Fic dividida em duas partes: Surpresas do destino - Por amor
Parte 1/2
Primeiro
abriu um olho. A luz do sol que invadia o quarto fez espremer os olhos. Tomou coragem
e abriu o outro. É, já havia amanhecido. Olhou para o relógio na cabeceira: 8
da manhã. Hora
de levantar. Então Sara olhou para o lado e viu Grissom dormindo profundamente,
em meio aos lençóis, com os braços e o peito descoberto. Que noite fantástica
eles tiveram! Muitos beijos, abraços, sussurros, juras de amor... roupas ao
chão, lençóis espalhados pelo quarto... Sara
e Grissom se amavam e na intimidade não desperdiçavam um só minuto; queriam e
precisavam estar perto um do outro. No âmbito profissional era diferente, a
razão tomava o lugar da emoção. Não
eram amantes ali, mas a cumplicidade era a mesma. Apenas os amigos da equipe,
os mais próximos (Catherine, Warrick, Nick, Greg e Al, além de Brass) sabiam do
romance e mantinham em sigilo para evitar que Ecklie tomasse alguma atitude
enérgica e pudesse separar o casal de laboratório. Os dois ficavam entre os
dois apartamentos, mas Grissom adorava transar com Sara no apartamento dela,
achava-o mais aconchegante por ser menor. E assim, ele era uma visita constante
no prédio dela. O
dia amanhecera belo e suave; o sol não estava tão forte e fazia um ventinho
gostoso. Sara levantou-se, vestiu seu robe e foi até a janela. Abriu os vidros
e golfou ar puro e fresco, que balançava seus cabelos soltos e despenteados,
resultado da noite de puro amor.
GG:
Você fica linda olhando na janela...
A
perita virou-se e deu de cara com Grissom desperto olhando para ela. Sorriu de
volta.
SS:
O dia está lindo, e tem uma brisa muito agradável...
GG:
Depois de ontem, se amanhecesse chovendo eu iria adorar do mesmo jeito.
Sara
foi até a cama e sentou-se ao lado do amado. Acariciou o rosto dele, que beijou
a mão dela. Era evidente a felicidade dos dois. E
Grissom estava planejando uma grande surpresa para Sara: iria pedi-la em
casamento no final do mês. Já tinha comprado o anel de noivado, algo muito
sofisticado e bonito. Sabia que Sara era uma mulher simples, até meio
desajeitada com relação à moda, mas o pedido de casamento seria um momento
muito importante, talvez o mais importante da vida dos dois. Por isso, não
mediu esforços nem dinheiro. Um belo anel de diamante com safira azul, comprado
com seu salário, que por sorte era muito bom, então poderia dar uma vida
confortável a ela. Os
dois se entendiam e se completavam com um olhar apenas. Nada
precisava ser dito ou demonstrado, o coração sentia e os olhos diziam. E os
lábios entregavam no sorriso de paixão.
GG:
Preciso tomar um banho. O bip já tocou, temos cena de crime para ver.
SS:
É, eu sei... O trabalho dura mais que a diversão...
GG:
Nos veremos depois do turno, honey...
Os
dois se beijaram e foram tomar banho. Chegaram ao lab com uma diferença de
cinco minutos. Embora a equipe soubesse, preferiam evitar comentários. Quando
Sara chegou, Grissom já estava na sala de convivência com a equipe.
GG:
Hoje temos poucos casos, no entanto, esses poucos darão um pouco de trabalho.
Estaremos em trio. Nick, Warrick e Greg, mulher enforcada na Strip; Catherine,
Sara e eu ficaremos com o caso do comediante morto na West.
NS:
Soube que era Frank Bresnan, bastante popular.
GS:
No caso dele, a piada não teve graça...
Todos
olharam para o jovem csi, que ficou sem jeito. O
dia foi muito proveitoso e trabalhoso também. No final do turno, antes de ir
embora, enquanto Sara se arrumava no locker, Grissom chamou Catherine até sua
sala.
CW:
Aconteceu alguma coisa pra você ter me chamado aqui?
GG:
Segredo, mas entre nós.
CW:
Não se preocupe com isso. O que é?
GG:
No final do mês vou pedir a mão de Sara em casamento.
