Estava entretida lendo um livro de detetive
sexual quando escutou a campainha tocar. “À essa hora da noite, e num temporal
desses, quem poderá ser?”, pensou. Levou um susto ao ver Grissom todo ensopado,
parado em sua porta.
SS: Griss? Você aqui a essa hora?
Ele deu de ombros e sorriu.
SS: O que houve? Seu carro quebrou, ou o
quê?
GG: Eu... Será que eu poderia entrar?
SS: Claro, entre.
Grissom entrou, mas ficou perto da porta,
pois suas roupas estavam encharcadas, e o chão virou uma poça.
SS: Espere, vou buscar uma toalha pra você.
Sara foi ao quarto e voltou com um roupão.
SS: Acho melhor você tirar essas roupas
antes que pegue um resfriado. E me dê as suas para eu colocar na secadora.
GG: Não precisa se preocupar.
SS: É um raciocínio lógico, Grissom. Chuva
mais roupa molhada no corpo é igual a resfriado.
Ele sorriu e foi ao banheiro. Poucos
minutos depois, estava de volta com as roupas nas mãos.
GG: Tome.
SS: Você fica engraçado de roupão. Jamais
pensei em vê-lo assim. Bem, vou até a área de serviço levar as roupas, já
volto. Sente-se no sofá e fique á vontade. Vou fazer um café pra te aquecer.
GG: Obrigado.
Grissom sentou-se no sofá e observava a
decoração da sala de Sara. Havia várias fotos dela por lá, da infância aos dias
atuais. Uma que chamou a atenção dele era uma dos dois juntos em São Francisco. A mesma que ele possuía. Enquanto isso,
Sara levou um susto ao separar as peças pra pôr na secadora: até a cueca
Grissom havia tirado! “Não acredito que ele está nu!”. Riu consigo mesma e,
depois de guardar as roupas na máquina, preparou o café e levou até a sala.
GG: Não precisava se incomodar, Sara. Não
pretendo demorar.
SS: Bem, se você se dispôs a sair de casa
nessa chuva, algum motivo forte tinha. E depois, um cafezinho quente sempre faz
bem para o corpo no frio. Experimente!
Depois de alguns goles, Grissom pôs a
xícara na mesinha central e iniciou um bate-papo com Sara.
GG: Sara, você... se lembra de quando nos
conhecemos em São Francisco?
Apesar de ter sido pega de surpresa com
aquela pergunta, Sara procurou ficar segura de si e não demonstrar que
continuava completamente apaixonada.
SS: Bem, eu me lembro sim, Griss. Afinal,
não foi apenas uma noite nos seus braços, foram várias... Mas porque trazer o
passado pra cá? Qual o seu interesse em saber se eu me lembro disso?
GG: Queria dizer que nunca esqueci. Pode
parecer algo inusitado pra você, saber o que estou dizendo, talvez porque
sempre fui um homem centrado no trabalho. O que não signifique que eu não
possua quaisquer sentimentos. Na verdade... eu não tinha até te conhecer.
SS: Como?! Não estou te entendendo, Gilbert
Grissom!
Ele se aproximou de Sara, tentando se
desvencilhar dos próprios medos.
GG: Você deve achar que eu sou uma besta
quadrada, um homem frio e insensível. Na verdade, sou um homem reservado e que
procura preservar sua vida o máximo possível. Como poderia abrir meu coração a
qualquer uma? E que mulher mereceria meu amor da melhor forma possível?
SS: Acho que você é um convencido, Griss!
GG: Não sou melhor do que ninguém, Sara,
sou um homem, repleto de defeitos e virtudes, um simples mortal. Mas também
tenho minhas qualidades.
SS: Claro que tem! E eu as admiro todas...
Inteligente, trabalhador... Mas afinal, Grissom... aonde você quer chegar?
GG:
Aqui!
Grissom chegou em Sara com intensidade,
acariciando suas longas e finas pernas, e com um beijo que poderia fazê-la
sonhar a vida inteira. Ela ainda tentou se desvencilhar, as o fogo do homem era
evidente – também pelo fato de ele estar sem cueca, o que facilitou ainda mais
a sensação de excitamento por parte dele. Ainda sentado no sofá, Grissom
retirou o roupão, ficando completamente nu. Sara ficou um pouco envergonhada; já o
tinha visto nu antes, mas já fazia tanto tempo que não se sentia mais à vontade
para olhar o órgão dele sem sentir vergonha.
