PC:
Vamos, eu levo você. Não está em condições nenhuma de dirigir. Meu carro está
no outro lado da calçada, vamos!
SS:
Sim!
Paula
atravessou a rua primeiro e, assim que Sara chegou no meio da rua, um carro
preto veio em alta velocidade e a atingiu em cheio. A perita foi lançada a
vários metros de distância, batendo a cabeça no meio-fio e perdendo muito
sangue. O
carro parou na esquina e Paula correu para entrar nele. Fugiu em alta
velocidade com o comparsa. Rochelle, a
babá das meninas, viu a patroa sendo atropelada e, desesperada, ligou para o
patrão. Grissom havia acabado de deixar as meninas quando foi avisado.
GG:
Fez bem em me avisar, Rochelle. Estou indo praí agora.
O
supervisor avisou Brass e os paramédicos, e ao chegar na rua, se desesperou ao
ver a mulher com uma poça de sangue atrás da cabeça. Estava sendo socorrida por
alguns paramédicos que haviam sido avisados.
GG:
Como ela está?
##¹:
O que o senhor é dela?
GG:
Ela é minha mulher, seu nome é Sara Sidle.
##²:
Ela está em estado grave. Precisa ser levada agora para o hospital.
GG:
Para onde a estão levando?
##¹:
Desert Palm.
GG:
Daqui a pouco eu chego lá.
Ao
ver a mulher sendo levada para o hospital, Grissom sentiu o coração se
despedaçar e a alma chorar. Não podia perder a mulher que tanto amava, isso ele
não suportaria! Assim que Brass chegou, tentou permanecer o mais calmo
possível.
JB:
O que aconteceu, amigo?
GG:
Sara foi atropelada.
JB:
Alguma testemunha?
GG:
A babá das meninas disse que viu uma mulher conversando com Sara na porta.
JB:
Pode ser que tenha ligação.
GG:
Pensa em atropelamento proposital?
JB:
Não podemos descartar nada. Vou tomar o depoimento dela. Agora, meu amigo, te
digo uma coisa: fique calmo. Sara vai precisar muito da sua força.
Brass
foi falar com a jovem babá.
JB:
Minha jovem, sou Jim Brass da polícia. O que você sabe sobre o atropelamento da
sua patroa?
RG:
Eu vi a senhorita Sidle conversando com uma mulher na porta, ela parecia um
pouco nervosa...
JB:
Quem parecia nervosa?
RG:
A mulher que bateu aqui.
JB:
Você conseguiu escutar a conversa?
RG:
Bom, elas falaram em tom de voz baixa, mas deu para entender que se tratava da
menina Ellen. Então a senhorita Sidle ficou alterada e foi com ela até o carro
dela, mas quando estava no meio da rua, apareceu um carro em alta velocidade e
a pegou.
JB:
Visualizou o modelo do carro?
RG:
Fiquei tão nervosa que só percebi que era preto. Ela foi jogada longe e bateu a
cabeça.
JB:
Você será chamada a depor, ok?
RG:
Tudo bem.
Brass
se voltou para Grissom, olhando fixamente para o local onde Sara foi
encontrada.
JB:
Sua babá é uma testemunha importante para a investigação.
Ele
não respondeu.
JB:
Ei, tudo vai ficar bem, você vai ver!
GG:
Vou pegar as meninas, deixar em casa e vou para o hospital. Preciso saber como
Sara está.
JB:
Vou deixar um policial tomando conta da sua casa. Nunca se sabe as razões de
quem fez o que fez.
GG:
O que você está achando?
JB:
Tudo é possível, e como você sabe, Hank Peddigrew foi solto... vai que ele
tenha resolvido se vingar de vocês, nunca se sabe...
Grissom
pensou naquela possibilidade e, assim que pegou as meninas e as deixou em casa,
foi direto para o hospital.
GG:
Por favor, preciso falar com o médico que atendeu minha mulher.
RH:
O nome da paciente, por favor?
GG:
É Sara Sidle.
RH:
Hum... ah sim, ela deu entrada há pouco tempo. O doutor está no segundo andar,
lá o senhor poderá falar com ele.
GG:
Obrigado.
Grissom
pegou o elevador e foi para o andar onde a mulher estava. Lá, conseguiu
encontrar o médico que atendeu Sara.
DR:
O senhor é...?
GG:
Esposo dela.
DR:
Pois bem, senhor Grissom, não vou mentir para você. O estado dela é crítico,
tendo
em vista a pancada forte na cabeça. Ela foi operada para retirar o coágulo em
excesso que havia na região do córtex, e precisamos esperar 72 horas para ver o
que faremos a seguir.
GG:
Entendo. Por favor, me mantenha informado a respeito do quadro clínico dela,
doutor.
DR:
Não se preocupe, vamos fazer todo o possível para salvar sua esposa.
GG:
Obrigado.
Desolado,
Grissom foi para casa e disse às meninas que a mãe havia feito uma viagem. A
babá fora instruída a não falar sobre o acidente para as crianças, o que ela,
em sua amabilidade e compreensão, concordou. Afinal, também amava as meninas e
não queria vê-las sofrendo. Naquela
noite, foi difícil para Grissom dormir. Sozinho naquele quarto, naquela cama
enorme, com o cheiro de Sara nos lençóis e travesseiros, a saudade doeu no
coração e ele chorou um pouco antes de pegar no sono. O
dia amanheceu chuvoso. Grissom despertou com preguiça de se levantar. Na
verdade, nem queria sair da cama. Mas precisava ter notícias da mulher. Enquanto
isso, na casa de Hank, ele estranhava o comportamento da mulher.
HP:
O que está acontecendo que você está tão estranha?
PC:
Querido, vou ter de fazer uma viagem. Vou ficar fora por uns dias.
HP:
Qual a razão pra isso?
PC:
Recebi uma ligação de minha irmã, ela está doente. Eu ligo assim que chegar,
ok?
Até
aquele momento, o loiro não tinha a menor idéia do que estava por trás daquele
nervosismo da mulher. Mas resolveu ir falar com Grissom a respeito da menina.
GG:
O que você quer aqui? Veio conferir se Sara já morreu?
HP:
Ei! Do que você está falando? Vim aqui para tratar do assunto da Ellen com
Sara. O que aconteceu a ela?
GG:
Não me diga que não está sabendo?
HP:
Sabendo do que?
GG:
Sara foi atropelada ontem e está em estado grave no hospital.
HP:
Céus! E conseguiram localizar o carro?
GG:
Porque está interessado?
HP:
Porque posso ajudar. Tenho uma suspeita, caso o atropelamento tenha sido
intencional.
GG:
A babá das crianças viu uma mulher conversando com Sara na porta de casa.
Talvez tenha sido uma emboscada, para que ela atravessasse a rua.
HP:
E como era essa mulher?
GG:
Eu não a vi, foi a Rochelle quem viu. Vou chamá-la.
Pouco
depois, Grissom retornou com a babá.
HP:
Foi você quem viu uma mulher na porta com Sara?
RG:
S-sim.
HP:
E conseguiu notar como ela era fisicamente?
RG:
Bem, ela era alta, magra, cabelos negros e compridos.
Hank
sentiu a espinha gelar ao pensar que pudesse ser a esposa. Para testar, mostrou
uma foto dela à babá.
HP:
Ela seria mais ou menos assim?
A
jovem babá se assustou ao ver o retrato.
RG:
Sim! É ela! A mulher que esteve aqui!
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