CW: Já era hora, Gil. Você e Sara fazem um lindo
casal. E pode contar com a gente.
GG: Obrigado. Eu queria mostrar algo a vocês, e
gostaria da opinião de cada um.
Grissom tirou do bolso do casaco uma caixinha
preta, e ao abri-la, apareceu um belo anel de ouro com brilhantes.
WB: Uau! Essa é uma bela declaração de amor!
CW: Que coisa linda, Gil! É, você sabe
surpreender, até quando quer.
NS: Combina com Sara.
GG: Eu queria algo delicado, que combinasse com os
dedos finos dela.
CW: E acertou. O anel é belíssimo!
Grissom sorriu satisfeito. Naquela tarde recebeu
um telefonema do médico dizendo que Sara fora para o quarto. Estava lúcida e
perguntava por ele. Ficou eufórico.
CW: Ei! Onde você vai tão agitado desse jeito?
GG: Sara já foi para o quarto. Está acordada e
perguntou pra mim. Catherine, você assume a liderança, eu não volto hoje.
CW: Ok. Mande um abraço pra ela de nós.
GG: Certo!
No hospital, Grissom não conseguia esconder a
ansiedade. Era como se fosse ver Sara depois de longos anos. Ao entrar no
quarto, encontrou-a deitada, mas acordada e sorridente.
SS: Ei! Você veio...
Sara, apesar de pálida e magra, sorria lindamente.
Grissom sentiu seu coração quase sair do peito para se encontrar com o dela. Ele acariciou os cabelos dela, visivelmente
emocionado.
GG: Como você se sente?
SS: Estou bem. É muito bom vê-lo aqui.
GG: Vim assim que soube. Pensei que a perderia...
Tive medo.
SS: Mais um de seus medos, Griss?
GG: Esse tiro fez com que eles fossem embora.
Todos no lab sabem de você e eu.
SS: Nossa! Nunca pensei que...
Grissom tocou os lábios de Sara levemente.
GG: Tem mais.
Ele pegou a caixinha preta do bolso e a entregou à
amada.
SS: O que é isso, Griss?
GG: Abra.
Sara abriu e viu o belíssimo anel.
SS: Não tenho nem palavras... Eu... Não sei o que
dizer.
GG: Diga sim!
SS: Como?! – ela levantou a sobrancelha.
GG: Quero oficializar nossa união, honey. Gostaria
de torná-la minha.
SS: Mas eu já sou, Griss.
GG: Quero fazê-la minha esposa e mãe dos meus
filhos. Nós deveríamos nos casar. Você aceita?
Os olhos de Sara encheram-se d’água. Casamento não
era bem algo que lhe passara pela cabeça, mas vindo de um Grissom agora
humanizado e sentimental, achou que fora a melhor coisa que já ouvira dele. E
não deixaria passar esta chance em vão.
SS: O que você acha?
GG: Quero ouvir, Sara.
SS: Sim, Griss. Eu aceito me casar com você.
Grissom suspirou aliviado e a abraçou de leve, por
causa da operação.
GG: Obrigado, honey – ele sussurrou.
Sara teve uma recuperação ótima. Voltou ao lab em
três semanas, mesmo que ainda precisasse ir ao médico fazer algumas revisões. O casamento foi em quatro semanas, com ela
completamente curada. Catherine e Brass foram os padrinhos de Grissom, e Wendy
e Nick, os de Sara. Como um bom católico, Grissom desejou que a cerimônia fosse
numa igreja. Havia muita gente, composta basicamente de amigos, já que Sara não
tinha família e Grissom nem sabia por onde andava o restante da sua, já que
seus pais já eram falecidos. Ao som da marcha nupcial, Sara entrou. Belíssima
em um longo vestido de seda branco. Grissom não escondeu o sorriso de
felicidade, e os amigos também compartilhavam desse momento único, e que, sem
dúvidas, seria inesquecível para todos. Após todo aquele cerimonial, Grissom e
Sara trocaram alianças, e depois selaram a união com um beijo de amor. Agora
eles pertenciam um ao outro perante Deus. E seria assim para todo o sempre. A lua de mel fora rápida, apenas uma semana em
Nova York. Os compromissos profissionais não podiam ficar em
segundo plano. No lab, o casal foi recebido com muita pompa pelos companheiros.
