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A profecia - cap. 3


GG: Temos algo mais importante a fazer agora. Venha comigo.

Ele foi guiando a amada abraçado a ela por trás e a deitou na cama.

SS: Você quer, Griss?
GG: Quero tê-la agora, Sara...
SS: Me beija...

O apaixonado supervisor obedeceu imediatamente a ordem da amada e a beijou intensamente. Entre beijos e carícias, as roupas iam sendo jogadas ao chão. Em poucos minutos os dois estavam nus, prontos para o amor. Em seguida, Grissom penetrou em Sara e os dois se amaram gulosamente na enorme e macia cama de casal, com a janela aberta, dando abertura para o vento gostoso do dia ensolarado. A transa durou alguns minutos. Depois do orgasmo, um longo beijo e os dois se vestiram para curtir a piscina. Os dias que se seguiram foram maravilhosos. O casal curtiu as dependências do hotel, foi à praia, aos points badalados da cidade e comprou muitos souvenirs para eles e para os amigos.

SS: Uma pena que já estamos indo embora amanhã, né Griss?
GG: Voltaremos outras vezes, quando e se você quiser.

Sara sorriu e voltou a olhar para o mar, no anoitecer lindo de Cancun. O céu estava arroxeado, com estrelas surgindo e os dois estavam sentados na areia, contemplando a beleza do horizonte. Grissom passou o braço por trás de Sara, protegendo-a e trazendo-a para mais perto de si. Naquele momento, naquele cenário paradisíaco, um casal apaixonado brindava o amor que era tão grande. Não havia nada nem ninguém que pudesse destruir este sentimento. Os dois embarcaram na tarde seguinte, e chegaram a Vegas no início da noite. Estavam tão cansados que preferiram cada um ir para sua casa e descansar, pois o trabalho estava à porta. Quando retornaram ao lab, foram recepcionados com alegria pelos companheiros de equipe.

CW: Fizeram boa viagem?
SS: Oh sim! Tiramos muitas fotos, depois mostrarem a todos.
GG: Aconteceu alguma coisa durante nossa ausência?
NS: Sim, Grissom. Você se lembra daquele sujeito que espancou a mulher até a morte e ateou fogo na casa?
GG: O nome dele era Jack Simpson, se não estou enganado.
NS: Esse mesmo.
SS: Eu me lembro muito bem dele, estava no caso e fiquei muito revoltada com a expressão cínica dele.
NS: Pois é. Ele fugiu da penitenciária na semana passada, logo após você terem viajado.
GG: Como é?!
CW: É algo inacreditável, mas aconteceu.
NS: O Brass colocou todos os homens à caça dele. É um sujeito perigoso.
SS: Ele que não se atreva a aparecer!
CW: Se está sendo procurado, não creio que ele terá a coragem de aparecer.
SS: Mas já o pegaram?
NS: Não, ele conseguiu escapar e está escondido. Mas Brass não acredita que ele tenha saído de Vegas.
GG: Bom, acho que temos mais o que fazer, não é?
NS: Tá certo, Grissom.

Cada qual saiu da sala para fazer sua tarefa. Sara foi até a sala de análise procurar algo a respeito do criminoso no computador. Verificando no banco de dados, encontrou o caso Simpson, no qual ela trabalhara. A ficha dele era extensa, com roubos, tráfico de drogas e homicídio; outros homicídios que a polícia não tinha provas contra ele, mas que a participação dele era quase óbvia. E se Jack Simpson era um sujeito perigoso, como sua fuga da prisão foi tão fácil? Como a segurança pôde ser tão inoperante, e com isso deixar um assassino à solta? No final do turno, Grissom e Sara foram para o apartamento, onde descansaram e se amaram. Os dias se passaram e a equipe estava em alerta, pois o criminoso havia sido visto na região. Só que ele tinha o hábito de usar disfarces, então era um cuidado a mais. Num domingo de folga para a equipe, chovia forte em Vegas. O apaixonado casal estava junto no apartamento, abraçados na cama de Grissom. Eles haviam transado e permaneciam nus, com as pernas entrelaçadas, conversando e trocando juras de amor.

GG: Sara...
SS: Diga, Griss.
GG: Estava pensando em uma coisa...
SS: O que é?

Grissom virou-se para a amada e fez a proposta:

GG: Gostaria de se casar comigo?

Sara arregalou os olhos, surpresa com o pedido. De fato, não esperava ouvir aquilo de Grissom.

GG: Não gostou?
SS: Não é isso... é que... bem, você me pegou de surpresa!
GG: Aceita ou não?
SS: O que acha? Sim, querido, eu aceito!