CW:
Ah!
Catherine
ia gritar mas pôs as duas mãos na boca para abafar o grito.
CW:
E quando você tomou essa decisão?
GG:
Já tem um tempo, mas até comprei o anel.
CW:
Preciso ver para analisá-lo.
GG:
E desde quando é analista de anel?
CW:
E desde quando você entende de anéis, Gil? Ou já deu a alguma mulher antes?
GG:
Não, Sara é a primeira.
CW:
Você deve ter caprichado na escolha, mas mesmo assim quero conferir.
GG:
Mostrarei na hora certa.
CW:
Bom, preciso ir, estou morta.
GG:
Eu também irei.
Grissom
fechou a sala e foi atrás de Sara, que havia pego a bolsa e saía do locker.
GG:
Ei, vamos?
SS:
Claro.
No
estacionamento...
SS:
Na minha casa ou na sua?
GG:
Na sua, quero tomar seu delicioso chá mais uma vez...
SS:
Certo. Vou na frente e você me segue.
Ao
chegar no apartamento, Grissom ia agarrando Sara, mas ela o brecou.
SS:
Calma, querido! Estamos suados, sujos, exaustos. Vamos tomar um banho antes?
GG:
Se você prefere assim... Vou te esperar no banheiro, ok?
SS:
Sim, vai indo que já vou.
Grissom
foi para o banheiro e Sara foi conferir as correspondências do dia, que eram
deixadas debaixo da porta. Uma em si chamou muita atenção dela. “Não
é possível! Depois de...” Passado
o susto com o remetente da carta e o que ela continha, Sara respirou fundo e
escondeu a carta para que Grissom não a visse. Seguiu para o banheiro onde ele,
nu, a esperava.
GG:
Você demorou. Aconteceu alguma coisa?
SS:
Não... não houve nada – disfarçou o máximo que pôde.
GG:
Tem certeza? – desconfiou Grissom.
SS:
Sim. Vamos tomar aquele banho gostoso?
GG:
Está me provocando, Sara... sabe que isso terá conseqüências para você na
cama...
SS:
Mal vejo a hora!
GG:
Chegue mais perto e você vai ver...
Sara
chegou mais perto e o inevitável aconteceu: uma explosão de paixão debaixo de
uma deliciosa ducha. Quer coisa mais gostosa do que trocar carícias e beijos
com a água escorrendo pelo corpo? Grissom
adorava o corpo de Sara, não importa onde nem qual a posição que estivessem; o
sexo era sempre maravilhoso, intenso, e fazia bem ao corpo e à alma de ambos.
Mas naquela noite, Sara não estava 100% presente. A carta lhe deixara
apreensiva, tensa, meio desligada do mundo. A penetração doeu um pouco,
fazendo-a gemer; Grissom ficou apreensivo:
GG:
Doeu, querida?
SS:
Não... está delicioso... continua, Griss... hum...
GG:
Se eu começar não vou parar...
SS:
Então não pare...
Grissom
a beijou apaixonadamente e, com os braços envolvendo o pescoço de Sara, a
penetrou e começou a fazer os movimentos em ritmo intenso, bem do jeito que
eles curtiam. Depois do orgasmo, os dois ficaram assim, um em cima do outro,
respiração acelerada, sentindo o coração do outro bater. Sara gemia, Grissom,
engolfado nos cabelos dela, expelia todo seu esperma dentro da amada. Depois
do amor, os dois permaneceram juntinhos, acariciando-se.
SS:
Griss...
GG:
Sim, honey?
SS:
Você sempre irá me amar?
GG:
Porque a pergunta? Claro que sim. Aconteceu alguma coisa?
SS:
Não... – disse Sara em tom desanimado.
O
supervisor apertou a amada em seus braços e beijou o pescoço suave dela. Assim
que Grissom adormeceu, Sara foi até a cozinha, vestida apenas com uma calcinha
fina e uma camisetinha. Bebeu um pouco de água para tentar não pensar na carta.
Mas a viagem seria inevitável. Como contar a Grissom? Ele entenderia? Porque
sempre que achava que ia ser feliz finalmente, algo acontecia ou aparecia para
estragar a festa? Estava destinada a ter desgosto?
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