HP:
Essa não! Eu estava certo!
GG:
Você está por trás disso, Hank?
HP:
Já disse que não! Jamais faria mal à minha filha nem a Sara. Como já disse, sou
um novo homem. Precisamos interceptar o aeroporto, ela me disse que iria fazer
uma viagem por conta da irmã.
Grissom
ligou para Brass avisando e ele foi com seus homens para o aeroporto.
Fizeram
uma busca, patrulharam em todos os cantos, revistaram todos os aviões, mas não
tiveram nenhum resultado positivo.
JB:
Deve ter se mandado de carro. Precisamos espalhar fotografias dela pela cidade,
e mandar para outros lugares, caso ela tenha saído de Vegas.
A
equipe agiu com rapidez, e logo o rosto de Paula Campbell estampava as páginas
de jornais e tevês. Agora era considerada uma foragida, sendo a principal
suspeita de ter mandado atropelar Sara. Mas ainda havia o comparsa por aí. No
lab, Archie analisou as fitas das câmeras da rua onde Grissom morava e
conseguiu, utilizando um recurso avançado de aproximação de imagens, o número e
as letras da placa do automóvel preto que pegou Sara em cheio. Com isso,
conseguiram chegar ao sujeito que ajudou Paula em seu maquiavélico plano.
JB:
Nome completo e idade.
JH: John Howard, 34
anos.
JB:
Senhor Howard, quem o contratou para atropelar a senhorita Sidle?
JH:
Paula Campbell.
JB:
Ela seria...?
JH:
Esposa de Hank Peddigrew.
JB:
Ela lhe contou o motivo para fazer isso?
JH:
Ela queria se livrar da mulher que teve uma filha com o esposo dela, já que ele
não pretende ter mais filhos, e é uma mulher louca por ele.
JB:
Ela falou só da mãe da menina? Não chegou a mencionar o nome de Ellen
Peddigrew?
JH:
Se pretende fazer alguma coisa, pode ser que talvez tente, já que ela sumiu.
JG:
Você não teve mais contato depois que a ajudou a fugir da cena do crime?
JH:
Apenas a deixei mais distante dali, depois fui embora.
JB:
Então não saberia me dizer onde ela está?
JH:
Não, eu realmente não sei onde ela está. Mas pode ser que volte.
Grissom,
que acompanhava o interrogatório da outra sala com Catherine, sentiu o sangue
ferver. A amiga apenas o observava lamentando tudo. De repente o celular do
supervisor tocou. E Grissom ficou pálido. E agitado, num misto de horror e
desespero.
CW:
O que foi, Gil? Aconteceu alguma coisa?
GG:
Era o médico de Sara. Estou indo para o hospital agora.
CW:
O que aconteceu com ela?
GG:
Sara acabou de entrar em coma!
CW:
Traga notícias!
Grissom
acelerou com o carro até o hospital.
DR:
Que bom que veio, senhor Grissom.
GG:
Como está minha mulher, doutor. Você disse que ela entrou em coma!
DR:
Coma induzido, na verdade. Ela ainda está em quadro de moderado para grave, a
sedação foi introduzida para termos uma noção de como ela irá reagir.
GG:
Entendo...
DR:
O senhor não pode nem deve perder as esperanças. Sua esposa teve uma queda
muito feia e fraturou a perna direita, mas está medicada e, se depois de 72
horas ela reagir bem, será retirada do coma.
GG:
Eu poderia vê-la?
DR:
Claro. Apenas siga o protocolo e pode entrar em seguida.
Grissom
entrou na unidade intensiva devidamente vestido, para não passar bactérias da
rua para a mulher. Ao vê-la inconsciente, recordou-se de quando ela fora vítima
de uma maluca feito Natalie Davis; recordou-se do momento em que a encontraram
sob o sol escaldante do deserto de Vegas. Aquela imagem jamais saíra de sua
cabeça. Desolado ao ver a mulher que tanto amava naquela situação, Grissom
sentou-se na cadeira ao lado da cama e ficou fitando-a, como se velasse seu
sono. Em pensamento, fez novas promessas de amor:
“Nunca
pensei que tornaria a vê-la em uma situação tão ruim, minha querida. Prometi
cuidar de você e nunca deixar que nada lhe acontecesse. Mas aconteceu, e eu não
estava lá pra impedir isso. Nunca deixei de amar Ellen como sendo uma filha
minha, porque o amor de pai não difere de filho biológico do não-biológico. Eu
encontrei Hank e o senti mudado. Pode ser que eu me engane mais para frente,
mas do que eu vi agora gostei. Sei que ele não vai tirar a menina de você, de
nós, o problema é a mulher dele. Enfim, minha querida, quando você sair daqui,
vou enchê-la de beijos, que vai protegê-la com meu amor. Eu sempre vou te amar,
nunca duvide disso”.
