SS: Quem é?
GG: Apenas me escute, Sara. Estou em São
Francisco e preciso encontrá-la.
SS: Grissom?
GG: Onde você está?
SS: O que está acontecendo? Alguém arrombou
a porta do meu quarto, mas não conseguiu me pegar!
GG: Sean Peters é o mandante do assassinato
da esposa, e imagino que ele tente acabar com você também.
SS: Acho que ele viu a mensagem de
Catherine no meu celular, só pode.
GG: Você corre grande perigo! Me diga onde
está e permaneça escondida. Vou te buscar para irmos embora.
Sara passou as coordenadas a Grissom e se
escondeu. Mas ouviu um barulho e tentou sair dali, da maneira que uma csi sabe
fazer. O problema é que estava desarmada, e não tinha como se defender de um
tiro. Ela avistou um vulto e correu. Na fuga, acabou deixando a pequena mala.
Pelo menos seus documentos e dinheiro estavam consigo. Avistou um prédio e
procurou um lugar para se esconder. Ela não poderia ter encontrado um lugar
mais medonho: o lugar estava completamente deserto, e os corredores vazios. A
sensação de perigo aumentava. O coração acelerava mais forte. Até que...
SS: Aaaah!
Ao virar-se, Sara deu de cara com Grissom.
SS: Você quase me matou de susto, Griss!
GG: O que você está fazendo num lugar como
esse, Sara? Além de deserto, é assustador. Além do quê, você poderia ser
facilmente encontrada por qualquer tipo de criminoso.
SS: Vi um vulto lá fora e tentei me
esconder. Você encontrou minha mala?
GG: Foi o que me fez encontrá-la aqui.
Anda, vamos sair daqui. Está ficando mais escuro.
Sara estava assustada, mas ao lado de
Grissom, sentia-se segura. Já passavam das dez da noite e as ruas estavam um
pouco desertas.
GG: Vamos pegar um táxi, precisamos ir para
algum hotel descansar.
SS: Se estão atrás de mim vai acabar
respingando em você.
GG: Não me importa ser atingido se eu puder
salvá-la.
Por sorte, um táxi passou e eles entraram.
No hotel, Grissom sugeriu:
GG: Depois do que aconteceu por aqui hoje,
não seria bom que você ficasse sozinha.
SS: Quer ficar no mesmo quarto?
GG: Para sua segurança, Sara.
SS: Está bem.
Os dois ficaram em um quarto com cama de
casal, porque a recepcionista deduziu que eles eram um casal.
GG: Não se preocupe que vou virar para o
canto e dormir logo, ok?
SS: Mas eu não disse nada...
GG: Mas imagino que deva ter pensado...
SS: Porque não toma um banho?
GG: Não trouxe nenhuma peça de roupa quando
vim.
SS: Como você vai de uma cidade a outra sem
trazer nada?
GG: Eu vim apressado, para evitar que
alguma coisa te acontecesse... não tem problema, durmo apenas de cueca.
SS: Bom, depois de todo esse susto e
pânico, vou tomar um banho, estou suada.
GG: Faça isso.
Sara entrou no banheiro e deixou a porta
entreaberta, deixando Grissom intrigado e ao mesmo tempo excitado. Ele tinha
dúvidas quanto às intenções da perita ao não fechar a porta totalmente. Assim
que escutou o barulho do chuveiro, ele não resistiu. Tirou as peças de roupa e,
só de cueca, foi até lá. Nem pensou no que Sara poderia pensar, queria era
estar com ela. A sós. Nus. Debaixo de um chuveiro. Ela levou um susto ao vê-lo ali apenas de
cueca.
GG: Porque o espanto? Você está cansada de
me ver assim!
SS: É porque não estamos mais juntos, então
acho que não devemos ficar nus na frente do outro...
GG: Você não percebeu que eu vim atrás de
você por amor? – ele tirava a cueca.
SS: Amor?
GG: Como eu poderia deixá-la sozinha, correndo
perigo em outra cidade?
SS: Eu consegui escapar dos bandidos.
GG: Ainda estamos em São Francisco, o
perigo ainda não passou.
A maneira com que Grissom olhava para Sara
fez com que ela, naquele momento, esquecesse de tudo o que ocorrera no passado.
Seu coração gritava de amor, e um sorriso enfim surgiu no rosto.
GG: Me permite esfregar suas costas?
SS: Fique à vontade!
Nu e excitado, Grissom juntou-se a ela no
banho, onde, frente a frente, coração batendo forte, respiração ofegante, não puderam
continuar negando o sentimento tão forte que vivia em ambos e se beijaram. Um
beijo intenso, apaixonado, que somente os dois sabiam... Ninguém mais fazia
como eles faziam, ninguém mais amava como eles amavam... Do banheiro para a cama foi um pulo. Os
dois, cujo amor era tão grande, se entregaram e fizeram da cama de hotel o
ninho onde os corações voltaram a bater no mesmo compasso, as almas se
misturaram e os corpos se possuíram. De quebra, ainda geraram uma vida.
Afundando as unhas nas costas de Grissom, Sara gemeu profundamente e ele,
beijando o pescoço dela, transferiu para ela parte de si. Começava ali o
milagre da vida gerada pelo amor... Depois do orgasmo, abraçados e
entrelaçados, os dois se puseram a falar dos acontecimentos.
SS: Não acredito que estamos na mesma cama
novamente...
GG: E será para sempre, se você quiser,
querida...
SS: Mas eu nunca deixei de te amar, Gil!
GG: Nós dois erramos. Mas acho que esse
tempo nos fez ver que estar juntos é a melhor coisa que podíamos ter feito.
Além do quê, nessa situação de perigo, estar acompanhado é ainda melhor.
SS: Quero ir embora daqui.
GG: Amanhã cedo embarcamos de volta para
Vegas. Esse crime está a um passo de ser desvendado.
SS: Espero que não tenhamos nenhuma
surpresa.
GG: Não haverá.
SS: Assim seja.
Os dois ainda se amaram mais uma vez, por
horas e depois dormiram. Dormiram o sono dos justos, mais do que merecido. O
sono dos amantes. Pela manhã, embarcaram de volta para Vegas. Eles só não
contavam com a presença de alguém no avião, que os observava sem ser notado. Ao
aterrissar e Vegas, Sara mostrou-se aliviada.
SS: Estou me sentindo mais segura aqui. Com
você e de volta a Vegas...
GG: Esse pesadelo vai terminar, te prometo.
SS: Vai pro meu apartamento?
GG: Vamos passar lá pra você pegar algumas
roupas limpas e depois seguimos para o meu, ou melhor, o nosso apartamento.
Eles tomaram um táxi e seguiram para o
apartamento de Sara.
GG: Tem alguma coisa errada.
SS: O que foi?
Grissom estava olhando para a janela do
apartamento da perita, que dava para a rua. As luzes estavam acesas.
SS: Alguém invadiu meu apartamento!
GG: Vou avisar o Brass.
Depois que o supervisor fez a ligação...
SS: E o que faremos enquanto esperamos?
GG: Vamos tentar nos proteger.
Alguém surgiu na janela e apontou o
revolver na direção dos dois.
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