

Grissom voltou para sua sala extremamente tenso. Não era de demonstrar qualquer tipo de reação, mas Catherine e Nick viram como ele estava por causa de Sara. Ela estava indo pra casa, mas parou numa loja de conveniência para comprar algumas coisas. De repente um sujeito entrou anunciando assalto. Sara passou a mão no colete e pegou a arma. Esperou o momento oportuno e gritou:

SS: Polícia, solte a arma!
##: *%$@#! Não solto não, vadia!

O sujeito pegou o dono do estabelecimento, um senhor de idade, e deu-lhe uma gravata, impedindo qualquer tentativa de escapar.

SS: Solte esse senhor!
##: Quer morrer, é?
SS: Não tenho medo de você.
##: Eu mato esse cara! Eu mato!
SS: E eu mato você! Solte o senhor, já disse!

O rapaz, completamente descontrolado, gritava:

##: Solte a arma que eu o solto!
SS: E que garantias você me dá?
##: Não te mato.
SS: Não negocio com bandidos!

Nervoso, o assaltante atirou para o teto.

##: Quer morrer, desgraçada?

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