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A profecia - cap. 1


Prólogo

Nosso destino é obra do acaso ou já estava escrito antes mesmo de nós nascermos? Há quem diga que cada pessoa vai escrevendo sua história conforme sua vivência, ou seja, os acontecimentos são obra de um acaso, nada planejado. Dando um passo de cada vez, vivendo um dia por vez. Outras pessoas acreditam que tudo estava planejado antes do nascimento, que tudo tem uma razão de ser e que cada acontecimento já estava previsto. Ou seja, maktub: já estava escrito. Em ambos os casos, o ser humano é dotado de livre-arbítrio, e suas escolhas o levarão a um lugar – bom ou mau, de acordo com a direção tomada. Se alguém se torna mau, estava previsto que isso aconteceria ou foi por uma escolha sua? Se vivemos em um ambiente ruim, estaríamos predestinados a ser infelizes ou teríamos o livre-arbítrio para mudar a situação? E quando existe um grande amor? Ele está predestinado a ter um começo sem fim ou terá um começo com final?



Chovia em Vegas já fazia alguns dias. Estava previsto dias de chuva e frio, e com esse tempo, os acidentes subiam consideravelmente, levando-se em conta que na cidade turística muitas pessoas exageravam na bebida, e com a pista molhada, era batida na certa. Durante o dia o céu permanecia nublado, dando a impressão de ser noite, e isso deixava os casais com mais vontade de ficar aconchegados em casa. Sara abriu os olhos ainda sonolentos. Estava sentindo frio, e notou que estava quase descoberta, pois Grissom havia “roubado” a maior parte da macia e quente colcha. Ambos estavam nus, após uma longa e deliciosa noite de amor. Olhou para o relógio que ficava no criado-mudo e ficou espantada com o horário: já eram 3 da tarde! Ficou espantada não pelo horário em si, pois ambos não tinham de trabalhar, já que estavam curtindo férias mais que merecidas, mas si pelo fato de ter dormido muito. E isso, para Sara Sidle, era o cúmulo, pois ela era uma mulher de muita energia, sempre acordando cedo. Levantou-se, trêmula de frio, vestiu o robe rosa bebê e calçou as sandálias delicadas da mesma cor. Grissom continuava a dormir, tão profundamente que roncava. Eles estavam no apartamento dele, onde ela se sentia muito bem, estando com ele e o cão Hank. Faziam amor na enorme e macia cama do supervisor e passavam horas fazendo carícias e trocando juras de amor – do modo deles, algo bem peculiar a eles mesmos. A perita saiu do quarto e desceu até a cozinha. Fez carinho em Hank e foi preparar alguma coisa para os dois. Naquele momento, Grissom despertava no quarto. Abriu os olhos com muito esforço e ao viu a amada ao seu lado na cama.

GG: Sara?!

Então percebeu que ela já havia levantado e foi se vestir. Pôs a cueca samba-canção e vestiu o roupão por cima. Da porta do quarto, avistou-a preparando a mesa e desceu de encontro a amada.

SS: Dormiu bem, querido?
GG: Perdi a noção do tempo. Que horas são?
SS: Passa das três.
GG: Tudo isso?
SS: Acho que a gente perde a noção de hora durante as férias.

Grissom abraçou-a por trás e ficou sentindo o cheiro da pele de Sara no pescoço.

GG: Adoro seu cheiro quando você desperta...
SS: Tem o seu cheiro misturado, Griss... Mas agora, o cheiro é de ovos mexidos. Vai querer?
GG: Sim, parece estar delicioso!

Os dois se sentaram e começaram seu breakfast.

GG: Sara, gostaria de ir a Cancún nessas férias, o que me diz?
SS: Perfeito, Griss! Dizem que é muito lindo.
GG: Já que Vegas está debaixo de chuva e frio, penso que um lugar ensolarado e uma praia maravilhosa faria muito bem às nossas férias.
SS: Quando você pretende fazer as reservas?
GG: Daqui a pouco entro na internet e faço as reservas de hotel e passagem.
SS: E o Hank, com quem deixaremos durante nossa viagem?
GG: Catherine sempre fica com ele pra mim, honey.
SS: Então, tudo certo.

Os dois continuaram a comer e, olhando um para o outro, viam a felicidade presente. Estavam felizes. Porque estavam juntos, porque eram uma só alma em dois corpos. Depois do breakfast...

GG: Vou fazer nossas reservas.
SS: Tá. Eu vou lavando os pratos e depois vou brincar um pouco com Hank.

Grissom sorriu satisfeito e foi até a mesa onde ficava seu computador. Pouco depois de meia-hora, ele se levantou da cadeira e foi até Sara, que estava deitava no sofá.

