RSS

Marcas de amor - cap. 3


Estava entretida lendo um livro de detetive sexual quando escutou a campainha tocar. “À essa hora da noite, e num temporal desses, quem poderá ser?”, pensou. Levou um susto ao ver Grissom todo ensopado, parado em sua porta.

SS: Griss? Você aqui a essa hora?

Ele deu de ombros e sorriu.

SS: O que houve? Seu carro quebrou, ou o quê?
GG: Eu... Será que eu poderia entrar?
SS: Claro, entre.

Grissom entrou, mas ficou perto da porta, pois suas roupas estavam encharcadas, e o chão virou uma poça.

SS: Espere, vou buscar uma toalha pra você.

Sara foi ao quarto e voltou com um roupão.

SS: Acho melhor você tirar essas roupas antes que pegue um resfriado. E me dê as suas para eu colocar na secadora.
GG: Não precisa se preocupar.
SS: É um raciocínio lógico, Grissom. Chuva mais roupa molhada no corpo é igual a resfriado.

Ele sorriu e foi ao banheiro. Poucos minutos depois, estava de volta com as roupas nas mãos. 

GG: Tome.
SS: Você fica engraçado de roupão. Jamais pensei em vê-lo assim. Bem, vou até a área de serviço levar as roupas, já volto. Sente-se no sofá e fique á vontade. Vou fazer um café pra te aquecer.
GG: Obrigado.

Grissom sentou-se no sofá e observava a decoração da sala de Sara. Havia várias fotos dela por lá, da infância aos dias atuais. Uma que chamou a atenção dele era uma dos dois juntos em São Francisco. A mesma que ele possuía. Enquanto isso, Sara levou um susto ao separar as peças pra pôr na secadora: até a cueca Grissom havia tirado! “Não acredito que ele está nu!”. Riu consigo mesma e, depois de guardar as roupas na máquina, preparou o café e levou até a sala.

GG: Não precisava se incomodar, Sara. Não pretendo demorar.
SS: Bem, se você se dispôs a sair de casa nessa chuva, algum motivo forte tinha. E depois, um cafezinho quente sempre faz bem para o corpo no frio. Experimente!

Depois de alguns goles, Grissom pôs a xícara na mesinha central e iniciou um bate-papo com Sara.

GG: Sara, você... se lembra de quando nos conhecemos em São Francisco?

Apesar de ter sido pega de surpresa com aquela pergunta, Sara procurou ficar segura de si e não demonstrar que continuava completamente apaixonada.

SS: Bem, eu me lembro sim, Griss. Afinal, não foi apenas uma noite nos seus braços, foram várias... Mas porque trazer o passado pra cá? Qual o seu interesse em saber se eu me lembro disso?
GG: Queria dizer que nunca esqueci. Pode parecer algo inusitado pra você, saber o que estou dizendo, talvez porque sempre fui um homem centrado no trabalho. O que não signifique que eu não possua quaisquer sentimentos. Na verdade... eu não tinha até te conhecer.
SS: Como?! Não estou te entendendo, Gilbert Grissom!

Ele se aproximou de Sara, tentando se desvencilhar dos próprios medos.

GG: Você deve achar que eu sou uma besta quadrada, um homem frio e insensível. Na verdade, sou um homem reservado e que procura preservar sua vida o máximo possível. Como poderia abrir meu coração a qualquer uma? E que mulher mereceria meu amor da melhor forma possível?
SS: Acho que você é um convencido, Griss!
GG: Não sou melhor do que ninguém, Sara, sou um homem, repleto de defeitos e virtudes, um simples mortal. Mas também tenho minhas qualidades.
SS: Claro que tem! E eu as admiro todas... Inteligente, trabalhador... Mas afinal, Grissom... aonde você quer chegar?
GG: Aqui!
                         
Grissom chegou em Sara com intensidade, acariciando suas longas e finas pernas, e com um beijo que poderia fazê-la sonhar a vida inteira. Ela ainda tentou se desvencilhar, as o fogo do homem era evidente – também pelo fato de ele estar sem cueca, o que facilitou ainda mais a sensação de excitamento por parte dele. Ainda sentado no sofá, Grissom retirou o roupão, ficando completamente nu. Sara ficou um pouco envergonhada; já o tinha visto nu antes, mas já fazia tanto tempo que não se sentia mais à vontade para olhar o órgão dele sem sentir vergonha.

