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Longe dos olhos, perto do coração - cap. 5



SS: Quem é?
GG: Apenas me escute, Sara. Estou em São Francisco e preciso encontrá-la.
SS: Grissom?
GG: Onde você está?
SS: O que está acontecendo? Alguém arrombou a porta do meu quarto, mas não conseguiu me pegar!
GG: Sean Peters é o mandante do assassinato da esposa, e imagino que ele tente acabar com você também.
SS: Acho que ele viu a mensagem de Catherine no meu celular, só pode.
GG: Você corre grande perigo! Me diga onde está e permaneça escondida. Vou te buscar para irmos embora.

Sara passou as coordenadas a Grissom e se escondeu. Mas ouviu um barulho e tentou sair dali, da maneira que uma csi sabe fazer. O problema é que estava desarmada, e não tinha como se defender de um tiro. Ela avistou um vulto e correu. Na fuga, acabou deixando a pequena mala. Pelo menos seus documentos e dinheiro estavam consigo. Avistou um prédio e procurou um lugar para se esconder. Ela não poderia ter encontrado um lugar mais medonho: o lugar estava completamente deserto, e os corredores vazios. A sensação de perigo aumentava. O coração acelerava mais forte. Até que...

SS: Aaaah!

Ao virar-se, Sara deu de cara com Grissom.

SS: Você quase me matou de susto, Griss!
GG: O que você está fazendo num lugar como esse, Sara? Além de deserto, é assustador. Além do quê, você poderia ser facilmente encontrada por qualquer tipo de criminoso.
SS: Vi um vulto lá fora e tentei me esconder. Você encontrou minha mala?
GG: Foi o que me fez encontrá-la aqui. Anda, vamos sair daqui. Está ficando mais escuro.

Sara estava assustada, mas ao lado de Grissom, sentia-se segura. Já passavam das dez da noite e as ruas estavam um pouco desertas.

GG: Vamos pegar um táxi, precisamos ir para algum hotel descansar.
SS: Se estão atrás de mim vai acabar respingando em você.
GG: Não me importa ser atingido se eu puder salvá-la.

Por sorte, um táxi passou e eles entraram. No hotel, Grissom sugeriu:

GG: Depois do que aconteceu por aqui hoje, não seria bom que você ficasse sozinha.
SS: Quer ficar no mesmo quarto?
GG: Para sua segurança, Sara.
SS: Está bem.

Os dois ficaram em um quarto com cama de casal, porque a recepcionista deduziu que eles eram um casal.

GG: Não se preocupe que vou virar para o canto e dormir logo, ok?
SS: Mas eu não disse nada...
GG: Mas imagino que deva ter pensado...
SS: Porque não toma um banho?
GG: Não trouxe nenhuma peça de roupa quando vim.
SS: Como você vai de uma cidade a outra sem trazer nada?
GG: Eu vim apressado, para evitar que alguma coisa te acontecesse... não tem problema, durmo apenas de cueca.
SS: Bom, depois de todo esse susto e pânico, vou tomar um banho, estou suada.
GG: Faça isso.

Sara entrou no banheiro e deixou a porta entreaberta, deixando Grissom intrigado e ao mesmo tempo excitado. Ele tinha dúvidas quanto às intenções da perita ao não fechar a porta totalmente. Assim que escutou o barulho do chuveiro, ele não resistiu. Tirou as peças de roupa e, só de cueca, foi até lá. Nem pensou no que Sara poderia pensar, queria era estar com ela. A sós. Nus. Debaixo de um chuveiro. Ela levou um susto ao vê-lo ali apenas de cueca.

GG: Porque o espanto? Você está cansada de me ver assim!
SS: É porque não estamos mais juntos, então acho que não devemos ficar nus na frente do outro...
GG: Você não percebeu que eu vim atrás de você por amor? – ele tirava a cueca.
SS: Amor?
GG: Como eu poderia deixá-la sozinha, correndo perigo em outra cidade?
SS: Eu consegui escapar dos bandidos.
GG: Ainda estamos em São Francisco, o perigo ainda não passou.

A maneira com que Grissom olhava para Sara fez com que ela, naquele momento, esquecesse de tudo o que ocorrera no passado. Seu coração gritava de amor, e um sorriso enfim surgiu no rosto.

GG: Me permite esfregar suas costas?
SS: Fique à vontade!

Nu e excitado, Grissom juntou-se a ela no banho, onde, frente a frente, coração batendo forte, respiração ofegante, não puderam continuar negando o sentimento tão forte que vivia em ambos e se beijaram. Um beijo intenso, apaixonado, que somente os dois sabiam... Ninguém mais fazia como eles faziam, ninguém mais amava como eles amavam... Do banheiro para a cama foi um pulo. Os dois, cujo amor era tão grande, se entregaram e fizeram da cama de hotel o ninho onde os corações voltaram a bater no mesmo compasso, as almas se misturaram e os corpos se possuíram. De quebra, ainda geraram uma vida. Afundando as unhas nas costas de Grissom, Sara gemeu profundamente e ele, beijando o pescoço dela, transferiu para ela parte de si. Começava ali o milagre da vida gerada pelo amor... Depois do orgasmo, abraçados e entrelaçados, os dois se puseram a falar dos acontecimentos.

SS: Não acredito que estamos na mesma cama novamente...
GG: E será para sempre, se você quiser, querida...
SS: Mas eu nunca deixei de te amar, Gil!
GG: Nós dois erramos. Mas acho que esse tempo nos fez ver que estar juntos é a melhor coisa que podíamos ter feito. Além do quê, nessa situação de perigo, estar acompanhado é ainda melhor.
SS: Quero ir embora daqui.
GG: Amanhã cedo embarcamos de volta para Vegas. Esse crime está a um passo de ser desvendado.
SS: Espero que não tenhamos nenhuma surpresa.
GG: Não haverá.
SS: Assim seja.

Os dois ainda se amaram mais uma vez, por horas e depois dormiram. Dormiram o sono dos justos, mais do que merecido. O sono dos amantes. Pela manhã, embarcaram de volta para Vegas. Eles só não contavam com a presença de alguém no avião, que os observava sem ser notado. Ao aterrissar e Vegas, Sara mostrou-se aliviada.

SS: Estou me sentindo mais segura aqui. Com você e de volta a Vegas...
GG: Esse pesadelo vai terminar, te prometo.
SS: Vai pro meu apartamento?
GG: Vamos passar lá pra você pegar algumas roupas limpas e depois seguimos para o meu, ou melhor, o nosso apartamento.

Eles tomaram um táxi e seguiram para o apartamento de Sara.

GG: Tem alguma coisa errada.
SS: O que foi?

Grissom estava olhando para a janela do apartamento da perita, que dava para a rua. As luzes estavam acesas.

SS: Alguém invadiu meu apartamento!
GG: Vou avisar o Brass.

Depois que o supervisor fez a ligação...

SS: E o que faremos enquanto esperamos?
GG: Vamos tentar nos proteger.

Alguém surgiu na janela e apontou o revolver na direção dos dois.

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