GG: Tudo pronto.
SS: Conseguiu?
GG: Sim. Embarcamos em trêsdias.
SS: Excelente!
GG: Estava pensando em sairmos para jantar com nossos amigos, o que me diz?
SS: Adorei a idéia. Gostaria de chamar Catherine e Vartann, já que eles se acertaram.
GG: Certo. Faremos isso mais tarde. Agora tenho algo mais importante a fazer.
SS: É?

Grissom estendeu o braço e Sara levantou-se. Então ele chegou mais perto e a beijou. Percebendo o olhar carente de Hank para eles, Grissom sussurrou:

GG: No quarto te explico melhor. Vem comigo!

Ele a segurou nos braços e a levou para o quarto, onde o amor rolou intensamente, como sempre acontecia. A chuva continuava a cair do lado de fora, e Sara e Grissom se amavam entre os lençóis, entre beijos e juras de amor. Amor esse que seria eterno independente de tudo que pudesse vir a acontecer. Como Grissom amava fazer amor com sua Sara! Como era importante aquele momento de paz e ternura nos braços dela! Estar com a mulher amada, em seus braços, em sua cama, era como se o paraíso fosse naquele lugar. Estando com Sara, qualquer lugar se tornava o paraíso, não havia lugar ruim. Até mesmo os problemas diários por conta da violência com que lidavam se tornava um fardo pequeno diante da imensidão desse amor que um sentia pelo outro. Grissom fazia movimentos não tão rápidos, queria sentir cada gemido, cada sussurro da amada, que se entregava de corpo e alma ao homem pelo qual morria de amores, e seria assim para sempre. 
A diferença entre sexo sem compromisso e sexo com amor é enorme; até mesmo os orgasmos são diferentes – eles sabiam muito bem disso, e cada esperma ejaculado por Grissom era um jorro de amor, era o filho que ainda não chegaria, mas que ele desejava que em alguém momento, Sara pudesse ser contemplada com algum de seus “soldadinhos”. Depois do orgasmo, Grissom afundou a cabeça no pescoço suado de Sara, que respirava acelerado. Sem nada a dizer. Não havia a necessidade de palavras. Aquele era o momento do silêncio, do prazer saindo pelos poros, dos desejos aflorados percorrendo todo o corpo. Os dois adormeceram com os corpos grudados, suados e repletos de desejo. A respiração quente e acelerada mostrava a intensidade do amor feito naquela cama. Despertaram no início da noite. Desta vez, Grissom foi quem levantou-se primeiro. Ao olhar a amada dormindo feito um anjo em sua cama, nua e em pose tão sensual, desejou continuar na cama. Mas precisava combinar o jantar com Catherine. Vestiu o roupão e foi até a sala.

CW: Willows.
GG: Catherine?
CW: Oi Gil, como está?
GG: Estou bem. Sara e eu temos um convite afazer.
CW: Diga.
GG: Gostaria de sair para jantar conosco amanhã à noite?
CW: Claro!
GG: Leve Vartann também.
CW: Maravilha!

Grissom passou o local e o horário do encontro para a amiga e desligou. Voltou para o quarto e encontrou Sara de pé, de calcinha e camiseta.

GG: Desde quando está de pé?
SS: Desde agora há pouco. Dormi bem, estou descansada.

Os dois se beijaram e Grissom continuou:

GG: Liguei para Catherine e já combinei com ela sobre o jantar.
SS: Ótimo!

Na noite seguinte, os dois casais se encontraram no restaurante.

CW: Você está linda, Sara!
SS: Você também, Cath.
CW: É difícil imaginá-la usando vestido.

Grissom e Vartann se cumprimentaram e os quatro foram para a mesa escolhida, que ficava mais ao fundo, para ter mais privacidade.

SS: Vamos viajar para Cancún.
CW: Nossa, que chique!
GG: Só alguns dias, pra descansar mesmo. Logo estaremos de volta ao batente e aí não teremos tempo para descansar.
CW: Vocês estão juntos há tanto tempo né?
GG: Desde que a conheci, lá se vão mais de 10 anos.
SS: Aqui em Vegas, entre indas e vindas... – Sara riu.
GG: E vocês, estão juntos há quanto tempo?
V: Fala você ou eu? – sorriu.
CW: Bom, assumimos há pouco tempo, mas estamos juntos há alguns meses. Vartann é um homem adorável e me faz muito feliz!
SS: É assim que me sinto com Griss...
CW: Nunca pensei vê-lo tão apaixonado assim. Enfim, você conseguiu fazer dele um homem melhor, Sara. Obrigada por isso, agora ele é mais bem-humorado.

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