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Premonições - cap. 3


No dia da interrogação, Shelley estava muito nervosa, por isso procurou ficar o tempo todo perto de Sara. Brass e Grissom iriam interrogá-la, mas ela exigiu a presença da perita na sala.

JB: Muito bem, garota. Meu nome é Jim Brass, sou capitão da polícia de lãs Vegas. Houve um crime brutal em sua residência. Poderia nos dizer o que aconteceu de fato?

Ela olhou desconfiada para ele e Grissom. Sentiu-se insegura, mas o olhar de Sara para ela dizia “pode ir em frente com segurança”.

SM: Bem... Eu não vi o crime. Mas ouvi quando invadiram a minha casa. Eram vozes de três homens. Meus pais estavam na sala de estar, assistindo à TV. Eu estava no meu quarto. Quando ouvi os tiros, me escondi no porão secreto que fica no chão do meu quarto. Sei que eles entraram logo em seguida, mas não conseguiram me localizar.  Fiquei escondida até a chegada da polícia.
                                                                                                                                           GG: De onde você estava não pôde ver quem estava no seu quarto?
SM: Já disse que não!
JB: Sabe se seus pais tinham inimigos, ou que alguém tivesse motivos para matá-los?
SM: Não, senhor.
JB: Você tem algo que esteja nos escondendo?
SM: Por favor, me deixem em paz! Estou sofrendo demais, respeitem a minha dor!

Shelley começou a chorar e foi amparada por Sara.

SS: Ela ainda está muito fragilizada. Vou levá-la para casa.
GG: Sara, sabe que pode estar correndo riscos mantendo Shelley em sua casa.
SS: Oras, Grissom, sei me cuidar.
GG: Sei que sabe.

Shelley olhou para os dois e pela primeira vez sorriu. Sara, com um sorrisinho de lado, quis saber.

SS: Ei, o que foi?
SM: Vocês dois...
GG: O que tem Sara e eu, Shelley? – Grissom levantou a sobrancelha, curioso.
Até Brass ficou intrigado com a insinuação da garota. Tinha suas desconfianças e esperava ter uma confirmação.

SM: Bem, estava reparando em vocês dois e vi uma luz muito bonita entre os dois.
SS: Que tipo de luz? Do que você está falando, Shelley?
SM: É... uma luz de amor.

Sara, Grissom e Brass arregalaram os olhos. Que raio de conversa era aquela?

GG: Amor?
SM: Sim. Sei que sou jovem, mas não sou burra. Quando olho para Sara, vejo um fogo ardendo, uma paixão muito grande. E sei que é por sua causa.

Sara queria enfiar a cara num buraco ou sumir dali. Seu rosto ficou tão vermelho que chegou a arder, tamanha a vergonha. Grissom olhou sério para a garota. Depois, deu uma discreta observada em Sara e percebeu o desconcerto dela, tão grande quanto o seu. Brass manteve-se sério, embora por dentro estivesse às gargalhadas de satisfação por ter agora a certeza de que seus amigos se amavam, mas como dois cabeças-duras, não se entregavam logo às delícias do amor.

SS: De onde você tirou isso, Shelley?
SM: Não precisa ser mágico pra ver a magia do amor entre os dois. Só não entendo porque não querem ficar juntos.
GG: Bem, o interrogatório terminou. Qualquer coisa, você será chamada novamente a depor, Shelley.

Sara percebeu que Grissom desejava não tocar naquele assunto. E ela também ficara muito desconcertada. Brass saiu da sala primeiro, e os dois tiveram o momento propício para trocar olhares. Shelley observou a cena e novamente sorriu satisfeita. Naquela noite, Sara estava mais pensativa e calada.  Sentada no sofá, com a almofada entre as pernas, pensando em Grissom. Shelley apareceu na sala.

SM: Posso ficar aqui com você, Sara?
SS: Claro!
SM: Sabe, eu posso até ter falado o que não devia, mas eu sei que você o grisalhão se amam. O amor é coisa boa, não tem porque fugir dele.
SS: Você é muito jovem para entender de amor, Shelley. Não é algo simples. Não se pode prever quando ele acontece, nem se seremos correspondidas.
SM: Mas eu sinto isso, Sara. Da mesma forma que eu posso ver, eu também posso sentir.

Sara deu um suspiro.

SS: Acho melhor a gente dormir, está tarde.
SM: Boa noite.
SS: Boa noite.

Sara deitou-se em sua cama e, antes de fechar os olhos, ficou pensando no que a jovem Shelley dissera. Mas não adiantava somente ela nutrir um sentimento especial por Grissom, se ele não a correspondia. Acabou adormecendo. No entanto, cerca de vinte minutos depois, Sara foi acordada por um grito vindo do quarto onde Shelley estava. Correu pra lá e a encontrou chorando.

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