GG: O que foi? É tão feio assim?
SS (rindo): Não, é que tem muito tempo, né Griss? Eu já nem me lembrava como ele era!
GG: Mas vai se lembrar como ele trabalha... Vem cá, vem...

Grissom retirou a camiseta de Sara e depois, lentamente, foi puxando a calcinha branca de renda dela pra baixo com ajuda da boca. Com isso, ela estava prestes a gozar enlouquecidamente. O supervisor continuou nas carícias, altamente excitado. Na ânsia de possuí-la, penetrou-a com um pouco de força, fazendo com que Sara gemesse. O movimento começou lento, mas, devido ao alto grau de desejo e tesão, Grissom acelerou e o prazer foi ampliando-se mais a cada movimento e gemido. Suados e arfantes ao extremo, os dois foram ao clímax e gozaram. Naquela altura, haviam se esquecido que estava fazendo frio – eles haviam incendiado a casa com o fogo de seus corpos. E assim adormeceram. Na manhã seguinte, Grissom acordou e levou um susto ao se ver nu... ao lado de Sara, que dormia suavemente, feito um anjo em estado de êxtase. Imediatamente levantou-se do sofá e foi até a área de serviço, onde as roupas estavam secas na secadora. Depois de vestir as roupas, voltou à sala. Pretendia sair sem acordar Sara, mas esbarrou na mesinha e um pequeno barulho fez com que despertasse.

SS: Hum... já acordou?
GG: Sim, estou indo pra casa e depois vou para o lab.

Sara sentiu um tom de voz frio por parte de Grissom e queria entender.

SS: Não vá agora, venha comigo, eu preparo um lanche bem gostoso pra você.
GG: Obrigado, mas não. Preciso mesmo ir pra casa. E você precisa estar no lab dentro de uma hora.
SS: Já se esqueceu da noite anterior?
GG: Ela não deveria ter acontecido.
SS: Peraí! Não fui eu quem te chamou aqui! Você veio com suas próprias pernas, e agora chama o que houve entre nós de erro?! Vá com calma, Griss, é muito pra minha cabeça!
GG: Sara, eu havia bebido um pouco, nem estava com meus reflexos normais. Parei aqui porque também não podia prosseguir dirigindo estando quase bêbado.
SS: Não parecia bêbado quando falou de nós em São Francisco! – ela já tinha os olhos cheios d’água.
GG: Mas não poderia em hipótese alguma remexer no passado e trazer à tona algo que ficou pra trás. Por favor, ponha-se no meu lugar. Você mexe com a minha cabeça de tal forma que eu viro outra pessoa quando estou perto, sua presença me faz sentir um outro homem. Mas penso que não daríamos certo, você é jovem, charmosa, cheia de vida, e eu sou um velho chato cheio de manias. Logo se cansaria de mim.
SS: E quem você pensa que é pra dizer o que eu penso ou não? Você não está dentro de mim pra saber! Quando me entreguei a você em São Francisco já havia essa diferença entre nós, e não foi nenhum empecilho. Ou vai me dizer que sentiu isso quando fizemos amor várias vezes?
  
Grissom se calou. A verdade era algo que ele não contestava. No entanto, seus medos pareciam maiores diante da paixão que sentia por aquela mulher. Ele tinha muitos medos... Medo de amá-la mais do que podia, do que deveria. Medo de tê-la e depois perdê-la. Mas também tinha o medo de não tê-la, e passar a vida sem a mulher que amava, que desejava, que necessitava urgentemente ao seu lado. E vê-la com lágrimas nos olhos por sua culpa mexia com seu coração. Mas, para acabar logo com aquele sofrimento, disse um “até logo” e saiu, deixando uma Sara arrasada. Ela sentou-se no chão e chorou intensamente. Doía sentir-se usada e rejeitada – mais uma vez – pelo homem que tanto amava, o qual pensava ser o homem de sua vida. Chorou mais um pouco, levantou-se e foi até o banheiro, onde prometeu, olhando a si mesma, jamais voltar a sofrer por homem algum.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário