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Premonições - cap. 2


CW: Você nem a conhece, Sara. Sabe lá quem ela é, se foi ela quem cometeu o crime... E se o assassino descobrir que ela esteja com você e resolve vir atrás?
SS: Sei me defender, Catherine. Mas eu vou protegê-la, sinto que preciso fazer isso.
CW: Cuidado então, Sara.

Após o expediente, Sara foi para casa com Shelley. Em casa, a perita fez com que a garota ficasse mais relaxada.

SS: Pode ficar relaxada, Shelley. Minha casa é humilde, mas bem aconchegante.
SM: Tudo bem. Não se preocupe, dona.
SS: Pode me chamar de Sara.
SM: Ok, Sara.

Sara ofereceu o quarto de hóspedes para a adolescente, que ficou grata e logo se recolheu. A perita, cansada, foi deitar-se. No meio da madrugada, ela ouviu uns gemidos, até que um grito foi ouvido. Alarmada, pegou sua arma e foi até o quarto. Ao chegar, encontrou Shelley sentada, assustada, respirando aceleradamente.

SS: O que foi, Shelley?! Porque esses gritos?
SM: Estou com medo, Sara!

Sara sentou na cama e a jovem a abraçou. A perita, mesmo sem saber o que dizer, abraçou-a de volta. 

SS: Fique calma. Você deve ter tido um pesadelo. Vai passar.
SM: Não foi um pesadelo, Sara. Quer dizer, mais ou menos.
SS: Não estou entendendo.
SM: Estava me lembrando do assassinato dos meus pais. Eles morreram da maneira que eu vi durante um sonho.
SS: Você matou seus pais, Shelley? – Sara levantou a sobrancelha.
SM: Não, claro que não. Mas eu tive a visão do que iria acontecer. Não foi por vontade própria, aconteceu naturalmente. E eu não pude salvá-los. Me sinto muito culpada por não ter conseguido protegê-los e salvá-los.
SS: Não se culpe. Muitas coisas que acontecem estão fora do nosso controle ou vontade.
SM: Mas eu não quero sentir essas sensações que tenho. É horrível!
SS: Me diga uma coisa. Foi a primeira vez que você teve uma premonição?

Shelley deu um suspiro profundo. Era um assunto muito difícil para ela.

SM: Não, Sara, não foi. E sei que não será a última vez.
SS: Como pode saber, Shelley? Essas coisas são imprevisíveis.
SM: Eu tive uma visão de um outro crime que irá acontecer, Sara.
SS: Como?! – Sara assustou-se – Fale melhor disso, Shelley.
SM: É algo muito difícil de dizer, porque são cenas horríveis que vejo.
SS: Então esse assassinato com seus pais não foi a primeira visão que você teve.
SM: Não. Começou há algum tempo atrás, e eu sei que preciso fazer algo para evitar que novos crimes aconteçam.
SS: Você sabe como controlar seus pensamentos, visões?
SM: Não, Sara. Eu li que essas coisas são naturais, que cada pessoa tem um dom, seja para ver, ouvir, sentir. Não se dá para cortar ou controlar. Ou você acha que eu queria ficar vendo pessoas sendo mortas?
SS: É claro que não. Bem, deite-se e durma bem. Amanhã tenho certeza de que você estará melhor.
SM: Obrigada por me tratar bem. Você tem a doçura e a firmeza da minha mãe. Vou sentir muita falta dela e de meu pai.
SS: Você vai superar tudo isso, Shelley.
SM: Boa noite, Sara.
SS: Boa noite.

No dia seguinte, a jovem parecia bem melhor.

SS: Shelley, eu preciso ir trabalhar. Você fique aqui, por segurança, ok?
SM: Tudo bem, Sara.
SS: Aqui está o número do meu celular. Qualquer coisa, me ligue, sim?
SM: Ok.

No lab, Grissom foi logo procurando por Sara, que estava no lock.

GG: Estava te procurando.
SS: Estou aqui, Grissom.
GG: A garota será chamada para depor.
SS: Entendo.
GG: Acredita que ela sabe sobre o assassino?
SS: Como assim?
GG: Que ela tenha visto o rosto dele.
SS: Não sei te dizer, Grissom.
GG: Mas ela não está na sua casa?
SS: Sim. Até conversamos um pouquinho, mas Shelley está um pouco arredia e introspectiva. Natural, acabou de perder os pais naturalmente. Mas não quero forçar nada. Se ela tiver vontade de se abrir, vou escutá-la com prazer.
GG: Traga-a à delegacia amanhã, ok?
SS: Certo.

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