GG:
A notícia de que a filha do casal assassinado sobreviveu saiu na imprensa. O
criminoso poderia estar a par disso, caso queira vir atrás de você.
SS:
Grissom, ele não sabe que Shelley está aqui. A princípio, está segura aqui.
GG:
Nada na vida é 100%, Sara.
SS:
Shelley ficará bem, eu garanto.
GG:
Sara, queria falar com você. Em particular, pode ser?
SM:
Ah, tudo bem, eu vou para o quarto, vou dormir.
Depois
que Shelley saiu...
SS:
A menina saiu. O que você queria me dizer que não podia ser na frente dela?
GG:
Isto!
Dominado
pelo impulso e pela paixão há tanto guardada no peito, Grissom passou as mãos
pela nuca, por baixo dos cabelos de Sara e a beijou intensamente. Ela,
apaixonada, embora surpresa, não resistiu ao clima de paixão e se entregou. Da
porta do quarto de hóspedes, Shelley sorriu satisfeita. Pelo menos aquela visão
ela apreciava. Depois, entrou e deitou-se na cama, onde adormeceu
imediatamente. Enquanto isso, na
sala, Sara se afastou dos lábios de Grissom, ainda com a respiração ofegante e
em estado de êxtase.
SS:
Isso está certo, Griss?
GG:
Nada é errado, Sara. Foi um beijo com paixão.
SS:
O que deu em você? Por que me beijou assim?
GG:
Porque senti desejo, e muito. Eu te amo, Sara. Você não faz idéia do tamanho do
meu amor.
SS:
Você bebeu pra me falar de amor?
Antes
que Grissom pudesse responder, um grito veio do quarto onde Shelley estava.
Assustados, os dois correram até onde ela estava. A jovem chorava
assustada.
SS:
O que foi, Shelley?
A
garota respirava aceleradamente. Sara correu até a cozinha pegar água. Assim
que ela bebeu, sentiu-se melhor.
GG:
Pode nos contar o que está acontecendo?
SM:
Tive uma visão terrível!
SS:
O que é desta vez?
SM:
Vi o rosto do criminoso!
GG:
E como ele é?
SM:
Horrível! Estou com medo, ele vai atacar novamente.
SS:
Não vai não. Estamos aqui.
Sara
abraçou a garota, que soluçava.
GG:
Shelley, preste atenção: você tem como saber onde o assassino se encontra?
SM:
Bem, eu...
Um
barulho de vidro se quebrando foi ouvido. A jovem arregalou os olhos. Sara
disse, em tom de voz baixa:
SS:
Será que ele está aqui, que descobriu Shelley?
GG:
Não sei. Minha arma está aqui, e a sua?
SS:
Fica no meu quarto.
GG:
Shelley, não saia daqui, ok?
SM:
Sim.
GG:
Sara, vou lhe dar cobertura para que você chegue até o quarto.
Grissom,
de arma em punho, espiou o corredor pra ver se havia alguém. Nada. Fez um sinal
para que Sara passasse. Ela conseguiu chegar até o quarto em segurança. Ao
reencontrar Grissom, os dois ouviram mais vidros sendo quebrados. Em posição
defensiva, ficaram de campana à espera do assassino. Sara conversou em códigos
com Grissom, combinando estratégias. Ele foi para um lado e ela, para um outro. Ao chegar na sala,
Sara deu de cara com um homem todo de preto, com a arma apontada pra ela.
##:
Solte a arma, mocinha.
SS:
Quem é você? E o que faz na minha casa?
##:
Você tem algo que me pertence.
Grissom
chegou naquele momento.
GG:
Solte sua arma.
##:
Não me faça atirar em você. Só vim pegar o que é meu.
SS:
Não tem nada seu aqui. Solte sua arma se não quiser que eu atire em você.
##:
Entregue o que é meu!
GG:
Do que você está falando?
##:
Sei que Shelley está aqui. Quero que entreguem-me.
SS:
E porque nós faríamos isso?
##:
Shelley é minha filha!
GG:
Como sua filha? Os pais dela foram mortos. E pelo visto, por você.
##:
Eles eram pais adotivos dela. Eu sou o pai biológico.
GG:
Só um exame de DNA pode provar isso. Em todo caso, não a entregaremos. Não
sabemos quem você é.
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