CW: E como foram de lua de mel?
SS: Muito bem, estivemos em Nova York, deu pra
relaxar um pouquinho.
GG: Mas os compromissos nos chamaram de volta à
realidade.
CW: Deixa de ser chato, Gil. Lua de mel é só uma vez
na vida, a menos que se case de novo.
GG: Com Sara, me casarei mil vezes mais. Foi uma
experiência muito boa, e vê-la vestida de noiva foi como se um anjo estivesse
em minha frente.
GS: Filosofando, Grissom?
GG: Caro Greg, quando você encontrar a mulher
certa, saberá do que estou falando.
Os amigos riram.
GG: Mas vamos deixar a conversa de lado, temos
coisas a fazer.
Antes que Grissom pudesse distribuir as tarefas,
Ecklie apareceu, com um sorriso bem cínico.
CE: Ora ora, quer dizer que os pombinhos já
voltaram da lua de mel? E por que não aproveitaram pra viajar ao redor do
mundo, já que estavam curtindo a vida?
GG: Vou ignorar esse seu comentário maldoso,
Ecklie. Sara e eu nos casamos, isso não é segredo pra mim.
CE: Fui pego de surpresa, já que nem sabia que
vocês estavam juntos.
SS: Não havia necessidade de lhe contar aspectos
da nossa vida pessoal. Não lhe diz respeito.
CE: A conversa não chegou em você, Sidle.
GG: Você veio até aqui pra reclamar que Sara e eu
saímos em lua de mel? Deixa de ser ridículo, Ecklie!
CE: Você sempre soube do regulamento interno, e
ainda assim o infringiu! O que eu faço com você: suspendo ou demito?!
GG: Nunca infringi coisa alguma aqui dentro! Sara
e eu somos profissionais por demais para cometermos esse tipo de besteira aqui.
Tanto que a equipe não sabia de nós dois.
CW: É verdade, Ecklie. Ninguém sabia.
CE: Fique quieta você também, Willows!
GG: Você vem aqui e insulta meus subordinados?
CE: Sou seu superior, você me deve respeito.
GG: Então dê-se ao respeito. Se quer ser
respeitado, primeiro respeite as pessoas. É incrível como você ainda não tenha
entendido o porquê de ninguém aqui dentro nutrir algum sentimento de afeto por
você.
CE: Não gosto de puxa-sacos!
GG: Admirar e gostar de uma pessoa não quer dizer
que tenha de ser capacho dela. Você é um cara inteligente. Pena que não soube
usá-la a seu favor.
Ecklie fez uma cara feia e saiu bufando da sala de
convivência. Àquela altura, Grissom suava de nervoso.
SS: Calma, não se estresse. Não deixe que um
idiota desses faça seu sangue ferver.
GG: Ecklie é uma besta de marca maior. Ele pode
muito bem nos prejudicar.
CW: Ele não pode contra você. Sabe que o prefeito
e o xerife confiam exclusivamente em seu trabalho, Gil.
Horas mais tarde, todos já haviam ido embora, só
restavam Grissom e Sara, que estavam revendo uns relatórios na sala dele. Quer
dizer, ele, porque Sara estava com a cabeça apoiada ao braço, com o cotovelo na
mesa, com os olhos quase fechados. Foi quando Grissom percebeu que já havia
passado da hora.
GG: Está tarde, vamos embora, honey.
Sara estava tão exausta que nem sequer respondeu,
não tinha forças. E ela passou a se sentir assim nas semanas seguintes. Com muita sonolência, cansaço excessivo, fome e
algumas tonturas. A equipe estava na sala de convivência – exceto Grissom -
quando Sara sentiu mais uma de suas tonturas. Ela acabou deixando um copo de
café cair no chão.
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