GG:
Preciso saber de uma coisa!
Grissom
segurou Sara nos braços e a levou para o quarto. Deitou-a
na cama e foi, lentamente, despindo-a. A perita olhava-o com um misto de prazer
e surpresa por ele estar lhe tirando as roupas. Apaixonado, ele a beijou e ela
correspondeu ao beijo. A
transa foi maravilhosa como sempre; depois do amor, os dois se abraçaram e
ficaram conversando na cama.
GG:
Então, honey, onde você esteve esses dias todo?
SS:
Ãh... tinha que resolver uns assuntos – Sara fez uma expressão de assustada,
mas Grissom não viu.
GG:
Que assuntos?
SS:
Nada de importante.
GG:
Você não ligou nenhuma vez. O que te impediu?
SS:
Realmente não pude. Mas estou aqui, não estou?
GG:
É... você está... (ou não?)
Houve
um silêncio que cortava o ar. Sara não sabia o que dizer e Grissom não sabia
como dizer.
GG:
Queria te contar uma coisa...
SS:
Diga.
GG:
Tenho pensado muito no nosso futuro.
SS:
É?
GG:
Sim. E acho que deveríamos morar juntos.
A
perita virou-se para o amado.
SS:
Será que daria certo?
GG:
E porque não? Nós nos amamos! E Sara, não estou falando só de morar juntos.
Estou falando em casamento.
SS:
Casamento...?
GG:
É.
SS:
Você vai pedir minha mão?
GG:
Acha que seria meio antiquado?
SS:
Não... é bonito, romântico.... Eu... preciso ir ao banheiro.
Sara
levantou-se, vestiu sua calcinha e camiseta e foi até o banheiro. Lavou o rosto
e ficou se olhando no espelho.
GG:
Está se sentindo mal?
SS:
Ai que susto... Grissom.
GG:
Grissom? – ele levantou a sobrancelha.
SS:
É o seu sobrenome, não é?
GG:
Mas você costuma me chamar de... Griss.
SS:
Acho Grissom bonito também. Variar um pouco é bom...
GG:
Estou com fome, será que podíamos comer algo?
SS:
Claro, vou ver o que tem em casa.
Os
dois foram para a cozinha. Como era em estilo americano, Grissom ficou no sofá
observando Sara pegar algumas coisas para preparar um sanduíche. Em seguida,
ela preparou a mesa e chamou Grissom para sentar-se com ela. Os dois comeram a
princípio em silêncio. O supervisor observava a beleza da mulher que havia
escolhido para ser sua esposa. Como a amava!
GG:
Sara...
SS:
Sim?
GG:
Mudou alguma coisa em relação ao seu amor por mim?
SS:
Não estou entendendo...
GG:
Desde que você chegou de viagem sinto-a diferente, até mais fria. Não me ama
mais?
SS:
Eu...
GG:
Preciso que me diga a verdade porque se isso acontece, saio daqui agora mesmo.
SS:
Eu amo você. Só estou um pouco cansada, confusa, por isso te peço um pouco de
paciência.
GG:
Se estiver com algum problema, não hesite em falar comigo, certo?
SS:
Pode deixar.
Depois
do lanche, Grissom foi escovar os dentes e, alegando cansaço (o que era
verdade), foi dormir. Sara ficou algum tempo observando-o dormir e foi para a
sala. Mexeu nas gavetas até que encontrou algo: a carta. Releu o conteúdo e em
seguida olhou para a porta do quarto. Escondeu-a novamente e sentou-se no sofá,
pensando no que viria depois. No
dia seguinte, quando Sara acordou, Grissom já estava saindo:
SS:
Já vai embora?
GG:
Estou indo para o lab. Te espero lá.
SS:
No lab?
GG:
É. Você trabalha lá, não se lembra?
SS:
Ah sim... claro.
Os
dois se despediram e Grissom foi para o lab. Foi direto para a sala. Parecia
desolado com a indiferença em Sara. Era a sua Sara, mas ao mesmo tempo parecia
ser outra pessoa. O que acontecera nessa viagem que a deixara tão diferente?
Pensando nisso, não viu quando Catherine chegou na porta.
CW:
Daria um milhão de dólares pelos seus pensamentos.
GG:
Desculpe, não a vi aí.
CW:
Onde você está, Gil?
GG:
Aqui.
CW:
Seu corpo sim, mas sua cabeça não.
GG:
Quero falar com você. Feche a porta.
Catherine
fechou a porta e se sentou na cadeira.
CW:
Pelo visto a coisa é séria.
GG:
Está acontecendo algo no mínimo estranho.
CW:
Estranho?
GG:
Sim. Sara chegou de viagem sem avisar e ela está mudada.
CW:
Como assim?
GG:
Mais fria, distante, séria. Parece que colocaram outra alma no lugar da sua.
CW:
Já perguntou a ela o que aconteceu?
GG:
Ela não me dá uma resposta concreta. Continuo no vazio.
CW:
Ela não poderia estar sofrendo de uma espécie de desmemorização?
GG:
Desmemorização?
CW:
É. Quem sabe ela não bateu a cabeça durante a viagem e esteja com amnésia
parcial? É uma possibilidade. Acho que deveria levá-la ao médico.
GG:
Vou fazer isso.
CW:
Vou dar uma passada na casa de Sara mais tarde, quero ver como ela está, assim
poderei tirar minhas conclusões.
Depois
que Catherine saiu, Grissom ligou para Sara, perguntando se ela viria ao lab.
Ela disse que se sentia mal, por isso não iria. Mais
tarde, Catherine foi até o apartamento da perita.
SS:
Pois não.
CW:
Qual é, Sara, não me conhece mais?
SS: Você é...?
CW:
Catherine Willows, não se lembra, oras?
SS:
Ah sim, que cabeça a minha. Entre.
Catherine
olhou para a perita com algumas desconfianças.
CW:
Então Sara, porque você não foi ao lab hoje?
SS:
Não estou me sentindo bem...
CW:
O que você tem?
SS:
Problemas estomacais, é isso!
CW:
Nunca soube que você tivesse problemas com o estômago, apesar de sempre ter
bebido...
SS:
Pois é, mas depois de um tempo o estômago passa a não aceitar mais nada – disse
Sara, sem jeito com aquelas perguntas – Eu avisei ao Ecklie que não iria hoje.
CW:
Escute, Lindsay te mandou um beijo. Ela gosta muito de você.
SS:
Lindsay?!
CW:
Sim, Lindsay. Ou vai me dizer que se esqueceu dela também?
SS:
Estou com tantas coisas na cabeça que acabo me esquecendo até das pessoas.
CW:
É, você deve estar mesmo doente, porque você nunca teria se esquecido do nome
da minha filha. Aliás, de ninguém... Quer ver um médico?
SS:
Obrigada, mas não precisa.
CW:
Você parece nervosa. Acalme-se! Vou pegar um copo d’água pra você.
Catherine
ia se dirigindo à cozinha quando Sara a interceptou.
SS:
Não! Não precisa, já disse! Por favor, vá embora!
A
loira olhou estática para a perita.
CW:
O que está acontecendo, Sara? Você nunca foi tão ríspida assim!
SS:
Desculpe, ando nervosa... A gente se fala depois.
CW:
Ok...
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