O supervisor sorriu e beijou a amada, trazendo-a para si. E mais uma vez, um grande amor foi feito naquela cama, testemunha de tantos beijos e carícias. Mais tarde, Sara foi embora. Grissom estava feliz por tudo o que estava acontecendo em sua vida, no lado profissional e pessoal. Enfim tomara coragem e pedira a mulher que amava em casamento. Quem sabe não viriam filhos dessa união? Com quase cinqüenta anos, nunca tinha pensando nisso, mas com Sara era tudo diferente. Com ela se permitia ser feliz, voltar a ser menino – que era como se sentia ao lado dela, sendo bobo sem medo de ser feliz. Sara trouxe a luz para sua vida; trouxe também paz, alegria, desejo de felicidade. Por ela, aprendera a ver a vida de outro ângulo, a ver a vida com olhos de amor. O que os dois tinham era algo muito especial; era um amor intenso e profundo. Um amor que ninguém mais tinha, e que era só deles. Essa felicidade fazia muito bem não só a ele como a ela. Porque um era o complemento do outro, e os dois corpos viravam uma só alma. Mas repentinamente Grissom trouxe à cabeça a imagem da mulher que vira em Cancun, e que dissera coisas nada boas a respeito do futuro dos dois. Como um cético, não acreditava em quase nada, mas não conseguia evitar a angústia ao se lembrar da frase profética: “Metade do coração se perderá, e a luz se apagará”. O que aquilo queria dizer? Enquanto Grissom pensava nas palavras da tal mulher, Sara seguia para casa, enfrentando chuva na estrada. Dirigindo na velocidade permitida pela highway, ia tranqüila. Mas repentinamente o carro começou a ganhar velocidade e Sara não conseguia controlar o veículo.

SS: Droga, o que está acontecendo?

Pisou no freio, puxou o freio de mão, na tentativa de parar o carro, mas com a pista molhada e escorregadia, o veículo rodopiou na pista, capotando em velocidade média, mas o suficiente para causar danos ao carro. Um veículo que vinha atrás e que não conseguiu frear com o susto do acontecimento bateu no carro de Sara, jogando-o para fora da pista, capotando e invadindo um bar que ficava por ali. Os vidros do estabelecimento foram destruídos e o carro enfim parou, no encontro ao balcão. Sara, mesmo de cinto, ficou gravemente ferida, com sangramento intenso no rosto e cabeça e hemorragia interna, pois um dos cacos de vidro do carro perfurou sua barriga. Rapidamente as pessoas que ali estavam trataram de chamar socorro médico e viam como ela estava. Inconsciente, a perita não ouvia nada exteriormente. Mas internamente, chamava por Grissom e implorava que ele chegasse a tempo...

##1: Como ela está?
##2: Muito ferida, está inconsciente. Cadê a ambulância?
##3: Os paramédicos já foram avisados.

Felizmente os médicos chegaram rapidamente. Verificaram o estado de Sara e imediatamente introduziram soro em sua veia e balão de oxigênio para mantê-la respirando enquanto agiam.

M1: Como está o estado de saúde dela?
M2: Gravíssimo, ela está com hemorragia interna e não podemos perder tempo.
M1: Vamos estancar o sangue ao máximo.
M2: Verifique a pressão sistólica da paciente. Precisamos saber se ela corre risco de entrar em choque hemorrágico.
M3: Certo!

Cada médico agia em Sara para salvar a vida dela. Embora fossem profissionais, havia a angústia de precisar salvar uma vida.

M3: A pressão dela está caindo consideravelmente.
M1: Está a quanto?
M3: De 80 está indo para 60.
M2: A hemorragia está grande demais.
M1: Não podemos perdê-la, vamos agir.
M1: Está caindo ainda mais, acho que ela está entrando em choque hipovolêmico.
M2: Pegue os desfibriladores, precisamos reanimar os batimentos cardíacos.
M1: Vamos lá. Um, dois, três, já! Um, dois três, já!

O coração de Sara não conseguia ser reanimado, e ela não voltou mais. No aparelho desfibrilador, as linhas dos batimentos ficaram retos e um apito foi-se ouvido.

M1: Não há mais nada a fazer.

Brass e Catherine chegaram ao local do acidente e se depararam com uma terrível e triste cena: a colega de equipe caída no chão, sendo coberta pelos médicos.

CW: É... Sara?
M2: O nome da vítima é Sara Sidle, como consta no documento.

Catherine deu um grito de desespero e Brass a acudiu.

JB: Meu Deus...
CW: Ela... ela morreu? – Catherine estava aos prantos.
M1: Não havia mais nada a ser feito, ela teve choque hipovolêmico, que ocorre quando os batimentos cardíacos diminuem consideravelmente e a hemorragia não cessa.
JB: Sara estava com hemorragia?
M2: Hemorragia interna devido à perfuração pelo vidro.

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