No
dia seguinte, sábado, Sam ficou brincando de basquete com um amigo na quadra,
que ficava bem perto de casa. Silvie ficou em casa com Gina, mas vez ou outra
ia até lá ver como ele estava. O
amigo de Sam jogou a bola muito forte, fazendo com que ela fosse até a
rua.
SG:
Olha o que você fez! Vou ter que ir pegar a bola!
O
menino correu para buscar a bola, mas alguém havia pego.
##:
Essa bola é sua?
SG:
É.
##:
Tome. E cuidado com a rua, passa muitos carros, é perigoso.
SG:
Obrigado.
##:
Qual é o seu nome?
SG:
Sam. E o seu?
##:
Eu me chamo Mònique Bevoir.
SG:
É francesa?
MB:
Sou filha de francês com americana.
SG:
Ah...
MB:
Bom, vá continuar seu jogo, não quero atrapalhá-lo.
SG:
Tchau, moça!
MB:
Tchau, fofinho.
Sam
voltou para a quadra e a moça ficou observando a desenvoltura do herdeiro de
Gil Grissom e Sara Sidle. De fato, o garoto era muito especial. Sam não contou
aos pais que quase todos os dias a mulher ficava lhe observando, seja na escola
ou na quadra. Mas havia algo que parecia não se encaixar naquilo tudo. O garoto
tinha uma vaga lembrança de uma mulher, loira como esta. Mas não sabia explicar
onde conheceu e nem o que aconteceu depois. A
tal mulher sumiu por uns dias. Nesse meio tempo, Sam completou 13 anos. Sara e
Grissom estavam animados com o aniversário do filho. Apesar da carinha de
menino, o adolescente media 1,70m e estava encorpado, com cabelos nas pernas.
Quem o visse, pensaria que já tivesse 18 anos. A equipe compareceu em peso à
festa organizada pelos pais, mas com os detalhes feitos pelo próprio
aniversariante, que odiaria balões coloridos, pois continuava afirmando não ser
mais criança.
CW:
Sam, você está um rapaz muito bonito! Aliás, Sara e Gil capricharam quando o
fizeram e jogaram a receita fora!
SG:
Obrigado, tia Cath!
Lindsay,
também adolescente, mas com 15 anos, comparecera também, e estava mais bonita
do que nunca. Sam olhou para a jovem e sorriu.
LW:
Olá, Sam!
SG:
Olá, Lindsay.
LW:
Está ficando rapaz hein?
SG:
E você está bonita. Quantos anos você tem?
LW:
Eu fiz 15.
SG:
Ah...
Ao
longe, Cath comentou com Sara:
CW:
É impressão minha ou seu filho está paquerando minha filha?
SS:
Conversa de adolescentes, Cath. Sam não tem idade para namorar.
CW:
Não tem idade? Mas já tem pêlos na parte de baixo, e já pode procriar...
SS:
Vou fingir que não escutei isso... – Sara riu.
CW:
Não quero ser avó agora não, ok? – Catherine também riu.
Grissom,
que conversava com os convidados em outra parte, prestava atenção nos gestos do
filho e se orgulhava de ter um filho tão bom e gentil. E claro, bonito. Olhou
para as meninas presentes e reparou como elas suspiravam por Sam. Achou graça.
Seu filho era completamente diferente do pai, que nunca fez tanto sucesso com
as garotas assim.
LW:
Aqui está quente, podemos conversar lá fora um pouco?
SG:
Ah, claro...
Sam
fez um sinal para os amigos de que falaria com eles em seguida e saiu com
Lindsay. Eles foram até o jardim da casa, e se sentaram no banco que ficava
entre as roseiras, e da janela não dava para ver.
SG:
Você está namorando?
LW:
Não, mamãe acha que sou muito nova pra isso. E você?
SG:
Estou louco pra arranjar uma namorada!
O
garoto olhou fixamente para a jovem com os olhos azuis irresistíveis que ele
tinha e ela sorriu envergonhada.
SG:
Já beijou antes?
LW:
Não. E você?
SG:
Não... Posso te beijar?
LW:
Ãh...?
SG:
Não posso?
LW:
Pode.
Sam,
ansioso, se aproximou da jovem Willows e a beijou. Um beijo, que, apesar de
inexperiente, foi molhado e intenso. Ela correspondeu ao beijo e o abraçou. Por
mais que tentasse, Sam não conseguiu deixar de ficar excitado. Seu corpo em
desenvolvimento estava em ponto de bala. Ambos gostaram da experiência, e
depois da festa, indo para a cama, Sara e Grissom repararam na expressão mais
alegre do filho.
GG:
Aconteceu alguma coisa que não estamos sabendo?
SG:
Não. Porque, pai?
SS:
Você sempre chamou seu pai de “papai”. Por que isso agora, Sam?
SG:
Sou homem, mãe, não mais um moleque!
SS:
Não está mais aqui quem falou!
Sara
saiu do quarto, deixando os dois a sós.
SG:
Pai, posso falar com você?
GG:
Claro, filho.
Sam
fechou a porta do quarto e sentou-se na cama.
SG:
Eu beijei a Lindsay hoje.
GG:
Você beijou a filha da Catherine?! – Grissom arregalou os olhos.
SG:
É...
GG:
E foi bom?
SG:
Ela também nunca tinha beijado antes. Não queria contar isso pra mamãe porque
ela não ia entender.
GG:
Sua mãe entende sim, filho. Mas também entendo que você queira dividir isso com
seu pai, acho que se sente mais seguro com outro homem, não é?
SG:
É... como também eu molho a cueca sem querer, ou fico...
GG:
Excitado?
SG:
É. Não entendo isso.
GG:
Isso se chama ereção. Quando você vê ou sonha com algo erótico, seu cérebro
recebe um comando e libera uma substância chamada endorfina, que lhe faz sentir
uma sensação de prazer. Então os nervos e músculos de seu órgão genital são
atingidos e o pênis fica ereto.
SG:
Puxa... – o garoto sorriu sem graça.
GG:
Coisa da natureza, filho. De que forma acha que você e sua irmã foram concebidos?
Grissom
deu um beijo na testa do filho e saiu do quarto. Sam ficou pensando no beijo
que dera em Lindsay, mas em seu pensamento veio a imagem da mulher loira que
havia conhecido. Por mais que ela fosse bem mais velha, o adolescente não
conseguia parar de pensar na beleza dela, no corpo, na voz... No
domingo, folga coletiva, Sara e Grissom foram com os filhos à praça perto de
casa, pois Gina estava aprendendo a andar na bicicletinha com rodinha e Sam
estava com os amigos. Grissom resolveu se arriscar no basquete com os meninos e
se juntou ao bando de adolescentes, fazendo Sara morrer de rir.
SS:
Vamos lá, querido, vocês está se saindo muito bem!
Depois
de alguns minutos, ele voltou, quase sem fôlego. Afinal, não dava para competir
com garotos da idade de Sam, cheios de energia.
GG:
Realmente não dá pra competir com eles!
SS:
Oras, você foi bem.
Sara
deu um beijinho de consolo no marido e ele se consolou.
SS:
Olha a Gina como está indo bem.
Grissom
sorriu ao ver a filha andando de bicicleta e gargalhando de felicidade. Era uma
menina esperta e muito alegre e comunicativa.
GG:
Olha papai!
GG:
Estou vendo, princesa! Está se saindo muito bem!
Depois
de algum tempo, o casal resolveu voltar para casa.
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