GG: O que foi? É tão feio assim?
SS (rindo): Não, é que tem muito tempo, né
Griss? Eu já nem me lembrava como ele era!
GG: Mas vai se lembrar como ele trabalha...
Vem cá, vem...
Grissom retirou a camiseta de Sara e
depois, lentamente, foi puxando a calcinha branca de renda dela pra baixo com
ajuda da boca. Com isso, ela estava prestes a gozar
enlouquecidamente. O supervisor continuou nas carícias,
altamente excitado. Na ânsia de possuí-la, penetrou-a com um pouco de força,
fazendo com que Sara gemesse. O movimento começou lento, mas, devido ao alto
grau de desejo e tesão, Grissom acelerou e o prazer foi ampliando-se mais a
cada movimento e gemido. Suados e arfantes ao extremo, os dois foram ao clímax
e gozaram. Naquela altura, haviam se esquecido que estava fazendo frio – eles
haviam incendiado a casa com o fogo de seus corpos. E assim adormeceram. Na manhã seguinte, Grissom acordou e levou
um susto ao se ver nu... ao lado de Sara, que dormia suavemente, feito um anjo
em estado de êxtase. Imediatamente levantou-se do sofá e foi até a área de
serviço, onde as roupas estavam secas na secadora. Depois de vestir as roupas,
voltou à sala. Pretendia sair sem acordar Sara, mas esbarrou na mesinha e um
pequeno barulho fez com que despertasse.
SS: Hum... já acordou?
GG: Sim, estou indo pra casa e depois vou
para o lab.
Sara sentiu um tom de voz frio por parte de
Grissom e queria entender.
SS: Não vá agora, venha comigo, eu preparo
um lanche bem gostoso pra você.
GG: Obrigado, mas não. Preciso mesmo ir pra
casa. E você precisa estar no lab dentro de uma hora.
SS: Já se esqueceu da noite anterior?
GG: Ela não deveria ter acontecido.
SS: Peraí! Não fui eu quem te chamou aqui!
Você veio com suas próprias pernas, e agora chama o que houve entre nós de
erro?! Vá com calma, Griss, é muito pra minha
cabeça!
GG: Sara, eu havia bebido um pouco, nem
estava com meus reflexos normais. Parei aqui porque também não podia prosseguir
dirigindo estando quase bêbado.
SS: Não parecia bêbado quando falou de nós
em São Francisco! – ela já tinha os olhos cheios d’água.
GG: Mas não poderia em hipótese alguma
remexer no passado e trazer à tona algo que ficou pra trás. Por favor, ponha-se
no meu lugar. Você mexe com a minha cabeça de tal forma que eu viro outra
pessoa quando estou perto, sua presença me faz sentir um outro homem. Mas penso
que não daríamos certo, você é jovem, charmosa, cheia de vida, e eu sou um
velho chato cheio de manias. Logo se cansaria de mim.
SS: E quem você pensa que é pra dizer o que
eu penso ou não? Você não está dentro de mim pra saber! Quando
me entreguei a você em São Francisco já havia essa diferença entre nós, e não
foi nenhum empecilho. Ou vai me dizer que sentiu isso quando fizemos amor
várias vezes?
Grissom se calou. A verdade era algo que
ele não contestava. No entanto, seus medos pareciam maiores
diante da paixão que sentia por aquela mulher. Ele tinha muitos medos... Medo
de amá-la mais do que podia, do que deveria. Medo de tê-la e depois perdê-la.
Mas também tinha o medo de não tê-la, e passar a vida sem a mulher que amava,
que desejava, que necessitava urgentemente ao seu lado. E vê-la com lágrimas
nos olhos por sua culpa mexia com seu coração. Mas, para acabar logo com aquele
sofrimento, disse um “até logo” e saiu, deixando uma Sara arrasada. Ela sentou-se no chão e chorou
intensamente. Doía sentir-se usada e rejeitada – mais uma vez – pelo homem que
tanto amava, o qual pensava ser o homem de sua vida. Chorou mais um pouco,
levantou-se e foi até o banheiro, onde prometeu, olhando a si mesma, jamais
voltar a sofrer por homem algum.
0 comentários:
Postar um comentário