Enquanto
Grissom fazia promessas em silêncio, na casa do casal, o terror retornara.
Paula aparecera e espancou a babá, que caiu desacordada. Aproveitando a
situação, foi ao quarto das meninas e arrancou Ellen de lá à força. Depois
trancou Anne no quarto e sumiu com a chave. Enquanto a caçula do casal chorava
no quarto, batendo na porta, a ciumenta mulher amordaçou e amarrou a pequena
filha de seu marido – apesar de não ter culpa alguma das frustrações de Paula,
Ellen seria muito castigada pelo simples fato de existir. Colocou-a no banco de
trás e a cobriu com cobertor, saindo dali cantando pneus. Disfarçada com uma peruca
loira e um chapéu, Paula não fora reconhecida por onde passou com o carro. Assim,
conseguiu chegar ao destino sem ser perturbada. Sozinha, sem comparsas, já que
ele fora preso. Agora era apenas Paula e Ellen frente a frente. Nem mesmo a
inocência da criança tirava o ódio de seu coração duro. As lágrimas que caíam
do par de olhos azuis da menina não comoveu em nenhum minuto a perversa mulher,
que aproveitou estar sozinha com a criança e a espancou muito, batendo com
pedaços de pau, chinelada e até mesmo um chicote que havia por ali. Sem
saber por que apanhava e sem conseguir gritar, já que estava com uma fita
calando sua boquinha, Ellen desmaiou com o corpo completamente machucado e
sangrando. A última coisa que a menina pensou antes de desacordar foi “eu te
amo, mamãe”. E caiu. E Paula soltou uma sonora gargalhada ao ver que a filha de
seu marido poderia morrer a qualquer momento. Na
casa do casal, a babá recobrou a consciência. A cabeça doía, a pancada fora
forte. Mas, antes que pudesse reclamar qualquer dor, escutou os gritos de Anne
e foi socorrê-la. Ela tentava abrir a porta, mas sem a chave, e fraca como era,
não conseguiria arrombar a porta para tirar a menina de lá, que chorava sem
parar. Então ligou para a polícia. Brass apareceu com os seus homens.
JB:
O que aconteceu aqui?
RG:
Aquela mulher apareceu aqui de novo! Me deu uma pancada e trancou a Anne no
quarto.
JB:
Você estava sozinha?
RG:
Eu e as meninas. Mas não escutei ainda a voz da Ellen, só a da Anne.
JB:
Muito bem. – Brass virou-se para os policiais – arrombem a porta e tirem as
crianças de lá. Vou passar comando para pegar essa mulher. ela não deve estar
longe. Vou avisar ao Gil também.
Rochelle
acompanhou os policiais até o quarto. No que a porta foi arrombada, a menina
correu para os braços da babá, e as duas choraram juntas.
RG:
Onde está a Ellen, Anne?
AG:
A bruxa levou a minha imã!
RG:
Ela levou Ellen?
AG:
É.
##¹:
Ela foi seqüestrada então. Vou avisar ao capitão Brass.
Grissom
foi avisado do ocorrido e foi “voando” para casa. Sara ficaria bem no hospital.
GG:
Cadê Ellen, Jim?
JB:
Parece que a tal mulher reapareceu e levou a menina. Trancou Anne no quarto,
mas a porta foi arrombada e ela está sã.
O
supervisor correu até a filha e a abraçou carinhosamente.
GG:
Não chore mais, querida, o papai está aqui.
AG:
A bluxa levou a minha imã, papai! – a menina chorava.
GG:
Vamos encontrar sua irmã, eu te prometo.
AG:
Eu quelo a mamãe.
GG:
Mamãe teve de fazer uma viagem mas logo estará de volta.
Com
a filha no colo, Grissom orientou a babá:
GG:
Você precisa fazer curativo no hospital, Rochelle. Como ainda existe o perigo
dela reaparecer, vou mandá-las para a casa da Catherine, ok?
GG: Essa mulher ter vindo me preocupa. Se ela levou Ellen, é um claro sinal de que pretende comentar algum atentado contra ela.
JB: Com o retrato dela divulgado, duvido que vá muito longe.
GG: Ainda tem o Hank nessa história toda.
JB: Porque?
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